Coleção pessoal de PAULODELRIBEIRO
“A saudade é um frasco de perfume vazio que ainda exala o seu cheiro, o qual só pode ser sentido pelo pensamento e pela alma.”
Como dizia o meu velho pai: “As coisas tem que mudar.” Na vida, quase sempre os caminhos são tortuosos, cheio de altos e baixos, onde deparamos sempre com o ciúme, com a inveja e tantos outros sentimentos negativos. Se persistimos mantendo sempre a nossa fé, a nossa crença, conseguimos então pisar o tapete comprido que vida nos estende rumo à realização dos nossos sonhos. Mas se alguém vem e os puxa, temos que ser de circo, aprender a dar piruetas para podermos cair em pé e mesmo bambo se aprumar novamente para enfim prosseguir e recomeçar... Só assim as coisas podem mudar. E se as coisas têm que mudar, então que seja pra melhor.
“Afastar-me de você é como chutar a lua do céu fazendo-a rolar universo a fora, pois não acredito que os deuses do amor não tenha me dado nada melhor e tão doce, o qual eu não pudesse merecer e amar tanto”.
RECADOS DA PRIMAVERA
Tantas estrelas no céu
No dia em que eu parti...
Era meados de abril
Fugi, voei pra longe dali.
Era meados de abril
Fugi, voei pra longe dali.
Recados da primavera
Guardei no meu coração:
Regar as flores do mundo
No inverno, no outono e verão
.
Pela estrada eu fui caminheiro.
No caminho fui só solidão
Sabendo que um bom caminheiro
Dá os passos com mais emoção
Sabendo dos rastros que deixa
Nas trilhas que vem e que vão
Sabendo dos rastros que marcam
Seu chão de amor e paixão
Andei por tantos lugares
Por mares, montanhas e sertão
Desvendando os mistérios da vida
E dela arrancando a lição
Andando por toda esta terra
Levando a minha canção
E sou um soldado sem guerra
Não levo arma da mão
Mais atiro com a minha alma
Palavras com muita emoção
São tantas palavras que atiro
Pois tenho muita munição
Regando as flores do mundo
No inverno, outono e verão
No inverno outono e verão
São tantas palavras que atiro
Que acertam o seu coração.
RECADOS DA PRIMAVERA
Tantas estrelas no céu
No dia em que eu parti...
Era meados de abril
Fugi, voei pra longe dali.
Recados da primavera
Guardei no meu coração:
Regar as flores do mundo
No inverno, no outono e verão.
Pela estrada eu fui caminheiro
No caminho fui só solidão
Procurando atalhos sem fim
Pelas veredas da inspiração.
Andei por tantos lugares
Por mares, montanhas e sertão
Desvendando os mistérios da vida
E dela arrancando a lição.
Hoje eu saco primeiro da arma
E acerto o seu coração...
São tantas palavras que atiro,
Pois tenho muita munição.
Setembro chegou alegre anunciando nele o inicio da primavera. Seja bem vindo setembro! Que venha então com suas flores, que traga consigo os bons ventos da bonança. Que esse vento cálido me toque leve o rosto, me toque a alma, e me traga a força necessária para agarrar aquilo que quero aquilo que necessito aquilo que amo. Bate em meu coração a esperança e vasa pelos meus olhos junto com as cores de flores, a emoção de estar vivo... e rola pela minha face fresca a felicidade de poder seguir, de poder continuar...
Não existe volta. Acredito que o outono seja uma primavera diferente, onde as folhas que caem se tornam flores. Assim sei como tocar em frente. É só seguir as folhas de outono e suas cores, pois elas vão desenhando o meu caminho.
“O destino muda você, mas não muda a si próprio conforme o passar do tempo. O destino de cada um já vem traçado e escrito nele as nossas derrotas e vitórias. É uma casa de paredes fortes aonde vamos tentando arquitetar mudanças que nela já vieram arquitetadas, mas que nós podemos sim insistir em consertar aquilo que aquilo se fez errado. O que passou por fim será mesmo um fim e enterrado para que outros acontecimentos nos venham e nos marque de outra forma. As feridas que tanto doíam saram e com o tempo cicatrizam. Outras aventuras já pré-escritas virão porque se fazem necessárias para afastar de nós o que não é verdadeiro. E para que tudo aconteça de forma plena e divina, temos que aprender a não ter pressa. A paciência se torna então uma grande virtude e aliada à espera daquilo que se deseja. É preciso acreditar e saber dominar a ânsia de toda espera, pois aquilo que a cada um de nós pertence será dado no momento oportuno. Precisamos procurar sempre algo que tenha graça e que nos faça rir, uma música que nos faça transcender, alcançar com magnitude o alto e o fundo da alma quando a tristeza por acaso nos surpreender. O bem haverá de ser caminho a percorrer, nos levando e nos ensinando a desvencilharmos das trilhas errôneas que nos leva para o mal. E para que tudo seja perfeito e arranjado há seu tempo, é ainda necessário o apego da fé, pois somente a fé pode forçar as portas do universo e fazê-lo conspirar de forma plena e absoluta, totalmente a nosso favor, trazendo o que de bom o nosso destino nos reserva.”
