Coleção pessoal de Pensadoruolonline
Um dia alguém vai te conhecer e vai te achar incrível como você é. E esse alguém vai gostar da maneira que os seus cabelos caem sob seus ombros, dos seus sorrisos para cada situação. Esse alguém vai aceitar que você tem variações de humor que nem você mesmo entende. Esse alguém vai adorar te ver dormir e acordar, mesmo que você esteja com o cabelo completamente armado e você odeie que ele te veja assim (risos). Um dia você vai conhecer alguém que te chame para dançar aquela sua música predileta e vocês vão dar risada quando um de vocês errarem o passo e pisar no pé do outro. Um dia alguém vai chegar e simplesmente vai te fazer acreditar no que já parecia impossível e clichê. E quando esse dia chegar, eu espero que você não esteja ocupada demais com os amores do passado.
Futuro amor, me desculpe pelas ausências em seus dias difíceis, por todas as vezes em que você procurou um refúgio e eu não estava aí com você. Me perdoe por não ainda não ter te mandado uma mensagem querendo saber do seu dia ou até mesmo por ainda não termos discutido qual vinho tomaríamos no fim da noite. Desculpa também por ter deixado você se magoar de novo com o seu último relacionamento. - perdão, eu farei com que não aconteça de novo. Por favor, não fique com medo de amar, porque uma das coisas que eu mais admiro em você é essa capacidade absurda de sempre acreditar e amar de novo. Aguenta mais uns dias, futuro amor, - talvez semanas ou meses, - que eu estou chegando. Me queira bem, porque eu também já te cuido daqui e te quero.
Estava calejado, desacreditado. Durante um período acreditei que o tempo não curaria nada. Estava decidido que eu não ia mais confiar em filha-da-puta nenhuma, porque no final, você ia acabar sendo deixado de lado - e mais, com requintes de crueldade. E com isso eu descobri que, além de estar me auto-protegendo com medo de me machucar, eu também estava ferindo ao outro. Mas eu tinha meu equilíbrio emocional e não queria perdê-lo. E convenhamos que, ao abrir espaço para alguém entrar em sua vida é, - com certeza, o ponta-pé inicial para - querendo ou não, a sua perda de equilíbrio emocional. Mas a vida, amigo, a vida não está nem aí para o que a gente planeja ou quer. E aqui estou eu, de coração aberto e disposto a perder meu equilíbrio emocional com discussões bobas, com aquele ciúme saudável e com as mensagens inesperadas.
Estava calejado, desacreditado. Durante um período acreditei que o tempo não curaria nada. Estava decidido que eu não ia mais confiar em filha-da-puta nenhuma, porque no final, você ia acabar sendo deixado de lado - e mais, com requintes de crueldade. E com isso eu descobri que, além de estar me auto-protegendo com medo de me machucar, eu também estava ferindo ao outro. Mas eu tinha meu equilíbrio emocional e não queria perdê-lo. E convenhamos que, ao abrir espaço para alguém entrar em sua vida é, - com certeza, o ponta-pé inicial para - querendo ou não, a sua perda de equilíbrio emocional. Mas a vida, amigo, a vida não está nem aí para o que a gente planeja ou quer. E aqui estou eu, de coração aberto e disposto a perder meu equilíbrio emocional com discussões bobas, com aquele ciúme saudável e com as mensagens inesperadas.
Porque vai chegar um dia em que você vai se sentir pequena. Vai se sentir dura por dentro. Vai se sentir como uma criança perdida da mãe em um supermercado. Vai se sentir desesperada, vazia, aguda; a única coisa que vai lhe fazer sentido é desaparecer, sumir como as cinzas somem ao serem jogadas ao vento. Esses dias serão inevitáveis e nunca estamos e nem estaremos preparados para eles. Com certeza você já passou por dias assim. Já achou que não fosse sobreviver, que não fosse superar... mas sobreviveu, e sobretudo, superou. E são dias assim que vão te refazer, que vão te tornar mais forte. Nesta noite, independente do que esteja causando sua dor, respire e diga consigo mesma: "eu vou superar essa dor".
- Eu sinto falta dele.
- Por que que você não o procura?
