Coleção pessoal de PaulaSSantos
BATERAM EM JOÃO.
E João era um homem bom. Bateram em João, lhe negaram carinho, comida, proteção. João era meu amigo e eu lhe dei abrigo. Ele disse que iria mudar, falou de tudo que estava disposto para que esta mudança acontecesse. João mudou... mas ainda senta com seus agressores. João mudou, mas para os que lhe negam tudo, ele ainda entrega suas flores. João mudou, mas foi só comigo, seu ombro amigo, que hoje ele diz que dentre todos, sou o pior dos seus amores. Ah, João! Que desgosto... Você é tão humano quanto todos os outros.
De poesia em poesia,
lendo cada trecho,
minhas lágrimas corriam.
Deixou de ser belo...
Quem? O amor.
A dor contida nas palavras,
fez do amor melancolia...
Alegria virou lágrimas em brasa.
Quem saberá viver o amor como ele deve ser?
Não ouço uma voz de esperança,
nem na adulta que diz amar,
nem na adolescente que estar a sonhar.
Me angustia tantas belas palavras entregues a dor...
Poeta deveria viver
Para honrar a leveza do amor.
Ela é minha manhã de verão
É quente
É febre constante
É delírio que inebria
É alegria que invade
É a que muda o rumo da tarde
É o corpo humano, com poder supremo
É tudo o que ela quiser ser
É por aquele sorriso que queimo
É a minha manhã de verão
É a que tira meu ar
É a que me faz gargalhar
É a que mexe com tudo em mim
É a dona das minhas emoções
É para ela que escreveram
Todas aquelas canções.
É... eu te amo!
A filosofia do corpo dela, é reflexo da alma que carrega: livre e quente.
É como aqueles versos de Camões, que falam sobre o amor e arder,
sobre o nunca contentar-se de contente.
Ela não se perde em qualquer chama, nem queima em qualquer cama,
porque no fundo, meu bem,
é o abrasar da liberdade que ela ama.
Ela é de leão...
Mimada pela própria natureza.
Reage a tudo com altivez,
com profunda certeza de que
a razão só pode ser da mais bela: Ela!
Ela é de leão...
Me faz bola de lã nas tuas garras,
brinca comigo, mastiga meus sentidos,
me desafia só para derreter de prazer
em me mostrar quem é que manda: Ela!
Ela é de leão e eu de capricórnio!
Sou quem conhece cada gosto,
prevê os pensamentos
e entende cada gesto dela.
Sou o maior prazer que ela pode ter
e sou o seu maior tormento.
Se ela é o fogo soberano,
eu sou a terra que sustenta
e equilibra esse arrebatamento.
Tudo muda,
eu mudo,
remudo,
desmudo
e sigo de
ouvidos
atentos,
olhos abertos,
boca muda,
risos bobos,
frases grossas,
e piadas de desgostos.
Nos olhos,
na boca,
nos beijos,
ainda escorre
veneno.
Nem sempre meu,
mas engulo a seco
sufoco meu peito
e me mato por dentro.
No fundo, o prazer é todo meu!
Às vezes a gente precisa girar um
pouco o pescocinho pro lado, para
enxergar as coisas que estão
lá na frente.
Alguém sempre vai formar XXI e
susurrar Blackjack. Depois de dados
lançados, Xeque-mate alcançado, não
dá mais para proteger rainha. Afinal,
em cama de quem vive de blafes
um Peão é só mais uma peça perdida.
Que o jogo continue e nessa rodada,
eu faço questão de "perder". Dissimular
pra quê?!
Seu tempo não funciona para mim
Tá quebrado, não percebeu?
Sua montanha-russa não me diverte
Nada em você é real
E te vejo como carne quente
Seu tempo não funciona para mim
Você precisa notar, rápido
Minha fome é de folhas frias
Mas te vejo como carne quente
E giro em roda-gigante só pra te confundir
Meu tempo conduz sua fome
Tem fome de mim, ainda??
Não consegue perceber... ainda?
Só como tua carne pra sarar o tédio da roda-gigante
Tu diz e desdiz e eu sorrio
Tu grita, esperneia e chora
E eu só espero sua calcinha encharcar
Pra brincar na sua carne
Sentir você arrepiar e tremer sozinha...
Que ilusão mais imatura a tua.
