Coleção pessoal de Ojuara
Nosso pensamento é importante para resolver algumas questões mentais e... Porém tem coisas que não devemos tentar resolver no nosso pensamento, pois não nos compete. E algumas coisas só acontecem quando o pensamento vem sucedido de uma ação.
Não tenha ciúmes do que não é propriedade sua, pessoas não são propriedades. Valorize suas propriedades e ame a vida.
Julgar, imaginar, faz parte do pensamento, mas acreditar totalmente nos nossos julgamentos e imaginação (sem nos questionar), define o nosso nível de racionalidade nesse contexto.
A maturidade me fez da menos importância aos olhares (julgamentos) dos outros. "Não dependemos de olhares (julgamentos) dos outros para viver."
O que tiver maior inteligência "no momento", deve "perdoar/compreender os erros leves/médio" do outro que agir com menor inteligência. Vai ter momentos que o outro não estará no mesmo nível/estado de equilíbrio e visão sobre "o momento", que você, por "x" motivos "aceitáveis e inquestionáveis".
Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade, de fato, um sítio que lhe dava muito trabalho e despesa. Reclamava que era um homem sem sorte, pois as suas propriedades davam-lhe muitas dores de cabeça e não valia a pena conservá-las. Pediu então ao amigo poeta para redigir o anúncio de venda do seu sítio, pois acreditava que, se ele descrevesse a sua propriedade com palavras bonitas, seria muito fácil vendê-la.
E assim Olavo Bilac, que conhecia muito bem o sítio do amigo, redigiu o seguinte texto:
"Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda."
Meses depois, o poeta encontrou o seu amigo e perguntou-lhe se tinha vendido a propriedade.
"Nem pensei mais nisso", respondeu ele. "Quando li o anúncio que você escreveu, percebi a maravilha que eu possuía."
Algumas vezes, só conseguimos enxergar o que possuímos quando pegamos emprestados os olhos alheios.