Coleção pessoal de Poeira
Às vezes me sinto como um trem com dezenas de vagões vazio, caminhando sempre em linha reta sem destino algum, ou como uma folha em branco que não dá para escrever, ou como um copo vazio sem fundo.
Mas se eu for parar pra pensar, sou apenas uma massa formada por átomos neste universo criado sem propósito, sem destino. Apenas por acaso.
Fico procurando a razão da minha existência nos sentimentos. Mas quando vc apela para os sentimentos, vc tem que dar algo em troca... Como por exemplo, o amor... Pra você amar, tem que estar sujeito a sofrer. E sofrer faz parte de outro sentimento... A tristeza.
Não, talvez eu não queira isso pra mim... Acho melhor não ser dependente disso parar viver. Acho que o único jeito mesmo é me conformar. Afinal, a vida é assim... Você nasce, cresce, se reproduz e no fim morre e, com um tempo, ninguém mais saberá que vc viveu aqui na Terra, e toda a sua realidade junto com todas as coisas que existiam somente na sua mente, morrerá junto com você.
Qual o propósito da vida? Não sei... Talvez não tenha propósito algum, ou talvez a gente crie a nossa própria razão para viver. Não sei vocês, mas eu ainda não achei a razão da minha.
A cada milésimo que se passa, o tempo é assassinado, Transformando o que antes era presente, em passado.
O passado não existe, Você não pode altera-lo, ficar congelado no tempo é como se fosse um rascunho que não dá para mudar.
Vivemos somente o presente, porque o presente é o futuro do passado e o passado do futuro...
Ou seja, o presente é o futuro e o passado.
Então não fique sofrendo pelo o que passou, ou relaxando no fundo de uma rede esperando que ele seja cheio de riquezas. Apenas viva o presente, e faça suas ações nele para que sejas recompensado com o tempo.
Sofrer por uma coisa inativa (morta pelo tempo) não vai te levar a lugar algum.
Muitos se prendem na droga do passado e quando se dão conta, estão velhinhos e cançados e não há escolha a não ser se entregar ao tempo e deixar que o transforme em passado e finalmente você se tornará um rascunho inalterado, esquecido pelo tempo.