Seu tempo não é nada para mim...
E o meu tempo é só para me divertir.
Sim, sigo vazia,
enquanto você arde de desejo
Em todo vazio gelado que sou.
O morno dos dias é de fato confortável e aconchegante. Mas sou gente ruim demais para ficar estacionada. Sou revolta, sou crítica, sou caos, sou movimento, cores. Simulo paz, mas eu amo a adrenalina das guerras. Se me aquieto, sinto dores... e é tediante esperar a dor passar, então causo mais dores por onde eu sangrar. É bonitinho a vida em ordem, mas quem já nasceu destruída, leva algo por dentro que é difícil de explicar. E é como dizia minha vovózinha: se morrer, morreu! Bora viver até não restar nada
A madrugada grita meu nome em silêncio. Quem sou eu para não escutá-la? Fecho os olhos para escutar melhor cada vazio que ela diz... respondo sendo recíproca: silêncio.
Quando teu ego te convencer de que fez muito em lavar um copo, olhe para o armário e certifique-se de questionar-se quem lavou todo o resto dos utensílios. Tudo o que você faz é importante, mas nada do que faça é o suficiente para te fazer melhor do que ninguém.
O meu ideal de felicidade está no real, no agora. Está nas coisas simples, no aproveitar cada momento para sentir tudo de positivo que eu puder. SENTIR! Fazer, ouvir, falar. Tocar o inteiro, viver inteira cada momento. Minha saúde não me permite alimentar o negativo e tudo que gera expectativas demais, sonhos demais e projetos demais se tornam negativos, porquê você deixa de viver o agora, para supor um ideal de felicidade que talvez não aconteça.
Ontem, por muito querer, reli nossas conversas...
Hoje, várias vezes, me lembrei de te esquecer.
Amanhã certamente não terei mais tanta pressa...
Em outra vida (quem sabe?) talvez cê consiga me entender.
No futuro, quando eu já for passado e por alguma razão você sentir saudade dos nossos momentos, se sentir saudade do meu colo, do meu calor, de como eu fui tão sua... espero que possa agarrar-se à todas as coisas que no presente são tuas prioridades. Espero que encontre conforto nas estórias que me conta, nas saídas, nos "amigos", nas pessoas que hoje te parecem tão mais interessantes do que eu.
Andei com cobras, rastejei com cobras, fui picada e quase morri. Aprendi a picar e envenenar também. Então toda vez que escuto o sussurar de uma cobra falando meu nome, sendo desleal, não tenho como ficar assustada, não consigo me surpreender com a língua solta de certas espécies. O que me assusta e me surpreende é encontrar pessoas boas de fato nesse mundo doido.
🎼Bebi teu desprezo, engoli meus ciúmes, bebi tua ira, cortei minha língua com uma faca de 2 gumes.
Chorei o teu descaso, lambi minhas ferida, foi apanhando da Gira que encontrei minha saída.
Não venha me falar de piedade e compaixão. Todo esse veneno transformou em gelo meu coração.
Não havia rosas,
Nem álcool,
Nem cigarros...
Na encruzilhada
Era para eu ser alvo,
Mas seu gargalhar
Me fez sentir amparo
Não havia rosas,
Mas senti espinhos.
Não havia álcool,
Mas senti gosto de vinho.
Não havia cigarros,
Mas senti o ar na garganta queimar.
Era só ela e eu sentadas,
Reajustando as pontas,
Sendo francas...
A minha punição
É sentir tudo queimar.
A sua oferenda é me ver
Levantar e dançar.
-Nunca mais volte aqui sem saber seu valor!
Perdir-me e me encontrei ao olhar minha imagem no espelho d'água... água que corre, levou minha juventude física, porém trouxe-me a sabedoria dos antigos e a eterna juventude dos que acreditam que o agora é o suficiente para ser feliz!
Só temos este instante para viver... e dentro deste "agora" cabe todo tempo do mundo para ser, MAS... ser o quê? Quem? Pra quê? Quero ser ar e respirar! Quero ser todos os sentidos para sentir! Mas sou só incertezas na certeza da solitude momentânea e eterna do agora. Quem entendera toda essa intensidade fugaz?! É preciso não entender NADA para saber tudo... como um bebê que sorri tão livre em sua total ignorância... ele não entende nada, mas sabe ser feliz.