Coleção pessoal de rah___souza
O amor, o meu amor é aquele amor platônico sabe? Aquele que não tem limites, aquele que quebra todas as barreiras, desfaz todos os medos, aquele que insiste, aquele que luta.
O meu amor é abrigo, é colo de mãe - É o consolo, é a falta dele... É a energia mais forte que habita em mim, é o colapso mental. É o abraço quente e aconchegante e é também a dor, o medo...
O meu amor fere, ele machuca. O meu amor cura, ele conserta, ele refaz. Ah! E a falta dele é a falta de aptidão existencial, é a dúvida, é um "contentamento descontente".
O meu amor é algo que não cabe dentro do meu peito! É aquele que grita, que nos chama, aquele que queima, que arde... Como o sol das três da tarde, como aquele café feito pela manhã... É como a chama daquela paixão, é o encontro de almas.
Quero o meu amor ao mundo oferecer, quero doar-me para a vida, para a eterna paixão, para a eterna luta, quero me fazer guerreira, quero que com todas as minhas vozes possa exclamar, simplesmente o meu amor!
A sobriedade que me fazeis transmutar
Partindo de mais um suave gole de um bom e velho vinho.
Se és divino, então me vingo pela verdade despida de amargura
Mentira inevitável e inerente
Nas escritas velhas os fúnebres ditos do pergaminho.
Transmuto minha aura
Renascentista de 666
besta comunal inocente.
A cura mantral e subjugal ramifica-se além do espírito.
Assim como o álcool que circula em meu corpo.
E este esqueleto de um verme só, só de um, um só.
Transforma-se em divino esplendor sóbrio e só, um só.
Relutância
Os demônios matinais
Os demônios causais
Os demônios umbilicais.
Demônios.
Meu inferno e salvação.
Meu céu, minha redenção.
Escapa-se um ruído de dor
Um grito agonizante.
Nua é a lágrima do instante.
Minh'alma sangrenta
Se és possível o impossível.
O encara, escancara e o enfrenta!
O diabo sorri a mim todas as noites...
Encolhido, escondido nos açoites.
Anjos?
Os anjos matinais
Os anjos causais
Os anjos umbilicais.
Meu paraíso, meu tormento.
Minha luz ofuscada.
Libera-se um fluído de pudor
Por toda dor inexistente
Pela insignificância do viver.
Minh'alma gestante
De toda massa negra Universal
Embrionária do caos cervical.
Deus e o Diabo concedente.
Demônios angelicais?
Se é vivaz.
Anjos demoníacos?
Se é hipocondríaco.
Toda essa relutância do Ser.
Em se ser.
Reluz a incredulidade demoníaca.
A real é que vivemos de achismos e do achismo...
É comum acreditarmos que amanhã será tarde demais e negligenciar o tempo
É comum acreditar em variáveis e focar na incógnita
É comum ver e não enxergar
É comum omitir e mentir dizendo ser por amor
É comum sermos insignificantes sendo os únicos responsáveis por tal motivo
É comum sermos os errados mesmo estando corretos
É comum fazer o melhor e ser ainda sim o pior
É comum todas as vivências e todos os dizeres
E o que não é comum se não os pesares?
Minha alma toda estriada
É a atrofiação da mente
É a ruptura da rutilância dos meus devaneios
Assim como meu corpo em uma expressão artística, não se pode ignorá-la.
São marcas de evolução
São memórias associativas
São tudo o que com olhares rasos não podemos ver, é poesia!
Os olhos, ah! Os olhos
Aqueles negros e profundos olhos
Que inundam minha alma
De ideias que se colidem
Aqueles com brilho indiferente
Que se diferem na atmosfera.
Os olhos...aqueles tristes e caídos
Sem nenhuma esperança em seu ser
E o que é este ser?
Os olhos como campos minados
Como estacas de madeira
Os mesmos olhos negros, os olhos em que não há mais vida.
Os tristes e escravizados
Olhos de dor e melancolia.
Sangram, choram, exprimem a perda do seu ser.
E o que é este ser?
A colisão ideológica
Destrói a melanina ocular
Corrói todo o verniz do ser...
E o que é este ser?
Nada mais, do que SER!