Ela, lentamente, respondeu: - É que algumas dores e algumas saudades a gente simplesmente guarda. Ninguém precisa saber.
Olha, quando quiser aparecer, não hesite. Eu estou por aqui. Aliás, eu sempre estarei para você. Aparece qualquer dia para tomar um vinho e ouvir umas músicas. Venha me contar sobre seu dia, sobre aquele amor que tinha tudo para dar certo, mas não vingou. Eu vou te ouvir. Vou apenas buscar te entender. Eu vou estar aqui. Aparece qualquer dia.
Mas, às vezes, a melhor coisa a se fazer é aquietar-se em seu canto e acalmar a alma em busca de paz interna. Por mais que as tempestades sejam constantes, que os dias nublados insistem em aparecer, ela sabe, um dia tudo se ajeita. E quando esse dia chegar, ela vai dizer: "ele tinha razão, passou...".
trecho do livro "Doce Desconhecida", de Alexandre Guimarães
- Você já se sentiu como se não coubesse no mundo?
- Inúmeras vezes. - ressaltou.
- Tenho a sensação de estar sendo engolido dia após dia. Só consigo sentir vontade de ficar estagnado e ser de fato engolido. - disse ele.
- Esquece um pouco do que dói por dentro. Não se afogue.
... nota-se um silêncio e uma troca de olhares...
Ela se levanta, senta-se perto dele e o coloca no colo. Naquele momento ele sentiu como se a vida valesse a pena.
E de repente me ocorreu que eu não sou perfeito e que sim, eu vou errar muito ao decorrer da vida, e é isso que vai fazer de mim cada vez mais humano. Sou uma metamorfose e estou em uma eterna construção do meu Eu.
Eu te amei. Amei mais que a mim. O que não deveria acontecer, é claro. Mas eu te amei desesperadamente. Pena que cujo sentimento não foi suficiente para te manter perto. Mas eu te amei. Apesar dos meus tropeços, das ausências... eu te amei. Te amei do meu modo (se é que existe um). Eu te amei quando você desistiu de mim porque não me fiz presente. Eu sei, fugi de você inúmeras vezes, mas eu só tentava te proteger disso tudo. Já pensei em te ligar em uma madrugada de segunda-feira e te dizer um bocado de coisas, mas eu sabia que você iria odiar ser acordada. Eu não sei se um dia vamos nos reencontrar pelas esquinas da vida... Mas eu queria que você soubesse que, de uma maneira talvez não-tão-bonita, mas única, eu te amei.
Você só precisa ter coragem de mudar o corte de cabelo, de experimentar novas roupas, de mudar a cor do batom. Pinte suas unhas de uma cor diferente dessa vez. Dance de frente ao espelho e enxergue o quão sexy você é. Experimenta um sapato diferente. Conheça uma nova banda. Permita-se ao novo e ao desconhecido.
Eu nunca disse que não sinto tua falta. Muito pelo contrário; às vezes a tua falta chega a me doer. Mas eu não vou te procurar. Não vou te dar mais o prazer momentâneo de massagear o teu ego ou de suprir tuas carências-não-preenchidas.
Porque quem se faz ausente às vezes deixa de ser. Deixa de ser saudade. Deixa de ser paixão. Deixa de ser desejo. Deixa de ser a primeira mensagem do dia. Deixa de ser o pensamento da madrugada. Quem se faz ausente vai deixando de ser, até chegar um dia em que não será mais nada além de uma lembrança discreta e estacionada em um lugar quase inacessível.
Dormi pouco de ontem para hoje. Consegui pegar no sono por volta das 09h da manhã e acordei às 15h, assustado. Passei a noite me perguntando em que momento deixei de ser o que eu era ou o que eu julgava ser. À beira dos 23, não me pego tendo sonhos e nem planos como a grande maioria. Nada acontece. Nenhuma faísca de esperança se acende diante dos meus olhos que ainda latejam de uma noite insone. Tomei três taças de vinho e uma dose de conhaque e continuei a escrever algumas coisas enquanto escutava uma coletânea de poemas do Vinícius de Moraes recitados por ele mesmo. Me entreguei completamente ao momento. Não sentia meu corpo, meus lábios. Nada. Dei início a uma série de indagações ao meu Eu e me perguntava: 'em que momento deixei perder-se a vontade de visitar Portugal? E aquele sonho de me formar, casar, ter filhos?'. Mais uma vez senti como se metade de mim tivesse partido junto com todos esses sonhos melancólicos e tão previsíveis. Às vezes surge uma vontade desconhecida de visitar um parque, um amigo ou de conhecer alguém, mas de alguma maneira, sinto-me completamente inútil para isso. Nada surge. Nenhuma estrela no céu cinzento, nenhuma brisa de outono. Nada. E é isso que tem me deixado assim. Essa falta de acontecimento junto à minha comodidade.