(Paulo Del Ribeiro)
NO ANIVERSÁRIO DA LUA: - “Dentro de mim a mesma fogueira acesa queima como há tempos num luau sem fim, onde não existe ninguém à sua volta cantando e rindo, senão eu sozinho olhando-a aqui deste prisma. Só ela é cada vez mais bela assim, longe… Cada vez mais visível e mais invasiva na minha alma. Juntam-se letras vagantes, montam-se palavras não ditas, formam-se em poesia que transformo em música… a única forma de dar vazão ao que o coração não deixar vazar… A única forma de virar-me de costas num só repente e continuar, indo, seguindo, até que um dia tudo se apague, fogueira e lua.”
“Quando eu olho pra lua sinto que tenho uma força de gigante pra suportar o que é leve para a minha alma, e leve para a minha alma é o amor que desequilibra a balança, quando ele passa a ser pesado de mais no coração.” (Paulo Del Ribeiro)
O perdão é o único meio de conseguirmos a liberdade, por isso eu passei a pedir perdão a mim mesmo, porque preciso dele para ser livre e para que eu possa amar de novo alguém com a mesma intensidade que eu te amei. Por isso peço perdão a mim mesmo pelo tanto que eu te desejei e te quis ao meu lado. Peço perdão a mim mesmo por te querer com a mesma intensidade e com a mesma velocidade que todo amor sempre requer para satisfazer o desejo que todos nós temos de ser feliz. Peço perdão a mim mesmo por ter sido este avião veloz, pilotado pela paixão e não pela razão, desrespeitando todas as regras que o amor exige, e que ele próprio as condiciona como suas severas leis. Eu peço perdão a mim mesmo e lhe enviaria flores, muitas flores, lhe pedindo perdão pela audácia de querer ter alguém assim como você. Para onde quer que eu vá embora, depois de perdoado por mim mesmo, eu lhe escreveria uma carta mas não lhe enviaria, só para que eu pudesse expressar as palavras que eu nunca lhe disse olhando em seus olhos. Eu peço perdão a mim mesmo, por ter te esperado tanto mesmo sabendo que não vinhas. Por ter te desejado tanto quando não tinha motivo nenhum pra que me desejasses também, já que não havia a reciprocidade do amor. Eu me peço perdão, e peço a Deus acima de tudo, que tudo aquilo eu sempre quis de você você abertamente possa oferecer a alguém que você verdadeiramente ame, mas desde que este alguém a ame também. Perdoo-me e desejo a você os beijos de um verdadeiro amor, como os beijos que eu nunca te dei, mas que senti o gosto dos lábios na boca da alma. Perdoo-me e lhe desejo risos, muitos sorrisos e gargalhadas junto a pessoa amada, junto a alguém que possa lhe fazer feliz como eu sempre quis fazer e não consegui. Eu peço perdão a mim mesmo e desejo que todas as suas noites ao lado de um grande amor, seja de belas palavras entoadas pela voz macia, de carinhos eternos, de cheiro bom, como todas as noites que a tive em meus braços e que em meus pensamentos pareciam tão reais, os quais eu acreditava que um dia iria acontecer. Peço perdão a mim mesmo e desejo a você momentos inesquecíveis, como todos os momentos que não tive ao seu lado, os quais apenas sonhei. Que você viva todos os sentimentos que expressei nos poemas e tantos versos que pra você escrevi, os quais você nunca os leu. Que durma embalada nos braços de um grande amor ouvindo músicas, como as músicas que te fiz, as quais você nunca ouviu. E peço perdão a mim mesmo para que eu possa esquecer os pensamentos em vão, os pensamentos junto a lua, a qual pra mim sempre foi você, distante, sem que eu nunca pudesse toca-la, a não ser com a alma. Eu peço perdão a mim mesmo, para que assim, perdoado, um dia quando em algum momento eu te encontrar por ai, eu esteja em paz comigo mesmo, e possa dizer do fundo da minha alma, baixinho, “eu te amei muito, te desejei tanto, tanto... que bom te ver assim, feliz... Me perdoa também...”.
Quando alguém espera de mim toda insanidade contida no grito que posso dar sem pensar, abaixo o pano para o meu silêncio e encolho-me dentro dele para ouvir outras palavras.
“Quando alguém ama de verdade é capaz de se tonar poeta sem o ser, pois poeta não é só aquele que escreve, mas sim aquele que vê e sente no amor a mais pura poesia.”
"Se encontrar você no meu caminho foi um erro do destino, saiba que a vida poderá consertar isso e cuidar de me afastar de você. Mas, acredite, esta mesma vida não tem nenhum poder de tirar você de dentro de mim."
Pode ser que hoje seja aquele dia que você tanto esperava. Acredite, a vida é bela e vale a pena viver mais escutando o que diz o coração, embora tenhamos que ouvir sempre as vozes, os gritos da alma que nos conduzem à razão.
“Não se irrite tanto, não me abomine tanto, você não ter nada a ver com isto, a culpa é só minha, só eu amo! Sigo tentando “te desamar” a meu modo, sem temer que algum dia você decida vingar-se de mim de forma certeira, me amando também.”