Coleção pessoal de PatriciaRenata
As pessoas só possuem preconceito perante o amor dos outros, porque não sabem realmente o verdadeiro sentido da palavra AMAR!
“Maria Pinguinha”
Sorriso grandão.
De amor maior.
Assim, enxergava a garotinha.
Braço que virara barra de ferro,
Onde os meninos penduravam.
Na madrugada limpava a piscina.
Sempre rodeado pelos sapos, que coaxavam.
No frio e sem camisa,
Mostrava seu barrigão.
Se ela demonstrasse tristeza,
Ouvia: “olhos de jabuticaba, toma aqui meu coração”.
Frente à sua casa,
Vendia materiais de construção.
Infelizmente, aqui não mora mais.
Pois, Papai do Céu precisava de um anjo da alegria.
É que agora bateu uma saudade do “Ozilão Pingão”.
Seu tio, que carinhosamente a chamava de “Maria Pinguinha”.
CATAPORA
Uma bolha aqui. Outra acolá.
Coça daqui. Coça de lá.
Cuidado. Cuidado. Não pode coçar.
Passa talquinho, pomada também.
Tem até banho em água roxa meu neném!
Sabe de quem estou a falar?
Catapora. Mal-estar. Que irrita. Dá febre. Faz chorar.
Calma. Calma. Paciência e carinho.
Calma. Calma. Abraço e beijinho.
Vai passar, vai passar.
Entendeu amiguinho, quem veio lhe visitar?
C A TA PO RA!
Cata a amora? A amora do pé?
Amora, amor. A esposa do Tio Zé?
Amores, amoras. Catapora não sei o que é.
Amoras eu sei. São as amigas de uma bela mulher.
Que irradia o amor e trabalha até!
Então peça pra ela irradiar.
Na mamãe, no papai, em quem for lhe cuidar.
Pois só o amor poderá curar
As feridas que a catapora dá.
E se por acaso uma manchinha ficar, pertinho do coração, quando ela secar.
Curo a ferida. A mancha não posso arrancar.
Então que ela sirva para te lembrar, nas dúvidas. Na vida, ao caminhar.
Que sozinho nunca estará. Será o meu amor sempre a lhe acompanhar!
Patrícia Renata
A vida que falará agora.
É que eu não falo de tempo perdido.
Eu falo da gratidão por ter tido tempo.
É que eu não falo da amargura da dor.
Eu falo da cura pela superação.
É que eu não falo de partir sem medo.
Eu falo da fé que não deixa o comodismo me consumir.
É que eu não falo da beleza do sorriso.
Eu falo do olhar sincero.
É que eu não falo do desamparo do mundo.
Eu falo da força que me ampara.
É que eu não falo da ambição de muitos.
Eu falo dos poucos com generosidade.
É que eu não falo do concreto dos palácios.
Eu falo dos palhaços no jardim.
É que eu não falo de contrato assinado.
Eu falo de assinatura sem sentido.
É que eu não falo de humilhação pelo erro.
Eu falo da coragem pelo acerto.
É que eu não falo de números que sobram.
Eu falo de sentimentos que faltam.
É que eu não falo de desespero na despedida.
Eu falo de sabedoria no encontro.
É que eu não falo mais nada.
É a vida que falará agora.
Patrícia Renata
CriAMar Laços
Criar laços e saber mantê-los.
Saber mantê-los ou apenas criá-los?
Nascer, criar e manter.
Nascemos para criar laços ou manter aparências?
Aparências para a nobre sociedade ou laços para a sociedade carente?
Criar laços nobres e mantê-los seja com quem for.
Iniciarmos um laço. Primeiro passo. Coração aberto.
Substituição de comportamentos repetitivos, moralistas e grosseiros por palavras e posturas gentis, educadas, delicadas e muito amorosas.
Pode não ser tudo.
Mas, é um bonito começo.
Com a possibilidade desses laços não serem desfeitos jamais.
Tantos "entos", quantos "ãos"!
Queria que as festas infantis não virassem festas de casamento.
Que fosse ensinado que o luxo maior, é um nobre sentimento.
E quando fossem gastar, investissem mais no conhecimento.
Pois a roupa brilhante das crianças, perdem o brilho em pouco tempo.
Que as luzes dos sorrisos, brilhem mais que a ostentação.
Que o maior reconhecimento fosse o ato do perdão.
Que as crianças a chorar recebessem compreensão.
E ao invés de apanhar, ganhassem mais educação.
Elas precisam mesmo da sutileza e disponibilidade do nosso tempo.
Pois às vezes um rancor, se transforma em aprimoramento.
Que as mães ao ensinar, incentivassem o autoconhecimento.
Quando crescessem para trabalhar, saberiam ao certo responder
os seus próprios questionamentos.