Porque vai chegar um dia que ela vai revirar de um lado para o outro na cama para tentar fugir dessa ideia que é estar supostamente entregue a alguém. Mas ela sabe, vai ser difícil dormir desse jeito. Vai colocar uma música, mas em seguida ela vai descobrir que às vezes nem mesmo as músicas nos tiram do precipício em que os nossos corações nos colocam. Então ela vai tentar ver um filme, mas por obra do acaso, do destino ou seja lá do que queiram chamar, vai ter um trecho que vai fazer ela se lembrar dessa ideia que é estar entregue. Ela vai dar um sorriso meio sarcástico e de canto, tentando não acreditar em tudo que é capaz de acontecer em uma noite quando estamos supostamente apaixonados por alguém.
O teu coração é ridículo, e ele vai te mostrar isso toda vez que bater forte por alguém. Vai te fazer se sentir mesquinho, vulnerável e te deixar em um beco sem saída. Você vai tentar dormir para fugir dessa ideia maluca que é se entregar, mas você sabe, o máximo que pode acontecer é você revirar de um lado para o outro na cama, sentindo como se faltasse algo. O teu coração é ridículo, mas ainda assim ele continua ali, firme, forte, acreditando nas hipóteses mais improváveis de um amor que um dia ele acreditou ser eterno.
E depois de mais uma noite na sarjeta, pensei: têm pessoas que passam em nossas vidas feito um tsunami; elas nos levam tudo que um dia consideramos pateticamente bonito.
Preciso de alguém, e é perceptível a necessidade quase que urgente deste alguém. Não é desespero, tampouco algum tipo de carência-não-preenchida. Mas eu preciso de alguém. De alguém para me ouvir. Peço perdão por ser tão piegas, mas o meu coração resolveu me dizer algumas coisas hoje e eu, que quase não o escuto, resolvi dar uma certa atenção. Preciso de alguém que, diante de toda essa superficialidade e banalidade, me mostre mais do que qualquer outro queira enxergar. Preciso de alguém que, assim como eu, tenha sonhos, medos e cicatrizes, porque ninguém vem sem passado. Preciso de alguém para dividir as minhas taças de vinhos enquanto toca um blues do Sam McClain ou enquanto passa um filme clichê do Nicholas Sparks. Mas eu preciso de alguém, nem que seja para me dar broncas pela toalha que deixei na cama ou pela água que não puxei pós-banho. Mas tem que ter alguém que suporte minhas urgências, minhas crises loucas, que entenda minha dedicação ao trabalho de criar. Sei lá, tudo isso me soa ridiculamente clichê, mas espero que ainda exista alguém com planos tão clichês como eu.
Do teu,
Alexandre.
São Paulo, Maio de 2017.
E diante desse céu cinza, de um dia que foi completamente nublado, não consigo pensar nada além de como fugir de todo esse caos que nasceu em mim feito um parasita. Sinto que passou um furacão dentro de mim e fez uma bagunça irreparável. Psicólogos diriam que teria como tratar em alguns dias, os que acreditam em uma força maior me recomendariam um Deus. Os astrólogos diriam que é uma fase. Mas, na real, quando a gente se sente assim, a única coisa que queremos fazer é fugir, mesmo sabendo que não temos um lugar para ir. E é isso que acaba com a gente. É isso que frusta, que rasga, que penetra nossa alma. Mas de repente me ocorreu que precisamos mesmo sentir essa dor, porque uma hora ou outra precisamos calçar os sapatos e enfrentar o mundo - e a dor.