Coleção pessoal de PriscilaCaldas
Melhor pagar o preço de ser o que é, do que ser recompensado por aquilo que não é. Eu não aguentaria morrer e receber um Oscar divino de melhor atuação aqui na terra.
Prefiro que Deus me dê um prêmio Nobel de autenticidade."
A essência é a forma bruta do nosso ser. Não importa o quanto você pense que ela é boa, se não for lapidada, nos fará agir completamente contrário ao que somos."
É fácil ganhar uma maratona e qualquer campeonato! Difícil é acordar cedo e treinar horas. Vencer o cansaço, a preguiça, o corpo que parece não querer, as dores.
O difícil é vencer a sí mesmo!
É fácil passar em qualquer prova, pra qualquer faculdade, pra qualquer concurso. O difícil, é estudar horas, várias matérias, videoaulas, frequentar um curso, resolver questões anteriores, acordar cedo, percorrer distâncias, pegar ônibus e trem lotado.
O difícil é vencer a sí mesmo!
É fácil ficar milionário! O difícil é ser honesto diante das oportunidades de enriquecimento fácil que surgirá, lidar com negócios que não deram certo, ter paciência e perseverança.
O difícil é vencer a sí mesmo!
É fácil ser feliz em qualquer relacionamento. O difícil é deixar o ego, o egoísmo, o orgulho de lado, aprender a perdoar, ser paciente, respeitar as diferenças, e focar no que realmente importa: o sentimento.
O difícil é vencer a sí mesmo.
É fácil ser culto, pensante e informado! O difícil é ler livros nem sempre tão finos, jornais, notícias relevantes, ter que voltar atrás e mudar uma opinião equivocada.
O difícil é vencer a sí mesmo!
É fácil vencer a depressão, vícios, ou qualquer problema pessoal. O difícil é ter que pedir ajuda, reconhecendo que perdeu o controle da situação, que fez escolhas erradas e está com problemas, enfrentar a sociedade que ignorantemente logo terá um rótulo pronto pra você.
O difícil é vencer a sí mesmo!
É fácil entender que existe um ser superior a todos nós e que o mundo não surgiu de uma explosão. O difícil é enfrentar o preconceito, a necessidade do físico, as "urgências" da vida terrena, as fortes correntes que se dizem a favor mas só destroem a imagem de Deus, as decepções, a frieza e a incredulidade, a incerteza do que acontece depois da morte, o medo de ser taxado de ridículo por aqueles que só são especialistas em coisas terrenas.
O difícil é vencer a sí mesmo.
Não importa o que desejamos na nossa vida. Quais são os nossos sonhos ou objetivos. Ninguém mais, ninguém menos do que nós mesmos, podemos nos limitar e impedir de chegar a onde queremos. Tudo na vida requer um preço."
Podíamos mesmo ganhar dinheiro a cada letra de nossos pensamentos relevantes e não-egoístas. Assim tenho certeza que a distribuição de renda seria muito mais justa, e cairia nas mãos de quem realmente poderia mudar o mundo."
Eu sou OCEANO.
Molhar os pés na beira da minha praia não me satisfará. Mas devo deixar-lhe saber que mergulhar na profundidade do meu ser não é pra qualquer um.
Não que sejam necessários dons mirabólicos. Só se faz necesssário C O R A G E M! Tanto pra ir fundo quanto pra suportar a pressão natural que aumenta à medida que muito se aprofunda e se sabe.
Prometo porém, que você verá uma paisagem única e fará descobertas incríveis. De tesouros não-explorados aos naufrágios da minha alma. Tudo tem uma forma única que só poderia ser moldada em mim."
Os erros, no geral, não tornam as pessoas ruins. Muitas delas ainda são como eu e você, apenas cederam diante de algumas situações, às vezes, irreversíveis."
Os pássaros voam...
Mas como eles gostam de andar!
Mesmo que por pulinhos.
Atravessam as pistas, andam pelos telhados...
Se aventuram pelos gramados.
Fazem equilibrismo pelos fios.
Deveriam eles apenas voar, já que esse é o seu maior dom?
Não! Os passaros sabem aproveitar o melhor do voar e do andar.
Pra que se limitar?
Não sei se por inocência, curiosidade ou por sua conta em risco.
Se arriscam mesmo quando isso lhe custa a vida.
Alguns são pegos e postos em gaiolas.
Outros são atropelados na pista.
Porém se estivesssem voando? Somente voando?
Ou se somente pousassem em lugares distantes e altos?
Provavelmente não seriam pegos, pois, socializar-se tem seu preço.
Mas também não conheceriam o intrigante mundo dos humanos.
Então, chego à conclusão de que pássaros são humildes como Deus é.
Enxergam melhor de cima e têm uma visão muito ampla.
Mas descem para ver o que nós, humanos, limitadamente vemos.
Estão dispostas à novidade.
Percebem os encantadores detalhes impossíveis de se ver lá do alto.
Se arriscam, se infiltram, se misturam.
Pois andar também tem suas virtudes.
Que bom que os pássaros podem tanto andar como voar!
E que bom que os humanos apenas andam!
