Coleção pessoal de poetisa_aurea_de_luz
Às vezes, a necessidade de ser excelente no que se faz, acaba deixando de lado a importância da ética e, cujo resultado, é o conjunto vazio.
Aos desalmados,o dinheiro sustenta o orgulho, mas para a solidariedade a gratuidade está acima da moeda.
Leve luz àqueles que encontram-se no escuro. De nada adianta você conhecer o caminho e caminhar nele sozinho.
O paraíso deve ser, às margens Dos rios... Na Fauna e na flora, Sob uma linda estrela dourada o Sol... Aonde se deve levar um Livro, uma história encantada, Que possa fazer o vento bailar Em caracol...
Deita-te, sol por detrás do horizonte,
Enquanto meu pensamento é um mar,
Estonteante de amar...
Deixe-me, sol, e a esse crepúsculo entrega-te,
Enquanto meu coração é lamparina
Às noites tenebrosas.
Pele fina e lindeza não constroem uma cidade; mas conhecimento e iniciativa tornam uma comunidade mais rica.
Antes de dar a sentença, o juiz ouve os dois lados da história. Numa democracia, o processo ao voto deve ser semelhante.
Dizem que os irmãos são como os dedos das mãos. Sendo assim, é necessário que saibamos: quando uma mão trabalha, todos os dedos trabalham juntos.
Papo Cabeça
Aqui nós tem fé quebrada
Pescoço fino e pá virada...
Aqui nós é irmão
Nóis é do morrão
Perna de ema
Pra sair de sena.
Nós canta pra nun chorar
E come pra se salvar
Aqui nós é tudo qualé
Não da trela pra mané.
Tem vez,
Na hora do tirotei,
nóis deixa o bonde
Passar
Se for na viela
Nois no chao vai se deitar.
Se for na janela
Nóis tá tudo perdido
É torcer que da bala
Nois só ouça o zunido.
Aqui nós tem vida
E quase nada,
Aqui nois tem vida,
Meu camarada.
SOLIDEZ
Ah! Quantas vezes flori com mera ilusão...
Distorci palavras de peso do meu coração.
Ah! Quantas vezes fui vidraça apedrejada...
De tão temperada, por nenhuma pedra fui quebrada.
Ah! Quantas vezes senti vontade de ter por inteiro;
De chegar em primeiro quando fui a derradeira...
Ah! Quantas vezes eu sorri contradizendo o choro,
E vi que o sorriso é luz, e que a vida é ouro...
Ah! Quantas vezes, de inspiração, eu me inebriei
Ao jogar o olhar ao céu de esperanças
Quando a vida na tutela se fazia de lembranças...
Ah! Quantas vezes, eu fui a mesma, uma só,
Quando precisei ser vinte
Para desatar um nó... Quantas vezes...
Abri a janela da minha alma para te mostrar a menina dos meus olhos... E foi nos olhos teus, que vi o oceano dos sonhos meus...
Rutilante Anoitecer
Foi-se o sol
E um lençol
De saudade
Invade-me
Agora...
E o sino badala
Na calada
Das seis...
Ave Maria...
E um pássaro
Sobrevoa
O céu
E eu
Da matriz
Vejo o sol
Se esvaindo
Como alguém
De mim, se
despedindo.
E antes que se ouça
Se vê
A homilia divina
No prisma
Do anoitecer...