Coleção pessoal de onirico

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⁠sua culpa 1

meu amor
por que faz isso comigo?
por que não saí da minha cabeça
estou começando a enlouquecer
pois não paro de escrever
pois meus versos são todos pra você
pois minhas rimas já estão cansadas
de serem usadas
para demonstrar meu amor
para ver seus sorrisos.
que como homem sortudo que sou
admito que é tudo culpa sua
que sinto que te amo
todos os dias.

⁠recado

hoje olhei para o nada
e me senti poeta
escrevi tanto sobre ti
que só escrevi sobre amor
(como de costume)
mas não se acostume
que não sou de ferro
que só me ferro no amor
(como de costume)
mas já vai se acostumando
que vou seguir te amando
te escrevendo poemas
meus lemas de amor
meus lemas dramáticos
meus mais queridos recados.

⁠me sinto criança

sempre estou exausto
quando penso em você
pois fico muito astuto
te procurando
esperando você magicamente aparecer.

pode parecer infantil
mas você já se tornou minha esperança.
eu te amo,
como uma criança ama doces.

aqueles bem açucarados
que deixam todos atentados
onde a vontade nunca acaba
mas não se confunda
eu só sou atentado com você
pois nosso amor é doce
doce como jujuba.

⁠orgulho

eu acordei
e me deparei com tal situação
e me deitei de novo
um novo homem!
sussurrei a Deus.
que meus dias contados
todos, deveriam ser ao seu lado
mas ainda assim acordei irritado
"que palhaçada é essa acordar sem seu bom dia"
exclamei orgulhoso.

exclamando esses versos
sussurrando rimas
enquanto olho pra você
cheio de orgulho
que como o poeta ocioso que sou
sigo te amando
pacientemente
como um paciente com câncer.
esperando a morte
amando tudo, amando você
odiando tal mundo injusto
em meio a sorte.

⁠a minha volta para casa

gostaria de dizer
que amei te ver
e contaria para o mundo
que tudo com você é onírico
meu paraíso, rico em amor.

saí de seu lar cambaleando
tropeçando em versos
estampando meu sorriso
como um idiota.

um idiota vivo
que mostraria o mundo
a beleza da felicidade
a beleza de minha amada
que já não vejo
só desejo tais lábios
que soam sábios.
ao dizer, "eu te amo".

⁠etolie

a estrela mais bela
ainda que sincera
soa...
bastante arrogante
se debruçando
em minha mesa
com seu brilho constante
se perguntando
e eu? respondo
que tens um brilho ardente
e imploro pra ela:
brilhe para mim
e continue assim
não por mim
mas por si
pois é a mais bela
minha estrela sincera.

⁠já, se;

já não sei se escrevo
se me deito;
se vejo o tempo passar;
se observo quem me olhas;
ou se olho para lá.
se dou mil passos;
ou se deixo de andar.

e começo a procurar
meu trevo de quatro folhas
para minha sorte curar
e me jogar beira mar
e amar esses versos.

pois já cansei de terminar poemas
tais poemas sem fim
com saudade no ar.
que se faz difícil respirar.

⁠ursos de pelúcia

sinto que te devo um poema
não porque te amo
mas sim porque diz que me ama!
se é que estamos falando de amor.

acho que só tentando não vai resolver
preciso me arriscar.
me jogar beira mar
e rezar pra nadar;
correr nas nuvens escuras
e torcer pra não chover;

dizer eu te amo todo dia
e querer que seja reciproco.
pois ainda escrevo
mesmo sendo um verso oco.

e em meio a horizonte nu
lá estão elas
minhas rimas nada famosas
minhas rimas mais sinceras
daquelas de livros de poesia
daquelas que me lembram,
a fabulosa Cecília Meireles.

⁠por que escrever sobre amor?

eu mal penso
e acho bastante repertório
escrever sobre amor
um relatório bastante doloroso
que já me foi motivo de inveja.

uma bem sincera
daquelas passageiras
mas contínua
a inveja em pessoa!?
e eu?;
idiota que nelas acredito
que em histórias contínuo acreditando
e amando? talvez
mas pouco importa
pois sinto queimar
quem diria que amar doeria tanto;
sinto que fui jogado as lareiras do inferno
e meu pecado? já não tão criticado.
seria escrever poemas de amor.

⁠com amor

sim, eu menti muito
mas sinto muito se não fui sincero
pois escorrego entre a verdade
e já não caio em prol da honestidade.

mesmo sendo um chorão idiota
eu ainda (não) acordo de madrugada
e (não) lembro de você;
também (não) lembro seu aniversário;
quando desbloqueio meu celular.

acho bem feio
esses hipócritas que rimam muito
que dizem serem poetas
mas que só escrevem flores
se esquecendo dos cravos
escrevendo amores perfeitos
mas eu não!

eu deixo claro, com amor
e com amor adoto este dilema
que eu sou o defeito desse poema.

odeio rimar aos prantos
pois nunca estou pronto para parar,
e já não adoto todas as rimas
pois já não escrevo por amor.
mas sempre, com amor.

