Coleção pessoal de Rafael_Lucateles

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Deus existe!

Vamos assumir que exista um Deus e que Ele é infinito. Se Deus é infinito e o infinito não é mensurável, pois não tem dimensão limite, então não há espaço para outras coisas existirem além de Deus. Sendo assim, temos que ser obrigatoriamente Deus. Pois se fossemos algo diferente de Deus ocuparíamos um espaço que Deus não ocupa. Com isso Deus deixaria de ser infinito, pois delimitaríamos ao menos uma parte em que ele não pertence.

Então tudo é Deus, pois Deus é infinito.
Não há definição de tempo, forma, dimensão ou qualquer caracterização. Pois se você caracteriza algo, limita isso a alguma representação, mesmo que seja à irrepresentatividade. Logo, isso limita o infinito a alguma coisa, e o mesmo deixa de ser infinito. Portanto, é paradoxal tentar representar o que é infinito.
Conclui-se que: Se Deus é infinito, e o infinito é ÚNICO - pois não deixa espaço para outra coisa existir - então eu e tudo à volta só podemos ser Deus. Se eu existo, então Deus existe, porque somos uma única coisa infinita.

Rotina

A maior curiosidade de querer não ser só mais um no mundo é que isso te torna mais um dos que não querem ser só mais um. Muitas pessoas dizem "eu farei algo diferente, inovador, que vai mudar tudo!". Alguns o fizeram; Steve Jobs, Froid, Einstein, Confúcio, dentre outros gênios. Mas o que os diferencia entre si?
As inovações, os inovadores e os resultados disso são exatamente iguais, cada um com seu avanço proporcional ao tempo e ambiente que se localizam.
Que grande novidade foi a invenção do computador. Hoje ele já é substituido pelo smartphone, que logo será obsoleto também.
No fim das contas, corremos, aprendemos, buscamos sermos os melhores, e ninguém sai do mesmo lugar. Apenas nos aprimoramos pra fazer o mundo girar exatamente como ele é. Porque as mudanças acontecem, mas até elas fazem parte da rotina.

O Poeta

Sou poeta
Não daquele que compõe
Sou Poeta!
Que sente, se acalma
Se distorce de uma vez só

Que não tem alegoria
Que canção, nunca mais
Sou poeta de razão
Sensitivo, perspicaz

Que se esquece do "amor"
E se presta a viver
Viver!
Seja como a vida for

Tu se cale, solidão
No silêncio estou cheio de razão
E sou louco, louco!
Enlouquece ter razão do que julgam invenção

E me calo
Pois se ouso, e falo
Eu sou louco!

Invejo!

Eu invejo
Aquele que não se importa
Que não vê e não entende
E que corre ferozmente pela fama e o poder

Eu invejo você
Que quer tudo isso aos montes!
E que cansa, não descansa
Que só pensa em correr!

Eu invejo a tua inveja
De quem pode mais que tu
Que te faz se apequenar
Eu invejo ele também
Que de ego se completa

Dane-se o mistério, traga-me a mesmice
Eu invejo o seu amor
Pelos dramas e romances
Do John Green e da Clarice

Mais que tudo, eu invejo a ignorância
Que se furta a conhecer da própria insignificância