Coleção pessoal de paula-costta
Por muito tempo julguei errado as personalidades fortes, elas não são agressivas, não exaltam suas vozes para serem ouvidas acima das outras, não usam todos os seus recursos para 'aparecer', uma personalidade forte requer autocontrole, requer saber amar, requer saber ouvir, coisa que as pessoas que conheci ao longo da vida desconhecem.
A personalidade forte de verdade tem paciência, tem serenidade, tem boa vontade, não usa sua influência para inverdades, depreciação de pessoas e suas respectivas reputações, não alcança seus objetivos espezinhando outras pessoas, passando por cima de alguns valores ou princípios que deveriam ser básicos.
Então, quando eu me deparar com alguém que fala alto, tenta parecer agressivo, pra tudo quer sair numa briga, que precisa de bebida para se sentir forte, desinibido ou qualquer outra desculpa idiota. Que exibe de forma inútil seus bens materiais ou seus atributos físicos, com o único objetivo de se sentir ridiculamente superior a alguém, eu saberei que essa personalidade é fraca, é desprezível e totalmente insignificante.
Venho me relacionando errado com as pessoas, dei importância de mais a algumas amizades vazias, esse sempre foi o grande erro da minha vida: fazer pelos outros muito mais do que fariam por mim, sempre lembrar mas nunca ser lembrado, sempre ajudar e nunca ser ajudado.
Por sorte, existem pessoas no mundo que vale muito a pena conhecer, as ditas personalidade fortes, mais que isso, as personalidades lindas, aquelas que se lembram, que estão junto de você, e mesmo a quilômetros de distância não te abandonam jamais.
Essa sensação de não saber para onde ir, de não saber o que fazer, de como agir, como se portar, não saber o que falar e o que não falar, por isso perdão, pois inúmeras vezes eu apenas não sabia.
Queria voltar a ver o mundo com olhos de uma criança, cheia de esperança, oportunidades, tudo colorido, porque hoje eu só vejo nuances brancas, muito cinza e quase tudo preto. Queria rir de qualquer coisa, ou de coisa alguma, mas queria rir.
Tente ser sincero. Agora, observe quantos ficam. Viu, portanto não me pergunte mais porque ando sozinha.
Estou a tanto tempo tentando parecer alguém que não sou, que acabei me esquecendo de como eu era antes de começar parecer uma idiota.
Os meus fantasmas estão por ai, tem dias que eles simplesmente aparecem, me angustiam, me perseguem, dominam minha alma fazendo com que às vezes eu me sinta sufocada, sem um caminho, sem ter para onde ir. Nos dias melhores eles estão adormecidos, quase nem lembro que existem, sei que estão ali, mas nesses momentos quem os domina sou eu.
Quem dera que pudesse domina-los todos os dias, esquecer tudo que me angustia dia após dia e ser apenas feliz. Quem dera eu pudesse escolher apenas não lembrar, não sufocar, não tirar os pés do chão, não flutuar em meio ao caos que é a minha mente, parar de me debater contra a correnteza que insiste em me arrastar pra longe da minha pequena ilha, onde acredito estar minha segurança, ou melhor, minha sanidade.
Só quem já teve a sensação de estar enlouquecendo sabe como me sinto agora.
Esses dias não tem sido fáceis, mas precisamos ser mais fortes, e começar a cuidar mais de quem esta perto de nós, nunca se sabe quando seremos tirados uns dos outros sem nos despedir, chega do ódio, rancor, mágoa e falsidade, chega de tanta arrogância e ganância, daqui nada se leva apenas se deixa.
Já que é pra deixar, que seja um amor de verdade, amizades sinceras, condutas corretas e bons exemplos.
Sentia-se soterrada, como se houvesse quilos de concreto em cima dela, gritava, mas absolutamente ninguém a ouvia. Naquele momento de solidão lembrou-se de que construiu sua vida em cima de um terreno ruim, e agora só lhe restava chorar por seu severo e infortuno desabamento.
Arranca tuas máscaras e mostra-me quem és. Não posso amar por inteiro, aquele que esconde defeitos que eu poderia suportar e apresenta qualidades que julgo serem dispensáveis.
Sendo assim, o supérfluo não me atrai, o perfeito não é o que me fascina e sim o legítimo, o original, o genuíno e a essência do seu eu.
Foi assim, sem mais e sem menos, sem contudo, portanto ou entanto. Foi assim, simples, ocasional, atemporal e imortal. Não era nada para aqueles que não podiam imaginar, mas era tudo pra quem sabia amar.
Nunca esqueça de que para mim segredos são segredos e promessas ainda são promessas, não me corrompo em face da curiosidade alheia e nem do desejo ínfimo de descomprimir minha palavra outrora empenhada.
Aquele dia cinzento, com ventos de chuva fazia com que o mensageiro dos ventos emitisse sons que mitigavam a ansiedade que existia em mim, aquilo apaziguava tanto a mente que eu sentia como se fosse parte da brisa, embora, naquele momento eu quisesse mesmo fazer parte dela, para passar e enfim me dissipar e assim ninguém mais notar o quão distante eu estava.
Sou escrava de minha mente, escrava dos meus pensamentos um tanto quanto conturbados, seu alvoroço é tanto que eu escrevo para pô-los em ordem. Nem sempre funciona, mas é melhor alucinar de tanto pensar, do que viver sem a sensação que o frenesi causa depois de cada debate acalorado entre eu e a minha consciência.
Há cacos por todos os lados, eles dilaceram a pele. Há palavras ditas no ímpeto e essas dilaceram a alma. O que haveria de ser mais perigoso?
Um dia frio é tudo que eu espero. Um dia frio com tudo que dias frios têm direito, com uma lareira, um tapete felpudo e uma coberta, também um bom vinho pra aquecer o corpo e um grande amor pra aquecer a alma e sem o qual dias frios não teriam graça.
Há algum tempo eu tenho andado perdida, sem direção, seguindo apenas meu plano de voo do piloto automático, é compreensível, por ser tão cômodo. Porém, é chegado o dia em que eu tenho que conduzir minha vida, sair do automático e mecânico, para o plano manual, que não é tão seguro quanto o anterior, mas me proporciona emoções incríveis.