Coleção pessoal de Prado008

Encontrados 15 pensamentos na coleção de Prado008

⁠A ti, todas as fotos, eu grito ódio contra sua incompetência.
Pois os momentos que mudaram minha vida
parecem banais em suas telas frias.

Surdas, mudas, cegas e alheias ao que realmente importa,
incapazes de guardar o amor que tenho,
indiferentes ao meu medo e minhas angústias.

E, mesmo assim, vocês se encontram soberbas, emolduradas nas paredes,
enquanto nós nos enganamos sobre suas capacidades de realmente guardarem algo.

Além de uma imagem estática, fria e vazia,
sem significado algum, exceto
o de ancorar nossas ilusões.

⁠Três milhões de pessoas;
No pequeno lugarzinho que eu vivo.

Quarenta mil melhores amigos
e vinte e oito mil almas gêmeas
Trezentos mil conhecidos que eu me alegraria só de ver
Setenta e seis mil que seria uma honra odiar.

Incontáveis alegrias, e infinitas angústias.

É uma maravilhosa pena o tão pouco que podemos ter, quando vemos, que tudo que temos; é quem por algum motivo, estava ali.
Nessas horas fica difícil de admitir, muito perfeito para ser sorte.

⁠Havia muitos espinhos na flor;
e muito álcool no vinho.

Havia muitos ossos na sopa;
e muito sangue nas espadas.

Haviam muitos caminhos na trilha;
e muitas marcas no mapa.

Haviam muitos rostos na estrada;
e todos eles não tinham nada.

⁠O quarto onde eu guardava minhas tralhas não tem mais nada meu;
e a cama onde eu dormia, nem mesmo está mais lá.

Livros, estantes e tudo que eu gostava de comer eu levei para fora;
você só sabe o que é seu quando você vai embora.

Na casa de meu avô eu me tornei um visitante;
mesmo assim no meio dia nunca tem comida para mim, como se eu não fosse tão importante.

E por respeito eles toleram quem mais tem ódio;
da família de idiotas que eu tanto amo, só mais um episódio.

⁠Tradução de Antigonish de William Hughes Mearns.

Ontem quando subia a escada;
conheci um homem, que lá não estava.
Hoje de novo, ele lá não permanecia,
eu quero e como eu quero, que ele seja só uma fantasia.

Quando voltei para casa de uma noite bem ruim
lá havia um homem esperando por mim.
Mas, quando eu olhei para o corredor;
eu não pude ver nenhum senhor.

Ontem quando eu subia a escada;
havia um homem que lá não estava.
Hoje de novo, ele lá não permanecia,
eu quero e como queria, que ele fosse só uma fantasia.

⁠Na janela do banheiro eu via um horrível lugar;
Uma casa tão vazia, uma cadeira e uma mulher, tudo que havia lá.

Enquanto eu banhava ela me chamava querendo me ajudar;
No dia que eles fecharam a janela, ela ainda estava lá.

Eu agora só não consigo mais a escutar.

Os Skatistas - Parte II
Andar de skate é bom, você quebra um braço ou o nariz e torna a andar para se quebrar mais ainda.

Mas se você não fizer isso, o que é que você vai dizer pros seus filhos, pros seus netos? Que viu a vida passar em Branco?

Sabe, vai dizer que andou de skate, que se estrupiou bastante e foi parar no hospital.Essas coisas, que a gente só faz no verão.

Yeah, yeah!

Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.

Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.

Noite fria

O frio tomou conta da noite
e o açoite de inverno
se instalou
e se fez presente
nas horas de melancolia
de uma outra estação.

O sol de verão
agora é chuva.
A lua e seu encanto,
só um punhado de escuridão.

O sombrio,
apesar de corrosivo,
acolheu e se espalhou
mas não amou
a solidão.

A tristeza apareceu,
o dia morreu,
o verso acabou...

⁠Adaptação de "⁠Em Janeiro" por Ted Kooser.

Somente um painel no apartamento congelado
durante a noite está acesa, ou assim me parece:

Esta cafeteria vietnamita, tem sua luz oleosa,
seus odores formam coloridas flores.

Risos e conversas, o tique dos Hashis.
Além do vido, a cidade glacial range
como uma antiga ponte de madeira.

Um grande vento sopra sob todos nós.
Quanto maior a janela, mais ela treme.

⁠Ontem te vi do outro lado da rua.
Nesse momento, a parede uma geleira
deslocou de sua imensidão branca e caiu do mar azul
sem fazer nenhum som.

Um carvalho gigante caiu nos verdes campos,
com suas poucas folhas vivas.
Fazendo uma velha mulher que dava comida a suas galinhas
olhar de leve para cima.

Do outro lado do universo, uma estrela
de massa equivalente a três milhões de sois explodiu
e desapareceu. Deixando um ponto verde nos olhos do astrônomo
e um vazio no meu coração.

⁠ Aos seus pés ofertei os ventos dourados que me vinham,
como um filho à mãe, dei a ti palavras de submissão.
Em troca de carinho e grassas, você desviou as penas de minhas assas.

Por isso vivi em humilhação, como pardal que cai no chão,
vi de meus amigos suas assas resplandecentes e me senti indigente.

Escutei os relatos de meu irmão e vi que ele tem razão,
então rasguei de suas costas meu voar.
Como espelho quebrado, quando você chorou não veio me agradar.

Na minha janela eu abro um portal,
Cansei de andar como cão, se sou pardal.

⁠Hoje me sentei no umbral da janela, vi claro, mesmo distante a casa da vovó em sua mocidade.

Como o ferro da ribeira, que quando enferruja não é mais agradável ao toque.

Assim, é a parte alvejada pelo Sol do carpete de veludo, que perde o seu tom forte.

Se hoje meus pés pisam nas pedras lisas do riacho, é por que eram britas que arranhavam os pés da vovó em baixo.

Na escola queixo para cima, peito estufado, digo com orgulho; Meu nome é Prado.

⁠Me deito mórbida na cama, o áspero veludo dos cobertores, me lembram podres flores.

Com grandeza incompreensível de uma montanha que bloqueia a vista das estrelas.

Sobre a ombreira de minha janela tu impede que a luz da lua chegue em meus inchados olhos.

Como a brisa úmida de maio você invade meu quarto e tira de meus moveis de cedro-rosa espessas camadas de poeira.

Suas Histórias egoístas, aventuras por mim nunca vistas, ecoam pela casa; desmoronando os capiteis gregos de minha família.

Queria ser lobo entre cães como você, para ajuntar matilha e pelas ruas correr. Mas, sou como vinha em jardim e por preguiça serei até o fim.

Como tirano branco tua vontade é maior que a minha. Hoje arremesso ás profundezas as chaves da minha gaiola. Aceitando toda aventura vir só de tuas histórias.

Mas, tu se arremessaste ao abismo e me devolvera o que neguei. Tinha em esquecido que quando te disse que esteva no fundo do despenhadeiro, tu me disse também.
~~Lj