Coleção pessoal de rabernardo22
Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem.
Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela.
Ah, menino
Que acontece com você?
Tão carinhoso e guarda essa mágoa toda?
Não fique triste com as minhas loucuras
Brincadeiras inconsequentes de uma jovem insegura
Meu coração fica apertadinho com a indiferença que lançastes
Ah, menino doce, fala comigo, o que te aflige?
O que te deixa tão amargo?
As desculpas não foram aceitas, eu sei, um erro tão grave, não é?
Não tem perdão
Gentileza gera gentileza
Grosseria gera indiferença
Indiferença daqueles que são incapazes de tal atitude
Eu realmente mereço o que causei
Sinto muito
Ah tempo que não me falta.
O dia não acaba, mesmo quando cerro meus olhos e caio no abismo escuro do sono.
Quem dera eu tivesse realmente sono.
Durmo sim, mas apenas para o descanso do corpo.
Alimento-me pelo mesmo motivo.
Para que essa máquina que me foi dada de presente não desapareça por falta de cuidados.
Não há nenhum prazer nisso.
Mas, um presente desses não se joga fora apenas por desanimo...
Madrugada por favor, vá embora, deixe um novo dia nascer.
Ah tempo, por favor, não pare.
Mesmo que eu me vá, continua teu curso incessante.
Ate agora
Sei que você esta feliz
Que os momentos que passamos juntos estão ai, guardados em algum lugar em sua memória.
Sei que não me apagou completamente de sua vida
Já que fiz parte dela por alguns anos
Sei também, que me deseja sempre o melhor.
Que nossa amizade foi verdadeira mesmo quando não existiu
Que faz falta
O caminho é longo e a vida não permite olhar para traz
E mesmo assim deixa as lembranças como se fosse um presente
Presente do passado
Ingrato às vezes, mas bem vindo.
Bom o que posso dizer?
Sinto o mesmo, desejo o mesmo.
Obrigada por tudo
Mesmo que o tudo signifique Nada.
Sono
Ela sobe ao palco
Ele esta sentado em uma cadeira de cabeça baixa esperando que a música comece
As luzes acendem e uma nuvem de fumaça azul invade o palco enquanto Ela se aproxima
Quando as luzes vermelhas se misturam a fumaça azul, tudo que os espectadores sentados na grande plateia veem é um casal de dançarinos se preparando para mais uma apresentação de dança de salão, mas, eles são mais que isso.
A música começa, Ela toca levemente seu rosto, Ele a olha e sorri segura sua mão com delicadeza, levanta e a traz perto de si, um olhar surge entre os dois. Um movimento suave da boca Dele pronuncia um discreto “Eu te amo”. O tempo para ali.
Ela sorri com o olhar, envaidecida. Voltaram para a música, seus corpos se unem e tudo começa um salto para o alto termina em uma aterrisagem perfeita, de pé a plateia a aplaude, eles não ouvem os aplausos, alheios em um mundo onde só eles existiam, ninguém mais.
Alguns passos à frente um rodopio dessa vez no chão, levemente ela se deixa cair em seus braços. Braços fortes de um corpo atlético Ele facilmente a levantava, como se fosse uma pluma. Ela era pequena e delicada em todas as suas formas, eram perfeitos, na valsa que dançavam não existia erros.
Uma breve separação para completar um passo.
Quando se reaproximou Ela lhe disse ao pé do ouvido, enquanto eles saltitavam em leves movimentos pelo palco, “Eu te amo”. Ele não precisava de mais nada naquele momento, Ela era tudo.
O momento mais esperado, o ultimo giro da valsa, um salto, ela teria que parar no ar, impulso tomado e seu pé se desprende do chão, Ela alça voo livre como um pássaro e Ele a tinha em suas mãos colocou-a no alto com facilidade como sempre, olhou-a nos olhos, sentiu o frio percorrer seu corpo.
Ela não estava ali.
Acordou de um breve sonho, lindo, triste sonho...
Seus olhos vivos ficaram vazios naquele momento. Lembrou-se.
Ela se foi. Com os olhos lacrimejados apenas uma pergunta não saia de sua mente:
Por que você teve que partir?
Lá pelas 8:15 da manhã, friozinho agradável. Levantou encheu a xícara de café bem quente. Foi até a janela e olhou o dia, mais uma vez. Adorava fazer isso. Se sentia mais leve quando via tanta beleza naquela luz lá fora. Seu coração não estava intacto como um dia esteve. Estava um pouco arranhado. Ela não sabia bem o que sentira naquele momento em que olhou pela janela. Mas sabia que se sentira melhor depois de ver tanta beleza. Depois de ouvir o som do vento e dos pássaros, como era de costume fazer. Ficou ali durando uns 15 ou 20 minutos. Tomando o café quente que preparou. Depois respirou fundo (de novo) e foi viver. Vestiu a capa da realidade. Foi fingir sorrisos. Foi fingir alegria.