Coleção pessoal de PVNBF
Pensar demais
Por que sempre penso em tudo?
Cada ação exige lógica, como se meus passos devessem seguir uma trilha invisível. Nunca há o vazio, nunca há silêncio. Sempre algo. Sempre ecos.
Perdi noites de sono, afogado em pensamentos que não me deixam partir.
Por que sempre penso em demasia?
Minha mente constrói labirintos, planeja possibilidades como quem tece uma teia infinita. Tenho uma memória afiada—e às vezes, isso é uma maldição.
Por que não posso ser só um cara normal?
Agir por agir, sem que algo me perturbe os sentidos, sem que cada palavra dita pareça um cálculo arriscado.
Falar com uma garota deveria ser simples, mas há sempre um nó na garganta, um peso invisível nos ombros.
Por que não sei o que fazer com o amor?
Sinto, e talvez sinta de volta—ou talvez queira sentir. Mas o medo vem primeiro, como um véu sobre a coragem.
O que dizer, onde ir, o que ela vai pensar?
Minha mente nunca dorme, sempre gira, sempre analisa.
E eu?
Eu só queria respirar sem pensar a cada suspiro.
ROMA
Dias passam, a vida anda, o tempo se esvai
Oportunidades vão e vêm, pessoas também
É preciso entender e saber com quem
Se pode passar um novo amanhã
Ultimamente, tenho recordado o sentido
Do qual nunca deveria ter perdido
Atrasos, lutas e solidão e culpa
Já fizeram parte da minha estrutura
De muitas coisas dizem ser preciso para viver
Mas de tantas coisas assim não é necessário ter
Estabilidade, amor e compreensão
Por último um pouco de paixão
Para uma vida boa eis a solução
Agora sei mais do que nunca o que buscar
Mesmo sem saber como conquistar
O importante é sempre tentar
Ruim é desistir sem lutar