Coleção pessoal de Paodequeso

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Sei que supostamente estou sozinha agora
Sei que eu deveria estar infeliz
Sem alguém
Mas eu não sou alguém?

⁠Eu tive um sonho
Em que eu consegui tudo o que queria
Não é o que você pensa
E, pra ser sincera,
Ele pode ter sido um pesadelo
Para quem possa se importar

Eu sei que algum dia vou conseguir sair daqui
Mesmo que demore a noite toda ou cem anos
Preciso de um lugar para me esconder, mas não consigo encontrar nenhum por perto
Quero me sentir vivo, lá fora não consigo enfrentar meu medo

Só vou te machucar se você me deixar fazer isso
Me chame de amiga, mas me mantenha por perto
Vou te ligar quando a festa acabar

Você não sabe que não sou boa pra você?
Eu aprendi a te perder, mas não posso me dar ao luxo
Rasgo minha blusa para estancar seu sangramento
Mas nada, nunca, te impede de ir embora

As mentes humanas estão mais cheias de mistérios do que qualquer livro escrito e mais mutáveis do que as formas das nuvens no ar.

Eu gosto de palavras boas e fortes que significam algo.

É incrível como as coisas comuns se tornam adoráveis, se você souber como olhar para elas.

Bons livros são como bons amigos: são poucos e estão todos escolhidos.

Não tenho medo de tempestades, pois elas me ensinam a navegar.

Ao longe, lá no briho do sol, estão minhas mais sublimes aspirações. Posso não alcançá-las, mas consigo olhar para o alto e ver suas belezas, acreditar nelas, e tentar seguir por onde elas me guiam.

⁠Algumas pessoas pareciam ter toda a luz do sol; outras, toda a sombra.

Vigie e ore, querida, nunca se canse de tentar, e nunca pense que é impossível subjugar o erro.

⁠Não podemos fazer muito, mas podemos fazer nossos pequenos sacrifícios, e é importante que os façamos com boa vontade.

⁠Você tenta lutar contra a timidez, e eu a amo por isso. Lutar contra nossos defeitos não é fácil, bem sei, e uma palavra alegre ajuda a animar.

⁠Ela preferia os heróis imaginários aos verdadeiros, porque, se cansava, podia trancar os primeiros no assador de metal até que fossem reconvocados, e os últimos eram menos manejáveis.

⁠Nunca sigo conselhos; não consigo ficar parada o dia inteiro, e não sou um gato para ficar cochilando ao lado da lareira. Eu gosto de aventuras e vou procurar algumas.

Eu sinto, eu sei. Luzes piscam lá no fundo como vagalumes insistentes no escuro.
Essa forma de calar é cobrir os olhos, a pele, a vida.
Acalentar a alma, acalmar o coração, é um risco... é eu sei, eu sinto.
Cartas duplas, viradas, uma história, escolhida, acomodada.
Tocar as luzes, soltar as rédeas, permitir a dor de um novo nascer.
Não toco, mas vejo... é eu sei, eu sinto.
Imobilidade, ombros amarrados, rosto fechado.
Esperar o dilema, adiar a cicatriz, é eu sei... tudo está aí, sentindo-se, remexendo-se, revirando-se.
Que o mistério tenha fim.
Que o sonho seja real.

Entre vaga-lumes, musicas e estrelas;

Eu quero os frangalhos da realidade minha

Das coisas desconexas

Complexas

Das coisas vividas

Sentidas

Das palavras distorcidas

Dos sofrimentos inevitáveis

Das coisas que eu sei

Daquelas que nunca saberei

Dos momentos calorosos e aconchegantes

Das discussões intermináveis e gritantes

Entre um e outro

Ainda quero meu cotidiano existente

Pois é nele que existo

E persisto

Uma saudade?
Sei lá,talvez das luzes da cidade ou dos vagalumes.
Saudade de caminhar sem pressa pra qualquer lugar.
Tantas saudades eu sinto.
Tantas saudades eu já perdi sem poder matar.