Coleção pessoal de renanbergerhoff
Mais um devaneio
Sim, eram tantos sonhos,
Eu acabei por esquecer,
Agora, não fazem parte dos planos,
Planos, quem dera sem eles, poder viver,
Ei, Já ouviu falar do vazio¿
Sim! Todos conhecem,
Mas, ninguém quer enfrentar,
Que seja!
Eu falava sobre os sonhos,
Desses que me esqueci de lembrar...
Eis, o ser normal,
E o medo de acreditar!
Agora, sentiu o vazio¿
Eu falei de medo, de sonhos, de acreditar,
Se confundi, serei claro,
Eu não sou nada daquilo que quando criança,
Conseguia imaginar.
Adulto¿ não...
Maduro¿ não...
Mas sim, se eu não mudar,
Mais um,
Como tantos que hoje,
Ouço reclamar.
Boa noite
“Boa noite, meu amor!”
Apenas assim,
“Até logo, amor...”
Como espero que sim.
Poucas palavras,
Que muito significam para mim.
“Saudade”
Apenas uma mensagem,
Ou será verdade?
“Amor”
Carinho?!
Não apenas, deveras...
Quiçá, sozinha...
Teus pensamentos,
Viver dentre eles,
Eu poderia...
E agora?
Talvez perdemos ou ganhamos,
Agora, tanto faz,
Sofremos, mas aprendemos,
Sorrimos, aliás,
Amamos e odiamos,
Esquecermos?! Jamais...
Caminhamos juntos,
Planejamos mundos,
Embora diferentes, desiguais,
Sonhamos tanto!
E agora?
Nem sei onde você está!
Eu sou o amor
Se te fiz chorar,
Se te fiz sorrir,
Se te fiz brilhar,
Se te fiz apagar,
Se eu te fiz,
Se eu te mudei,
Se eu fiz você se encontrar,
Se eu te encontrei,
Se me amou,
Se me odiou,
Se não me conhece,
Se sou teu bem,
Se sou alguém,
Talvez ninguém,
Eu sou teu mal necessário,
Meu amor,
Eu sou o amor...
Louco
Quando todos dizem que estou louco,
É o momento, que estou mais feliz.
Isso é o que importa,
Pelo menos é o que se diz...
Foi o que escutei por aí!
Caminho falando,
E até mesmo sorrindo sozinho...
Só, com um milhão de pensamentos!
Pensamentos que nunca me deixaram saber,
A verdadeira dor que causa a solidão.
Quando todos pensam que estou ficando louco,
É que estou provando do sabor incomensurável
O sabor prazer de Viver,
Do meu modo, “a minha maneira", como já se disse!
Chamam-me de louco,
Louco são eles que não experimentaram,
Que não se arriscaram,
Que nunca se arrependeram,
Ou seja, não viveram...
Sou louco,
Pela vida, pela liberdade,
Estou louco para aprender...
Mesmo que errando...
Louco para saber dar valor
Mesmo que perdendo...
Louco, Louco para viver,
Viver essa vida louca,
Intensamente,
Sem medo,
Para poder dizer a todos,
O quanto sou louco, mas sempre fui Feliz!
Pretérito Imperfeito
Vivo no presente, que está intrinsecamente preso ao passado,
Como se houvessem correntes de tamanho incomensuráveis,
Que me permitissem partir em qualquer direção...
Para todos os lados, sem limites razoáveis!
Com um plano de futuro que pode me levar ao céu.
Sabido a todo tempo, ele estará repleto do meu passado,
No caminho trilhado ao céu, meus olhos cegam por um véu,
Onde estampa a imagem de uma vida, de um todo.
Como voar sem limites?
Será mais uma história entre tantas?
Na verdade, eu corro de mãos dadas com o pretérito.
Não encontrando limites, se continuar o fazendo!
Entre as lições, tombos, bater a poeira, encarar de frente...
Está a minha história, sou eu quem a escreve!
Saber onde se quer chegar, sem saber exatamente como se vai chegar!
Um sonho, sem muitos planos, sem a certeza de um final feliz.
A comédia da vida real, o teatro da existência, só vagar!
Entre nuances, vários amores, um amor?
Será esta corrente de elos impartíveis,
Forjada de dor, amor, decepções e felicidades?
Ela não me prende à nada, não me tolhe de nada
Está envolta a mim, e ao tempo...
O tempo e suas respostas,
Minha corrente e seus elos,
Meus sonhos, e o grande teatro....
Eu escrevo, eu dirijo, eu atuo...
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.