Reza
Falei pra um amigo que andava sentindo a presença da morte. Perguntei como faço pra sentir a presença de Deus. Aí ele respondeu: “Medita. Reza. Com entrega. E olha nos olhos do teu cachorrinho. Deus tá lá também” achei isso muito bonito. Me senti reconfortado poeticamente.
Esqueci de fazer sentido, de cativar e rodar as esperanças que sobravam.
Estive a pensar e logo amarrei as possibilidades... Tão logo.
Acomodei minhas guerras do outro lado da sala. Observei tanto tempo perdido...
Não entendo os prazeres absurdos... Sinto-os, apenas.
Não sei das minha raízes...Porém imagino que não sejam tão belas quanto minhas flores.
Nada real, cheira. Sente que é fantasia, sente.
E eu tento procurar alguma anarquia debaixo do seu vestido...
Não é devaneio. Eu senti antes de escrever; eu morri, eu lambi, eu atirei... não fale que é devaneio o que poetizei.
Estou cometendo vários pecados com a palavra, devo admitir. Estou pecando deliciosamente, como sempre quis.
Desaprendi a estar junto, sou bicho-sozinho... quase sem fome de gente.
Nem queria saber de conteúdo, era amante de folhear.
Não se explique para mim... talvez eu não goste.
: Às vezes descruzar as pernas é um ato mais nobre do que cruzá-las.
Deixa o sol pra lá, não vamos amanhecer ainda... fica. Fica... que o que aqui me aquece é coisa divina
Um dia chegamos para a vida e perguntamos: e daí? Então, ela te olha e tira a roupa... estranho.
Tem que haver, depois é detalhe...
Leio por entre teus seios os mares de não navegar.
Devemos varandar em vidas por aí...
Perguntam sempre o que quero da vida. Calo-me... poucos entenderiam o grito: Poesia.