Tantos "entos", quantos "ãos"!
Quanto tempo ainda precisarão?
Quanto falta a entender que o futuro da nação
dependem das crianças que hoje estão em nossas mãos?
Ao Poeta com Carinho
Deveras sofras a dor de poeta.
Aquela que finge. Insistente. Latente.
Na hora que cala-te. Inexisto!
No invento de uma felicidade,descubro-me!
Tanta sinceridade caminha para algo amoral.
Ou, imoral.
Linguagem perceptiva. Escuta analítica.
E recebo ponderação. Limites. Dever.
De agora em diante, seguir!
Onde o longe é pouco! E o amor, a condução.
Enxergue um Sentido para Agir.
A visão é a essência do olho.
O fato dele se movimentar é o ato de enxergar.
A alma é a essência do homem.
O fato dele se movimentar é o ato de sentir.
O sentimento é a essência da alma.
O fato dela se movimentar é o ato de agir.
Luz, amor e ação.
SER HUMANO MENINO
Na verdade, veio a surpresa.
Ou seria a felicidade?
Ternura, admiração, mistério.
Essência diferenciada. Empatia aguçada.
Paulatinamente revelada a cada composição.
Tem um toque de aconchego.
Quisera eu ser a musa de sua inspiração.
Então, o impacto.
Frustração.
Na dança entre almas, invade a realidade.
E surge a necessidade de castrar a conexão.
Sonhos, fantasias, imaginação.
Pensamentos desconexos entre a razão e emoção.
Sensações egocêntricas, entrelaçadas pela subjetividade.
De encontrar na humanidade alguém que enxergasse com o coração.
Acalenta uma sociedade rica em superficialidade.
Que tem fome de sensibilidade pela escassez do amor.
Falta mais de você no mundo.
Homem da linguagem universal.
Como o ser humano menino.
Patrícia Renata
A importância de um sorriso
Alguém já ouviu falar que sorrir é proibido?
Crenças, religião, música, cultura, geografia, filosofia, num bar, numa determinada região, em cima do telhado, diante de um juiz, dentro de um avião, na favela, numa colônia de protozoários, amebas ou fungos, num Palácio, no presídio, na chuva, na rua ou na fazenda? Sei lá. Alguém? Alguém?
Até mesmo em uma celebração fúnebre, existem leis, códigos de ética, estatutos, ou uma portaria lhe impedindo de sorrir? Saiu em um edital?
Sorria carapanã, mesmo que um sorriso nervoso ou sem graça. É sem graça, mas passa!
Sorria por fora, mesmo todo dolorido por dentro! "Esteja atento à Força viva, meu jovem Padawan”. A dor alivia bem e depois passa!
Conheço sorrisos falsos, vulgares, criminosos. Esses são amargura pura. Pula!
Eu gosto mesmo é do sorriso incipiente dos nenenzinhos.
Sorriso grande de uma criança. O sorriso da ingenuidade de um adolescente.
O sorrisão meio estranho da Sandra Bullock no filme de Miss...sensacional!
Não importa se fez clareamento, se tem dente torto ou não. Só não vale deixar crescer um pé de alface, aí não há sorriso que ajude!
Mas um sorriso me chama muito a atenção;
Aquele que nasce do inesperado, do acaso. É o sorriso sincero, de coração. Vem de estímulos que causam um verdadeiro prazer. Aqui, os olhos sorriem também!
Esse sorriso, hummm, não sei se todo mundo sabe dar não.
Sabe o porquê?
Eu sei.
Porque ele é único, singular.
E sai do SEU coração!
Não sabe como ajudar?
SEU SORRISO JÁ É UM BOM COMEÇO!
Patricia Renata
Infância tem seu valor
Ei, psiu! Deixe a criança “criançar”!
Robô, só se for para a fantasia de carnaval, ser educada é uma coisa, robotizada é outra!
Ei, psiu! Deixe a criança sonhar!
A criancice hoje está acabando, as crianças estão perdendo o “trem” da linha do raciocínio!
Está difícil atualmente até “criançar”, meninos com tênis importados que não possa tirar, e o salto nas meninas, que lá na frente não quero nem imaginar! Importar mesmo seria apenas com o sentimento desses “serezinhos indefesos”.
Socorro Papai do céu!!!
Crescer não é muito divertido, não! Onde está a sensibilidade? A emoção? Ninguém mais importa com o conhecimento humano! Agora só quem tem dinheiro, seja lá de onde venha, tem importância.
Poupem as minhas criançinhas! Ninguém ensina mais “Aquarela”, já entregam o quadro pronto, com a letra do “therere Gustavo lima e você”. A tinta não pinga mais, o Sol não vale mais nada, ficam trancafiados nas salas abarrotados de computadores, “ai como pode”...” “ai como não pode”!