Dizem que chorar não resolve. Mas eu já teria virado rocha, se não fossem as lágrimas pra regar o deserto que ficou o meu coração, quando você se foi."
Confesso abertamente que muitos sofrimentos e desgastes poderiam ser evitados se eu simplesmente dominasse a arte de deixar ir. Parece simples, mas toda vez que algo ou alguém chegava na minha vida e me proporcionava momentos únicos e maravilhosos, eu logo reservava uma suite presidencial no meu coração. O que era considerado inocência de minha parte à alguns, pra mim não se encaixava em categoria nenhuma - eu simplesmente era assim em relação às pessoas. Eu acreditava. Eu fazia planos. Não pensava em finais ruins e para pessoas muito intensas aliás, até as partidas momentâneas são muito difíceis de digerir. Se alguém dizia "vou dormir" eu queria "dorme não".
Mas aí vem a vida, escola como nenhuma, e às vezes nos faz nos sentarmos à força numa cadeira dura e além de ver e ouvir, sentir cada detalhe das lições essenciais que ela tem a nos ensinar.
E a mais dura pra mim, foi e tem sido a lição: DEIXAR IR
Putz! Já sentiu que algo fugia ao seu controle?
Vai fazer essa mente, esse coração entenderem isso.
É um processo quase enlouquecedor!
As coisas não poderiam ser simples como um barquinho de papel que colocamos na água e o fluxo natural o leva? E eles vão até que alegres, aceitam o destino de barco de papel que são.
Mas não! Até que aconteça essa "osmose" com o fluxo da vida, cada um leva um tempo e o meu tá em andamento. Minha tendência a me agarrar nas pedras no caminho é inegável.
Nunca consegui aceitar facilmente as pessoas que amei e se foram. Os momentos que vivi e não se repetiram. Não que o novo não me interesse. Mas eu não sou do tipo que troca o antigo pelo novo quando se trata das pessoas, por exemplo. Sei que tá cheio de teorias por aí, sei que os momentos são inesquecíveis, mas não queria que fossem únicos. Queria que fossem múltiplos.
Eu e meu desejo não sincronizado de querer eternizar o que já dava sinais de que não seria eterno. Certas pedras são escorregadias demais, você cai na correnteza.
Algumas coisas não nasceram pra ser eternas. Pelo menos não na minha vida. O difícil tá aí: quando você queria porque queria que fosse.
Quem nunca fez de tudo o que pôde por uma amizade? Quem nunca deu chance a um relacionamento? E quem nunca se atropelou?
Deixar ir é difícil. Às vezes por causa do próprio ego. Outras vezes por gostar mesmo e não querer que acabe.
Mas o fato é que: adianta alguém permanecer na nossa vida à força quando permanecer ou não na vida de alguém deve ser algo voluntário e de preferência agradável? Adianta se apegar tanto a algo nessa vida tão imprevisível? Adianta querer irracionalmente reverter certas situações que estão do jeito que estão por escolhas das pessoas ou própria?
Não! Porque se pararmos pra analisar profundamente, muita coisa já não existe mais, apenas vive no nosso psicológico. Grosseiramente falando, convivemos com certos cadáveres que não tivemos a coragem de enterrar. As vezes extendemos o velório.
E essa é a cova funda pra onde vai todo sofrimento e desgaste. Lá pra idade mais avançada, dizem que a gente nem se desgasta mais com certas coisas. É melhor começar de agora então.
Não é fácil lutar contra sí, em seu próprio favor. Me sinto as águas que chegam às represas e batem fortemente contra as barreiras no percurso, a resistência é grande, mas sei que elas sempre chegam ao objetivo final e a gente entende que até a barreira nos ajudou a encontrar o caminho.
É no durante que estou aprendendo a:
-deixar ir embora quem quer ir embora.
-abrir mão de certos planos e fazer outros novos.
-aceitar que certos momentos não voltarão mais.
- viver o novo.
É sempre importante mantermos viva a criança dentro de nós. Crianças são cheias de esperança, não percebem a maldade de imediato e sabem viver a alegria dos momentos. Elas cultivam um senso de humor tão transparente, tão gostoso. Dizem o que dizem e é isso. Sem mais. Nem menos. Eu as vezes fico pensando se sou imatura pra certas coisas. Mas quer saber? Não quero nunca ser completamente adulto. E de fato, nunca serei. Não quero perder o senso de humor leve que ainda tenho sobre muitas coisas, não quero ficar triturando pensamentos ruins sobre algo ou alguém, eu não quero. Espero ser uma profissional bem sucedida, mas acima de tudo espero ser uma pessoa bem sucedida, que vive a bem a vida sem se preocupar se atingiu certo "nível de maturidade" que nada tem haver com maturidade. Algumas cobranças são apenas pontos de vistas pessoais de pessoas serias que já deixaram a criança interior morrer e acha que todos tem que ser certo tipo de "adulto". É isso. Tenho uma criança interior que corre pra lá e para cá e quero que deixá-la viver, sempre! E acreditar que tudo o que eu desejar e for de boa fé, é possível.
Eu não distribuo sorrisos de graça, não sou adepta da filosofia "sorria e acene" e hoje não estou nada bem."