Coleção pessoal de Pumpkinhead

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Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas, nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

É uma necessidade conversar com os poetas. E se os poetas morrerem, provocarei os mortos, as flores do mal que estão na minha estante.

Lê nos meus olhos todos os consentimentos, Mata tua sede na pedra que se fez fonte, E te encanta com a paisagem contraditória do meu ser.

"Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre"

Tenho várias cicatrizes, mas estou viva. Abram a janela. Desabotoem minha blusa. Eu quero respirar.

"A satisfação intelectual não me basta... a ação me faz falta!"

Ler é meio puxar fios, e não decifrar.

Tarde aprendi
bom mesmo
é dar a alma como lavada.
Não há razão
para conservar
este fiapo de noite velha.
Que significa isso?
Há uma fita
que vai sendo cortada
deixando uma sombra
no papel.
Discursos detonam.
Não sou eu que estou ali
de roupa escura
sorrindo ou fingindo
ouvir.
No entanto
também escrevi coisas assim,
para pessoas que nem sei mais
quem são,
de uma doçura
venenosa
de tão funda.

Soneto

Pergunto aqui se sou louca
Quem quer saberá dizer
Pergunto mais, se sou sã
E ainda mais, se sou eu

Que uso o viés pra amar
E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida

Pergunto aqui meus senhores
quem é a loura donzela
que se chama Ana Cristina

E que se diz ser alguém
É um fenômeno mor
Ou é um lapso sutil?

Diálogo de surdos, não: amistoso no frio.
Atravanco na contramão. Suspiros no
contrafluxo. Te apresento a mulher mais discreta
do mundo: essa que não tem nenhum segredo.

É sempre mais difícil ancorar um navio no espaço

Apaixonada,
saquei minha arma,
minha alma,
minha calma,
só você não sacou nada.

Angústia é fala entupida.

a gente sempre acha que é
Fernando Pessoa

Eu não sabia / que virar pelo avesso / era uma experiência mortal

Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei...
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos.

⁠A Vida é malandra
Igual o coração
Te faz sorrir à bessa
Ou chorar aos prantos

E por falar nas almas
Que se escondem nos recantos
Da sociedade, ou da vida?
Não sei te dizer, mas como um poeta sei te sentir

Você sai na rua
Como um lobo solitário
Fora de seu habitat
Com um amor e uns quebrados

Você ainda vê esperança
No que não parecia existir
E passa a enxergar a alma
Que sempre quis.