Coleção pessoal de Regianevieira

Encontrados 16 pensamentos na coleção de Regianevieira

⁠09
Talvez encontrar-se
sejam vários perder-se
juntos.

Na calada manhã
O vento sopra.
Acorda os pelos dos meus braços,
Tão finos...
Floresce,
Através dos meus olhos.
É aí que tudo acontece.
Agora a brisa fria parece ter neve.

⁠Revisitei o passado
e foi uma das piores escolhas
Que eu já fiz.
O animo que eu estava
Para viver tudo de novo
Se desfez em nevoa
Que pairava sobre mim.
E na minha frente tudo destruído.
Tudo em pedaços,
E com cheiro de mofo.
A nevoa gritava feliz
E lá via eu.
Os sentimentos e tudo
Absolutamente tudo
Deixando de existir
No sopro do vento.

⁠Todo dia eu te espero na porta.
Espero que entre e se sinta confortável
dentro do meu coração.

⁠As árvores.
O táxi.
As mulheres.
O destino.
A janela.
A vida vive.

⁠Me olhe como as fotos
de visualização
única do teu Messenger.
Me deseje como se eu
fosse aquela fruta
raríssima que ti gosta.
Me tenha como se eu fosse
uma presa a um leão.
Me tenha por completo
Me pegue me arranhe
Me beije como se não existisse
Outro segundo, outro dia,
outro mês outro ano.
Me tenha agora
Como nunca ti teve
E me ame como jamais amou
Ou pensa em amar alguém.

⁠Desmontos

Estou tentando encontrar
uma ferramenta de recomeço
nesses desmontos da vida.

⁠Curto a vida da forma mais agradável e isso já me basta. Uma casa silenciosa, uma filha de companhia e para me sentir amada; um amor.

⁠O hiato e a ponte

Quero escrever algo com que eu me orgulhe mas no hiato entre um trabalho e outro nada sai, nem se quer uma gota de tinta e é insuportável. A mente está vazia, isso é um tanto preocupante e discuto comigo mesma tentando achar algo com que prenda, mas nada a interessa e procurar esta sendo cansativo. Não sei nem porque me doo tanto na escrita se quando não vem sinto tanta raiva que chego a quebrar o toco de lápis e rasgar os papéis que não tenho com tanta facilidade nesse mundo de meu Deus. Há quem diga que a escrita é um caminho sem volta. Bem como se o lápis tivesse passado a borracha na ponte do não saber e o agora. Agora que escrevo sinto a necessidade de escrever mesmo sem ter o quê, e isso irrita. Será que outros escritores se sentem assim ou só eu? "Qualé anne! O mundo não gira em torno de você..." Será que alguém se sente como eu?

⁠Aquece

A tarde começa a raiar
O sol lá fora aparece
O frio ainda entra pela janela
Mas é um frio que aquece.

⁠Lastima, revolta, entender
Por o fato de morrer
Tenha sido o que fez viver.

⁠Estou cansada de tentar escrever e simplesmente não sair mas nada na aleatoriedade da minha cabeça.

Meus olhos doem, minha cabeça pesa e sinto sono mas nao consigo dormir. Os grilos cantam, marido ronca, nenêm tosse dormindo naquele quarto claro, e eu no escuro. Acabei de tirar uma foto e ficou perfeita mesmo nessa tremenda melancolia das 20.

Gato mia, carro passa na rua, vizinho conversa rindo, cachorros se alteram e na minha cabeça apareceu uma luzinha e eu me encontro nela.

Por incrível que pareça, era para eu ter escrito isso. E eu escrevi, pois estava com saco de tudo e esse tudo virou uma crônica que achei incrível. Mesmo nessa melancolia das 20.

⁠⁠Resisti a crônica passada
noite inteira pesada
Do meu coração ela veio; rasgada.

Por inteira me rasgou
Ultima gota me tirou
E os versos; externou.

Mesmo com certa pressão
Da crônica; expressão
Liberdade canta o coração.

⁠Pinga. Pinga. Pinga.
Debaixo da pia sem pudor
Garganta inteira pede
Agua, poesia e amor.

Tontura permeia em meu corpo
Ao banheiro no caminho
Piso no chão de quadrados
Piso, como se fosse espinhos.

Lâmpeja na minha cabeça
Situações começa a criar,
Olheiras brutas nos olhos
Começam a afundar.

Deito. Olho. Penso.
00:00
Mais uma noite em claro
Descrito no meu caderno.

⁠O despertar da mente

O dia ultimamente está acordando estranho. Em meio a uma fuga esquisita, corro sem parar tentando escapar de algo que me persegue e que não paro um minuto para ver, pois tenho medo de acontecer algo e de repente, acordo. O coração bate forte, a boca fica seca e mais uma vez o galo canta la fora; quatro da manhã. Deito mais uma vez e respiro forte e penso comigo "só foi um sonho" e tento relembrar tudo e cada lembrança me faz tremer e agradecer por não ser real. Algo corre para mim nos meus sonhos e corre para mim na realidade, mas de tanto me embrulhar, de tanto desviar acabo me prendendo em mim mesma e não percebendo que (...) a vida corre depressa e eu não a vivo.

⁠É tudo muito intenso.
O brilho no sol pela manhã,
o pulo do peixe no lago,
o afago, o carinho e o abraço.
É tudo muito intenso.
Os olhares de dois desconhecidos
o meio sorriso no jantar,
a chuva da madrugada.
É tudo muito intenso.
Eu.