Coleção pessoal de RebecaMelo

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Estou completamente 'open bar' estou com o gosto do estrago na boca, como é gostoso molha-lo e naufragá-lo. Eu me devia um naufrágio sem balça sem bote sem boia, devia estar alimentada com as piores carnes e os piores sangues escorrendo por entre os dedos. Mas não estou. Estou apenas despida curtindo meu caleidoscópio que sai dos olhos no tapete do quarto com meu preferido ''nothing left to lose''. Sinto-me péssima a noite, sempre depois das diversões, a noite parece triste promiscuo ao vazio, tudo pesa e ponderá. Tudo soa ao cartola,a poesia a boemia.As palavras de um podre bêbado é o pensamento de um podre sóbrio. Não sei se sou podre,bêbada ou sóbria.O pensamento.

Escapei das piores barganhas
Cuspindo estupidamente nos preceitos
Fui metade dos gritos inconstantes
Anti-séptico evitando infecções
Um bordão tipico dos bordeis.
Fui trocada pelo truco
Sem troco mantive o coração
Merdas tem devoluções
Sem selos ou carimbos
Sou metade do que cabe em um bem vindo.
Aquática em cápsulas de alucinações
Exibo minha trilha de ossos
Bem parece um labirinto
Onde se perdem os durões
Com seus dorsos em doze bilhões
Ainda é cedo para um baseado
Estive delgada por amor
Em ponta de pés cansada
Andei 4 quadras e sair
As cores me sufocam
Os risos me assombram
As garrafas curam me a timidez
Sou uma bela rapariga de unhas
Sou um par de coxas febris
Arranho-me a mim como castigo
Por ser tanto sem rodeios
Pelo serra de olhos o alheio
Por guardar convicções só minhas
Fui covarde agora sou insolente
Bandida, metida e má.
Má escolha. Má por opção.

Não me velha com dramas
Me pegue e me leve pra cama
Ser livre é ser só.

Sempre que você acender seu cigarro eu sempre vou te olhar meia vã, querendo te dizer que não é dele que você precisa. E sim da fumaça do meu corpo que tem que inalar em um silêncio lento e divino. Aperte-me como ao seu travesseiro à noite e não me deixe ir embora. Eu não quero nenhuma palavra, só à boca muda como porto e ponto de descanso. Não quero a sua felicidade inventada pelo novo, que seja pelo velho, mas que seja sua, sua felicidade. Não estou parada aqui há tanto tempo pedindo algo inalcançável, duro e incapaz. Estou aqui pelo algo que eu encontrei e que agora está turvo imerso em mar, em um mar agitado e estranho. Eu não quero te embaralhar mulher! Eu só quero ser a que te vai por pra dormir ao som de ‘Leãozinho’ depois das 11h00min depois de um cafuné e uma xicara de café concentrado, que vai contar histórias e te fazer sonhar no meu colo, que vai te roubar sorrisos e dizer tudo, tudo que você precisa com os olhos firmes. Que vai te jogar no chuveiro depois das 02h00 a. m. até fazer o melhor amor da vida fazendo barulho ao meu melhor amor. A que vai se recompor quantas vezes for preciso entre a distância e a falta das suas palavras. A que não foi a melhor a te oferecer o melhor amor. Os melhores beijos ou os melhores cigarros. Mas a que feito fumaça entra e sai dos seus pulmões surrados em um silêncio lento e divino.

Vontade de fazer meio amor com você.

Quem é você jasmim?
Quais as pisadas que destes
entre o meu e o teu jardim?
Aonde esteves minha querida morfina?
Eu estou te sentindo te absorvendo em brumas
Sentido entre os parados dedos
Formigas entre os meus contornos
Estou formigando de cabeça para baixo
Sangue denso em dorso duro
caleidoscópios em meus olhos
Sou a eva e fui picada pela serpente
Sou a maçã em decomposição
E quem é você jasmim?
Quais as pisadas que destes
entre o meu e o teu jardim?
Aonde esteves minha querida morfina?

Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio

Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.

Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie e terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus.

Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora e;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?

Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.

E por que não? Se as fontes geram tal tristeza
Através da existência-curto dia-,
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia.