Tantos parques para brincar, árvores para plantar, incentivando a preservação da vida, a responsabilidade de cuidar!
Criança querida, não se “adultalize” antes do tempo para entrar na boate, o ar puro, só aqui fora vai encontrar!
Ah, menininhos...é triste ter que deixar as fantasias de falsos super heróis por aí. Mas é só através dessa fantasia infantil que poderão ser criadas uma geração mais realista, mais inteligente emocionalmente, observando que, voar só é possível quando se tem informação, atitude, amadurecimento e muito pé no chão.
Preparem-se! Não para o show das poderosas, mas para uma sociedade abarrotada de grandes profissionais de sucesso, porém, carente de pessoas especializadas e profissionalizadas para cuidar; não seja apenas mais um bonitão sarado com grana para gastar, ou a garota mais popular do colégio! Se vierem assim, talvez não gostem das consequências que terão que arcar por toda trajetória de uma longa caminhada pela vida!
O mundo acredita e necessita de vocês! Sua coragem, seus sonhos de mudar todo o mundo, sua capacidade de lutar por um ideal. Seu ânimo juvenil misturado com inteligência, empreendedorismo e capacidade de fazer dos erros, uma forma de crescimento e exemplo de como não errar no futuro ou ainda, apenas saber lidar com frustrações existentes.
Não tentem ficar lendo pensamentos, não importem se o outro te julga, humilha, ameace. Apenas o tempo nos dá a perspectiva das coisas! Continuem a brincar porque uma criança feliz torna-se um adulto melhor. Sinta seu coração, isso basta, por enquanto!
Patrícia Renata
Pediram-me a definição de amizade em uma palavra.
Respondi VITÓRIA!
Sinto-me vitoriosa em poder confiar em alguém, que nunca quis saber dos meus segredos.
Sinto-me vitoriosa em ter recebido seus ensinamentos pacientes e sem cobrança alguma.
Sinto-me vitoriosa ao perceber que a simplicidade e humildade ainda existem, mesmo com toda riqueza que possui.
Sinto-me vitoriosa por você conhecer meu rosto, quando passava a noite chorando e, sem perguntar nada me animava com seu carinho.
Sinto-me vitoriosa em me aceitar tomando apenas café.
Sinto-me vitoriosa em conviver com sua inteligência, perspicácia, determinação e carisma!
Enquanto estudavas as leis, códigos e estatutos,
Eu estudava você.
Faço um pedido de amiga agora.
Não apague a cicatriz de suas dores, sofrimentos, decepções.
Ela é a marca da força que existe em você e da capacidade de resiliência que poucos possuem.
O nome pode até ser seu.
Mas a VITÓRIA foi minha que ao lançar a flecha da escolha,
Acertei em cheio o alvo, sentando ao seu lado.
Um grande exemplo de SER HUMANO!
Por motivos pequenos não se perde uma grande amizade, mas uma grande amizade pode nascer de pequenos motivos.
Patricia Renata
Ontem, preocupastes tanto em aprender que amanhã é outro dia. Esqueceu de que hoje a vida acontecia. Patricia Renata
Nem como o brilho do Sol, intenso.
Nem como diamante, sedutor.
A nossa verdadeira essência é esse brilho da alma,
que espontaneamente é transmitido pela sinceridade
e sorriso no olhar.
Patricia Renata
Oração da Esperança por Patrícia Renata
Por tamanha emoção, não ponderei o Amor.
Perdoe-me por isso!
Por tamanha ignorância, não importei em analisar o Amor.
Perdoe-me por isso!
A indisciplina e insegurança desfocou-me de qualquer ideal.
Por consequência, não elevei o Amor.
Perdoe-me por isso!
Por falta de Fé não acreditei na transcendência do Amor.
Perdoa-me por isso!
E que toda renúncia seja o Amor a depurar, aperfeiçoar, edificar e engrandecer. Porque eu ainda acredito e quero sempre acreditar que só pelo AMOR vale a vida e nada mais.
AMÉM
Ilusão Perceptiva
Quem mente? Quem diz a verdade!
Quem diz a verdade? Quem mente!
Quem é o feio? O bonito!
Quem é bonito? O feio!
Quem é forte? O fraco!
Quem é fraco? O forte!
Quem é o rico? O pobre!
Quem é o pobre? O rico!
Quem é o mais inteligente? O esperto!
Quem é o mais esperto? O inteligente!
Quem erra? Quem acerta!
Quem acerta? Quem erra!
Quem vive? Quem morre!
Quem morre? Quem vive!
Quem é perfeito? Ninguém!
Quem é ninguém? O perfeito!
#PatríciaRenata
O burro auxilia o homem.
O homem burro auxilia alguém?
Eis que sou burro ou homem?
Na verdade. Ninguém.
Patrícia Renata