Coleção pessoal de poetaronaldo
O amor
O amor não se compra com ouro.
O amor não se compra com prata.
O amor não se mata com chumbo e nem com a ponta da faca.
O amor não se conquista com um sorriso e nem se comove com as lágrimas.
O amor é forte, segue a mente e a razão.
O amor só prende a gente,
Pela raiz do coração.
Entre nós
Entre os teus cabelos,
Meu suor.
Entre a tua paz,
Meu descanso.
Entre os teus olhos,
Meu mundo.
Entre a tua alma,
Meu encanto.
Entre a tua dor,
Meu lamento.
Entre a tua voz,
Meu canto.
Entre os teus braços,
Meu corpo.
Entre o teu coração,
Minha alma.
Entre a tua vaidade,
Meu elogio.
Entre o teu caráter,
Minha admiração.
Entre teu sorriso,
Minha dor.
Entre a sua verdade,
Meu amor.
Os cachos
Com o cacho da uva,
É feito o vinho.
Com o cacho do cabelo da morena,
É feito o carinho.
Com um cacho fico bêbado e com o outro no meio do caminho
Campo
Em um campo,
Encontrei o meu amor.
Nesse campo,
Plantei uma flor.
No campo, construíram uma estrada.
Meu amor foi se perdendo,
E a flor assassinada.
Menina
Menina dos olhos de pantera
Quando te vejo:
O meu corpo se arrepia
E a minha alma se altera.
Menina dos lábios de hortelã
Quando te beijo
Só vivo esse momento
E me esqueço do amanhã.
Menina quando não te vejo
O mundo se torna uma confusão
O dia fica escuro
E a noite um clarão
Iluminado pelas luzes
Pelas luzes da solidão.
Confissão
Padre, eu vim me confessar.
Pois não, meu filho, pode falar.
Padre, eu furtei, eu matei, eu chorei, eu amei, eu nem sei o que fazer, para Deus me perdoar.
Pois não meu filho continue a se confessar.
Eu adulterei, enganei a muitos e a mim mesmo, dizendo que ia com isso tudo, parar.
Trafiquei, era um dia santo e eu assassinei com três tiros o amor.
Reclamei do frio, reclamei do calor.
Pequei em pensamento.
Não orava e nem rezava, alegando que isso era perder tempo.
Pequei sendo viciado.
Pequei por achar, que algumas pessoas não tinham valor.
Por amaldiçoar, o vendaval.
Pequei pela sede de querer vencer.
Por não querer nascer, e não querer morrer.
Por poucas vezes, ter visto sol e a lua nascer.
Por ter guardado, ódio e rancor no coração.
Por estar acompanhado, por muita gente, e ter sentido solidão.
Pequei, no falar.
Pequei, no olhar.
Pequei, no sonhar.
Padre, a minha confissão toda, aqui está.
O senhor vai me condenar?
Se Deus, a todos perdoa quem sou eu para condenar? Vá, e pense, antes de pecar.
Paixão
Minha linda! Amo-te.
Mas me responda, da onde que veio essa beleza, que me deixa estonteado de paixão?
Vem das idéias de Deus, vem da solidão de Adão, vem da sua paixão. Que foi colocada na sua mente,por você mesmo.
Vem do seu psicológico jeito de me olhar, e em mim, pensar. Minha linda, a nossa paixão, é o amanhecer, o entardecer e o anoitecer do dia.
É o alívio dos pensamentos, descansando, quando o corpo adormece.
Eu estava em um sono profundo, e tive um sonho. E neste sonho, você me dizia:
Amo-te, como a força do vento, como o calor e o brilho do sol. Como a união das cores, ao se formar um arco-íris.
Como a certeza, de que o bem vence o mal.
Como uma alegria adormecida, vindo a se revelar, de uma maneira radiante, provocando invejas. Como a chuva caindo.
Como o triste, sorrindo.
Como a beleza, a desfilar.
Como a água do mar.
Minha linda!
Será que um dia, a nossa paixão vai acabar?
Vai.
Quando a nossa alma, o seu papel cumprir.
Quando o nosso coração, partir.
Quando o amor, para nós, não quiser mais sorrir.
Quando um, primeiro que o outro, partir.
Minha linda!
Antes disso, iremos ajudar, a aumentar a nação.
Iremos clarear a escuridão.
Iremos ser felizes, do tamanho da fome de um leão.
Iremos abraçar o vento, como se abraça um filho.
Iremos se entregar a uma felicidade, que não se compra com ouro e nem prata.
Felicidade esta, que já pertenceu a todas as pessoas.
E que não permite, que a solidão dance, no salão do nosso coração.
Você é minha paixão.
Os Longos Cabelos de Laura
Laura era uma menina linda! Mas o que mais chamava a atenção era os seus longos cabelos. Por onde passassem, todos paravam para olhar.
O motivo de seus longos cabelos foi por que quando ela era pequena Sua mãe fazia questão, de que ela tivesse cabelos longos.
E assim ela se acostumou e passou a gostar.
Cuidava de seus cabelos como estivesse, cuidando de uma criança, com o maior carinho.
Todos elogiavam seus cabelos. Alguns queriam, até comprar.
A mãe de Laura fazia tranças no cabelo, de Laura.
Mas certo dia, Laura arrumou um namorado, e o namorado de Laura para saber se ela o amava mesmo, ele decidiu testá-la.
E falou, para ela: Laura se você me ama mesmo corte os seus cabelos, mas corte bem curto, e assim terei certeza de que você me ama.
E Laura por amar demais aquele rapaz ela aceitou.
E quando Laura foi cortar os cabelos, foi com muita tristeza.
Na hora que a cabeleireira cortou seus cabelos, Laura quase chorou.
E seu namorado teve a prova de que Laura o amava.
Os dois noivaram e queriam se casar.
Foi quando Laura descobriu que ele tinha lhe traído.
O noivado terminou e Laura chorou porque tinha perdido duas coisas que tanto gostava: O seu noivo e seus longos cabelos. Laura deixou seus cabelos crescerem novamente. Arrumou outro namorado, e foi morar com ele.
Não casou! Porque casou com seus longos cabelos.
A mangueira
Era uma vez uma mangueira.
Essa mangueira era muito boa.
Pois em toda época de manga, ela se enchia de mangas de qualidade.
Esse pé de manga dava muita sombra. Porque era muito grande. A mangueira era muito famosa,
Pois estava localizada, em um lugar onde passavam muitas pessoas.
As crianças voltando da escola paravam para apanhar mangas. Os casais de namorados, falavam: Eu te amo, embaixo dessa mangueira.
Essa mangueira incentivou muitos namoros. Realizando alguns casamentos.
Descansou muitos corpos cansados,
Que embaixo da mangueira, deitavam.
Ficou sabendo de muitas conversas,
De muitos segredos.
Ela era um confessionário,
Era uma aliada,
Um ombro amigo.
Tinha trinta e poucos anos de idade, era experiente, Mas nunca solitária,
Pois era rodeada de pessoas, todos os dias.
Inspirava poetas e pensadores.
Que ali, debaixo de sua sombra, escreviam os seus pensamentos. Abrigavam os passarinhos, que ali faziam os seus ninhos e cantavam as suas melodias.
Ela era útil, quando era tempo de manga e também quando não era. Porque além das mangas, ela dava sombra.
E a mangueira ficava no meio de uma rua.
E decidiram asfaltar essa rua.
Para asfaltar essa rua, era necessário cortar a mangueira.
Cortaram a mangueira.
Mas não cortaram simplesmente uma mangueira! Mataram uma história.