Coleção pessoal de OctavioCesar
Fingir não é mais uma opção para você meu amor e nem para mim, eu observo todas as noites a lua e as estrelas e vejo que são as únicas coisas que o ser humano não pode botar as mãos sujas, eu uso suas luzes pra clarear meu caderno onde escrevo para fugir para um mundo de palavras onde sei que estou com você e você comigo, isso tudo é um paraíso do qual não quero sair, quero apenas permanecer nele junto com você, mas apareceu as nuvens de chuva nessa noite fria, as nuvens cobriram a lua e as estrelas deixando meu caderno, meu mundo de palavras sem luz e com as nuvens vem chuva, e com a chuva vem o alagamento e a destruição, meu caderno está todo encharcado, minhas palavras estão borradas e eu estou no fundo do alagamento me afogando em palavras, palavras que escrevi onde finge ter você pra mim, onde sempre era uma opção para acabar com a solidão.
Doía muito, olhar pra ela doía, olhar para ela e não poder dizer oque eu sentia naquele instante, naquele momento.
Doía muito olhar pra ela e não poder dizer o quanto eu estava apaixonado pelo seu sorriso, pelo seu senso de humor e pela sua magnífica arte com a vida.
Doía não poder falar o quanto eu estava amando passar a melhor parte do meu tempo ouvindo tudo oque ela tinha pra dizer, ficar ouvindo por horas seus pensamentos e sobre tudo aquilo que ela admirava.
Doía muito quando chegava no final da noite e meu coração disparava me motivando há beija lá, há dizer oque eu sentia, doía quando eu não o escutava apenas pensava, pensava demais.
E agora doí mais ainda em saber que é tarde, que não tenho como voltar atrás, pensei demais e agora ela achou a felicidade, agora sem ela passo noites em clara escrevendo em um bloco de notas para sair dessa dor que vivi e que vivo sem ela.