Coleção pessoal de RBA
O amor é como o mar, ás vezes calmo, ás vezes tempestuoso. Nunca deixando de ser profundo.
Só existe um problema, ou solução, ele nunca seca.
Dei o play na música mais triste da playlist, enguli o choro. Só fiquei ali sem nada pra pensar pensando em tudo.
Eu sei que a culpa não é sua, é minha.
Em querer algo que não poderia ter.
Eu posso ser feliz, posso cantar aos quatro ventos, posso até sorrir por coisas bobas;
Mas sem você aqui.
Porque quando você está aqui a minha alegria se esvai como água após uma chuva, eu me sinto confuso como se não houvesse pensamentos o suficientes para organizar.
E então de repente eu me olho no espelho e percebo que estou triste mais uma vez pelas mesmas coisas.
Como pode isso acontecer?
Como?
"As Crônicas de Um Amor Desajustado - RBA"
Estes são tempos difíceis
Não há como não negar
Estes são tempos sem amor
Eu posso sentir isto tão perto
Estes são tempos que tento esquecer
Estes são tempos que eu estou tentando me arrepender
Mas é difícil, mas é difícil
Quando eu estou aqui sem você
Quando eu estou aqui sem você
Não consigo pensar,
Não posso falar eu não posso andar
Não posso ir em frente.
Estes são tempos que tento esquecer
Estes são tempos que eu estou tentando me arrepender
Por todos os erros que eu faço
Mas é difícil fazer isso quando estou com você você
Vou ficar aqui sem você
Quando eu estou aqui sem você
Quando eu estou aqui sem você
Não consigo pensar,
Não posso falar, não posso andar
Não posso ir em frente.
Quando eu estou aqui sem você
Quando eu estou aqui sem você
Não posso viver, toda a minha vida
Desta forma
Como desta vez
Como antes
Como você
"As Crônicas de Um Amor Desajustado - RBA"
Nossa. Eu estava muito nervosa para te ver. Não entendi o porque já que eu te via todos os dias, acho que esse nervosismo era o fato daquele dia ser especial. Era final de semana, mais precisamente um sábado. O dia já estáva no meio e fazia muito calor. Eu havia marcado de sair com ele na semana e estava achando muito estranho o fato de ter dado certo, já que toda vez que eu convidava sempre aparecia algum impecilho do destino. Pronto. Estava na hora de ir. Nós íamos assistir um filme, então não podia atrasar.
Eu cheguei cedo, como sempre. Ele havia atrasado, como sempre. Mas o seu rosto, sua roupa, tinha me feito perdoar isso. O mais engraçado é que durante o passei nós conversamos muito, não como antes, agora eu sentia que podia contar qualquer coisa que quisesse. No meio de tanta conversa ele me disse que havia trocado de roupa várias vezes até achar uma legal o suficiente pra me impressionar. Disse até que passou horas se arrumando.
Eu ri.
Por dentro é claro.
Ah, eu derreti também...
Depois de tanta conversa fomos assistir o filme. Eu odiei. Mas o fato de estar sozinha com ele foi recompensador. Teve uma hora durante o filme que ele me olhou e não tirou os olhos de mim, eu senti que ele queria me beijar, mas eu não consegui dar intimidade o suficiente por estar com muita vergonha.
Até hoje me arrependo disso.
Depois do filme nós não lanchamos, na verdade nós discutimos. Não sei porque mas nunca conseguíamos ter um momento de paz que durasse. Nós nos amávamos tanto e talvez nos esforçassemos tanto pra sermos bons que sempre falhavamos. Mas apesar dessa discussão eu gostei desse dia. Muito mesmo. Foi um dos poucos momentos que eu passei com você.
Um dos poucos momentos que podíamos finalmente sermos só nós.
Nós...
"As Crônicas De Um Amor Desajustado - RBA"
Engraçado.
Não tanto.
Eu lembro que naquele dia você disse algo pra mim assim como eu disse algo pra você.
Naquele tempo eu estava apaixonada.
Por você.
E esse foi o "algo" que eu disse, "Estou apaixonada". Mas, ao ouvir-me o "algo" que ele disse era que estava apaixonado também.
Na hora eu me senti muito feliz.
Mas mudou.
Porque após duas almas terem confessado a paixão recíproca o mais o normal de se acontecer é o início de uma relação.
Só que não.
Após as revelações eu perguntei: "E agora, o que faremos com nosso amor?"
Ele logo respondeu, olhando para mim: "Nada. Não precisamos fazer nada com sentimentos assim."
Eu não compreendi, não compreendo e acho que nunca vou compreeender.
Como não fazer nada?!
Como esquecer o amor que se instalou?
Mas eu continuei e segui meus dias.
Não fazendo nada.
Até que...
Nada aconteceu.
Espero um amor que me aquiete e desperte o bem que há em mim. Um amor em que eu descanse e jamais me canse de ter que sentir algo assim.
Quantas vezes eu já fugi, jurando pra mim mesmo nunca mais voltar. E no meio desses juramentos eu voltava, tentando lutar contra os meus pés que insistiam em te encontrar.
Promete ser "eu e você". Promete ser "você pra mim". Promete "não esqueço você". Promete "voltar aqui".
Me conquista. Me embala e me leva daqui. Me leva onde se pode viver e amar. Onde nós dois podemos coexistir.
Ela estava lá, deslumbrante, naquela tarde de sol. Seus cabelos vibravam de emoção com o vento que soprava forte. No seu rosto eu via fé, via esperança. Nas suas mãos eu via determinação. Nos seus pés eu via força. Então de repente eu não a via mais, porque ela já havia ido.
A saudade fez uma carta sua para mim, e essa carta fala do amor que sentimos. Ela lê todo dia pra mim.
Não há felicidade na dor, assim cremos - mas a dor que você me fazia sentir ainda assim conseguia me fazer feliz.
Meu amor, se algum dia você decidir voltar saiba que não precisa sair por aí me procurando. Eu estarei naquele mesmo lugar de sempre. Do mesmo jeito. Com aquele mesmo sorriso desconcertado tentando ser a melhor pessoa pra te fazer feliz. Mas meu amor, se você não voltar, saiba que ainda assim eu estarei aqui e aqui permanecerei para sempre, porque o amor faz isso com a gente. Alguns ele faz crescer, outros ele faz parar.