Coleção pessoal de paisagemleitura

Detrás da boa sorte sempre surgirá uma boa estratégia

O poema é para a palavra o que o fígado é para o corpo.

A ameaça perambula entre o ranger do forte e a indiferença do sábio.

Lembrança é o aviso prévio da saudade que se avizinha.

A carência faz com que nos dirijamos ao mundo como se fossemos a um cassino.

Para as cores, somente o dia. Que fosse ontem, o que será amanhã? Registros descontínuos de caras e corpos. Volúpias do animal em si como a melhor pose. Conseqüente fotografia em papel que se opaca e se esfarela como os lapsos encontros entre a lembrança e o tempo.

Ambos confessaram e confeccionaram páginas amarelas autobiográficas. Desde a traição até a compra de um aquário em vez de calmantes.

Era uma vez em suas mãos: dizia-lhe o irmão que o amor era a espada macia da morte. Destituída face em talhos de beijos perdidos. Vago regaço perdido no maior dos seus rios. Nada lhe foi oferecido, nada foi aproveitado de sua pálida e doentia carne.

Diálogo do Tempo
O tempo por não ter tempo de pensar no tempo, perguntou para o tempo:
- Quanto tempo tem o tempo?
E o tempo por ter tempo de pensar no tempo, respondeu para o tempo:
- Tempo tem sempre tempo!