⁠tal mulher

sei que ainda não te desejei
um feliz dia das mulheres,
mas em vez de te desejar
gostaria de te fazer minha mulher
assim nada vai te abalar
assim você nem tem que se preocupar
só deixar...
eu te amar.

confesso que você merece muito mais
e em meio a tudo que escrevo
eu meio que já te escrevi um mil versos
em minha mente.
que de repente acorda com raiva
desejando mais uns minutos
pra poder sonhar com você.

eu ainda quero poder passar este dia ou seu lado
como seu marido, como o homem, que você merece.




Para: minha querida paty
Ass: caca

⁠ontem

ontem criei coragem
e te escrevi uma carta
que hoje será aberta;
que hoje moro de medo;
que ontem me sentia orgulhoso.

te escrevi em meio a tédio
achando um meio pra te falar
que só metade não vai me calar.
eu estava procurando versos
ainda que sinceros
diversos, pois um não seria o bastante
pois sou amante de poesias
pois ainda te dedico rimas
que nem serão escritas.

⁠Perdedor

Não é medo de te perder
E sim de me perder em tudo.

Não é medo de errar
Mas sim de te machucar.

Nunca tive medo de amar
Mas de ser um mal perdedor
Que não suporta a dor.
Não aceito a derrota
Não aceito errar
Nem perder (você)
Esse é meu jeito de perder.

Vamos revanche sem saber os limites.
Pois entre nós não existe game over.

⁠Planos

Te imagino em um quadro branco
Com um louco te carregando nos braços
Um pouco parecido comigo.

Espero acordar cansado
Com um peso enorme em meu peito
Enquanto digo:
- Vou fazer nosso café amor.
E você sai de cima.

Penso em um altar
Em buquês de girassóis.
Nunca fui fã de Van Gogh,
Mas vou amar você
Como Van Gogh amou amarelo.

⁠⁠poeta

se eu não fosse poeta
você me ouviria
talvez riria de tal desgraça
a graça da tristeza.

você entenderia meus sorrisos
tanto os falsos
quanto os verdadeiros?
os mais sinceros.

talvez em outra vida
eu não seja poeta
e diga tudo que ainda atormenta.
e você se concentra
em entender(?) o porque.

mas isso não é real
pois sou um animal frágil
bem rabugento
preso em arbustos
um solto, um louco no cio
que vive no ato da liberdade.
talvez se eu não fosse poeta

te escreveria uma carta aberta
e leria em voz alta
para a mais alta classe.
te contanto tudo, sem depender de um verso.

⁠corrida

caminhei por tal passarela
uma amarela que me tirava atenção
pintada as aquarelas
ou em telas a óleo.

corri tanto que meu suor esfriou
não de cansaço
nem de estresse
mas o medo de quem andou de mais.

por que a linha de chegada importa?
se a largada nem foi dada.

precisei correr
para ver
para me cansar de correr atrás
daquilo que nem vai me esperar
para que quando eu chegar a cair
eu tenha um motivo para me levantar.

e mais uma vez, correr sem saber o porque
e já nenhuma vitória ou derrota me importa
só a obsessão.
de que tudo isso tenha sido em vão.

⁠tesoura

acho que escrevi errado
quando escrevi sobre amor
pois, queria queimar tais páginas
que só me trazem rancor.

entretanto as cortei
em pedacinhos de papel
em pedacinhos de amor
e desde que me lembro
não lembrei onde as deixei.
talvez em você.

minha tesoura sem ponta
pronta para cortar esses versos idiotas.

e um poeta vivo
ainda cínico
mas com as mãos cortadas
já sem minha tesoura sem ponta
que estás pronta para voltar
e me mostrar o sentido de cortar.

⁠Olhos

Queria arrancar meus olhos
Para não ver você
Para não amar você.
A cada vez que te olho
Sinto saudade
A cada vez que te olho
Desejo não tê-los abertos.

Eu sou o culpado (?)
Por tal sentimento
Ou são meus olhos
Meus olhos mortos.

Uma taça vazia
Que a saúdo com todas as forças
Ei iria até o fim Para encher.
Essa querida taça de amor.

⁠Mais uma vez

Achei que isso não aconteceria
Escrever tal poema
Desperdiçando rimas
Amando esses versos
Que só me lembram você.

De novo sofri
Sem motivos
De novo amei demais
Mas mais uma vez...
Não julgo o que você fez.

Diz que me ama
Diz que ainda sente algo
Que te mostro o que fiz em minha vida
Fiz poemas
Mas não temas, nem todos são de amor
Alguns são de dores
Dores de seus amores.

⁠Maldade

Eu sempre soube
Que não era só amor
E esse suor em meu rosto diz
Que não suporto mais
Correr e tropeçar
Subir e cair do alto.

E no final
É sempre sobre saudade
Essa maldade em meu peito
Meu peito torto e oco
De tanto amar
E desabar na maldade
A maldade do amor.