Coleção pessoal de QuintasLeticia
Domigo. Meio dia. Como todos os outro domingos esse não seria diferente. Tediante. Ele diz estar cansado, me chama para deitar junto a ele na cama. Fecha as janelas do quarto, impossibilitando o sol de entrar. Deito-me junto a ele e me encolho embaixo das cobertas. Nossos corpos se colam fazendo um tipo de conxinha. Seus lábios roçam os meus. Estão quentes, assim como seu corpo. Seus lábios escorrem sobre minha pele, senti calafrios em lugares que julgava não existir. Seus olhos em chamas, esmoleiro de mim. Suas mãos firmes apertando minhas coxas. Gemidos. Gritos. O coração palpitando tão forte que capaz de sair pela boca. Arranho suas costas implorando para que ele não pare. Nossos olhares se cruzam, e a boca é puxada uma para dentro da outra. Quente. Um raio de sol entra por uma brecha na janela. Nossas roupas estão jogadas no chão. Nada sei. Mas o amo, de todo coração. A cada segundo amo mais. Sei disso porque me perco na imensidão dos teus olhos. A noite cai e nem sei mais que horas são. Duas crianças e um amor. Sua voz é um doce. Quem importa se nós fazemos isso?
Observo o moço do outro lado da rua, sempre com um copo de cerveja na mão e um cigarro em outra.Tentando afogar suas magoas em álcool e nicotina. A moça de olhos verdes e cabelos longos passa, ele respira fundo e toma um gole, e seus olhos a persegue até ela se perder entre os carros da Avenida São João..