Seu mau hálito me causa nojo e repulsa.
Sua língua é uma porta de esgoto
Em plena boca do lixo.
Sua nudeza não me soa bem.
Não consigo vê-lo
Ou maravilha-lo como um desenho
Onde contemplo fervorosamente.
Tenho vontade de vomitar
Me enojo me enjôo e te vomito.
E o que gruda de você em mim
Tenho vontade de me desifetar
Como um verme ao tocar uma pura seda.
Você cheira a putrefação
E o seu perfume não incobre isso.
Sinto a sua decomposição descaradamente
E declaradamente eu fujo.
Como quem foge de um nojento
e rastejante bicho de pele.
Bicho podre bicho verme...

Não tinha dons. Não se encaixava em quase nada. Não tinha rótulos, ainda que rotulasse e decifrasse alguns códigos de barras.

Dizem que esta filosofia é coisa de mesa de bar
De poeta malandro que não aprendeu a rimar
Mas e daí, se o nosso divã é um banco de carro atolado
Ainda tem gente que pensa que rir é pecado
Mas e daí, se sou fruto dos anos 80
Alma de socialista e você nem esquenta
Mas e daí, se coleciono moedas, livros e discos
E você guarda garrafas e riscos, arrisco em falar
Mas e daí, eu culpo o planeta por fazer o sistema girar
E você desligou essa órbita, nem quer ativar
E qual o problema da minha cabeça de mundo e o seu mundo ser tão interior
Se no mesmo contexto o assunto é amor?

...Fazia trocadilhos. Engolia seu próprio sarcasmo. Dançava sons diferentes. Até tentava compor...

Andando por aí a toa
Num dia tão normal
Achando que ta tudo numa boa
Ultrapassando o sinal
Revivendo o passado
Do teu inferno astral
Transformando em poesia
Aquilo que outro dia
Parecia tão banal
Sem planos, sem pressa
Sem nada que impeça
De desmontar as histórias que eu mesma criei
Sem impor os limites
De tudo que um dia sonhei
Sem as ideologias cruéis
Do livro da lei
Que um dia
Por ironia
Inventei

Na vida a gente tende a criar
Fantasmas imaginários
Pra ninguém suspeitar
Os medos eternizados em diários
E de repente da uma vontade
De mandar alguém pra longe, pra outros lugares
Pra fugir de alguma outra vontade
E dizer pra quem não tem nada a ver comigo
Que não faço representações vulgares
Então, não te represento um perigo
E gritar loucamente
Olhando pro céu
Desculpa, se eu tenho mel

Uma dose de poesia, o som de um violão, um pouquinho de sarcasmo e acrescente o que sua imaginação permitir...

Você cheira a vendaval.

Então é isso.
Vou acordar e guardar a coberta.
Calçarei meus chinelos.
E tomarei um café forte com torrada.
O clima frio da manhã vai me arrepiar.
Pensarei em coisas sem nexo.
Me sentirei perdida.
Vazia e sem encaixe.
Dormirei. Sairei.
E por ai metade do dia se foi.
Então é isso.
No fim da noite
Pegarei a coberta e cairei na cama
Os copos estaram vazios
E o corpo em repouso
O clima frio da noite vai me arrepiar.
Pensarei em coisas sem nexo.
Me sentirei perdida.
Vazia e sem encaixe.
Dormirei. Sonharei.
E por ai metade da noite se foi.
Então é isso.

As Flores são mesmo uma ironia da Sorte,pois
"enfeitam na Vida e enfeitam também na Morte".


ter..fª 06/10/2009 23:56 pm
Lord JOHN Gothic Metal

A voz blue
a dor e a potência dos negros
rir de uma poeta
na sarjeta?
não
não aqueles vídeos
amy antes e depois
amy a junkie
amy a doida suicida
as piadas com os trapos de amy
as nóias e os micos de amy
os playboys e patricinhas
fãs do estilo decadence da poeta
ame amy
deglutida pelo paladar
das mídias & massas
ávidas por carne decomposta

não
apenas a voz blue
plena de dor
e da potência do negros

Viver é bom
Nas curvas da estrada
Solidão que nada
Viver é bom
Partida e chegada
Solidão que nada
Solidão que nada.

Flores.
Gosto do seu néctar.
Me sinto uma formiga
Quando fico tão perto
De uma flor-de-lis.
Sinto-me atraída
Pelas suas fontes...
Pelas suas fontes de açúcar.
Flores.
Me lembra (parti)das chegadas.
Chega(das) partidas.
De uma flor-de-lis.

Por um lindésimo de segundo

tudo em mim
anda a mil
tudo assim
tudo por um fio
tudo estivesse no cio
tudo pisando macio
tudo psiu

tudo em minha volta
anda às tontas
como se todas as coisas
fossem todas
afinal das contas