Coleção pessoal de NinaMorangaAzul
Ouros
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Lá vem tentação a galope
E fujo pra mais perto dela
Que nem usa sela e, eis, que monta
Sem brida, receio, sem nada!
Os mega milhões nessas horas
Estouram, debandam de mim
Inundam de luz e de plasma
Viagem mais louca não tem
A mina tem tanto a me dar
E cavo sem pressa, hei-me tal
E qual azoado mineiro
Enquanto eu escuto os uais!
TMJ
De quatro, de zinco,
De teto, de teta,
De trêta, de grêta,
De méta, de mêta,
De meia, sem meia
Com nove, com nova,
Com muita vontade...
Copas
As árvores tremem
As folhas se soltam
Os galhos me agarram
Raízes se enroscam
Os frutos me chupam
Resinas escorrem
E olores se espalham
Perfumam os altos...
Paus
Sem araras
Com elas
Grudadas
Deitadas
Sentadas
Sem nada
Sem trégua
Arre, égua!
Pra tudo
Pra mundo
Pra ter
Pra ser
Fecundo
Pra ver
Sorrir
As rachas
Rachadas
Em chamas
Chamando
Em chincha
Agora
Em hora
Em live
Enclave
Em clava
Embora
Um grito
Ecoe
E foi!
É duro
É naipe...
É gol!
Parafuso chato
Voltou do inferno o poeta
Sem tempo pra frágil Inverno...
Que pena que viu uma queda!
Dezenas de gritos caindo,
Morrendo segundos malditos
Sem asas, motores, sem nada;
Que tapa na cara da mídia
Que tava focada em Olimpo
E o limbo? Acolheu a desgraça!
Cansada estás, imagino!
Daqui eu te sinto. Tu sentes?
Teu dia não foi tão divino?
Mas ristes, assaz, tão somente?
Distante tu ficas, que pena...
A perda, pra mim, não pequena,
é triste nessa minha mente.
Tu sentes saudade de mim?
A minha por ti que, sem fim,
deveras, em mim, me ressente...
Vácuo ...
...é o lugar onde eu me encontro
na tristeza e desencontro
na aflição e disforia.
Tanto pra falar, quem ouve
se meu cântaro aprouve
de partir e desaguar?
Vazam fôlego, meu ar,
meus conceitos, meu lidar
e me dizem: tudo passa...
Venham, seres lá de fora!
Já passou da minha hora;
não tem mais a tal da graça.
Venha, disco voador,
Das procelas me desfaça
e alivia a minha dor...
yes, i sold
Oh! Sim, eu também já vendi as letras...
Por fome de acender a luz na mente;
a luz que nos ascende ao paraíso
e o siso fica aqui no mundo frágil...
Ganharam muito e eu? Sorri bonito
em meros gramas, mas milhões de vezes
milésimos segundos quase eternos...
Não julgue esse poeta pobre, inválido,
sem forças anormais, só as de sempre
e pela Fonte restam mil moedas
em forma dos poemas descartados
portando, cada um, um mero sonho
de minha lavra e pública pros idos
seguintes à partida sem retorno...
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Meu mero capital é meu amor.
Commodities são teus sorrisos lindos
nos campos dos luzires frágeis, cegos,
Indústrias, minas, primas das matérias,
produtos desses meus investimentos,
mas eu devo querer ver meu montante
subir ou é melhor fugir dos juros
compostos ou dos simples? Tudo é ruim
se teu olhar altivo me derrete
e posso me afundar em densa dívida...
Melhor parar enquanto o ganho é lucro
e não terei de haver-me em concordata...
Quando a mentira se torna a arma mais forte para se ganhar uma guerra todo cristão deveria escolher perdê-la!
Lembro bem onde eu estava na treta de 11/09/2001.
Breve perguntarão no planeta:
“ - Onde você estava no maravilhoso 1º/01/2023”?
“- Eu estava abraçado à alegria”.
Desajeitadamente eu deito e rolo!
Um dog doido dentro desse bardo.
Ah! Sabes que te tomo como musa
a cada linha, verso, pé composto
que posto para a ti dizer: te amo?
Que boca a boca tão perfeita
e em muito afeita a encantar
nos lábios, mar de doce mel,
da boca o céu faz desejar
Que sorte olhar! Que maravilha!
E a língua ilha pro beijar...
Quem vai provar vai de sobejo
achar no beijo o paraíso;
não tem o siso que dê jeito,
nem incisivo ao meio feito:
a boca tem molde perfeito...
"O Meio Ambiente é o local onde vivem todos os seres vivos.
Atualmente o Meio Ambiente vem sendo muito prejudicado pelo ser humano, causando, assim, várias consequências para o nosso planeta.
Algumas dessas consequências são: extinção de várias espécies, inundações, mudanças climáticas, agravamento do efeito estufa e muita poluição".
Anunciada...
Maiúsculo poema do submundo
da síntese cinética irrelevante
moldado em letras fúlgidas qual Dante
em seu inferno sórdido e imundo.
Torrente de palavras calam fundo
quando a quimera é ínfima, maçante
e apela pro telúrio inebriante
sob o cinéreo céu plúmbeo profundo.
As chuvas anunciam: vem a morte!
E quem clamou por frio vai ver na alma
a raiva, a dor sem cura, a contra calma!
Eu vejo essa tragédia em grande porte
deixar atordoado a fraco e a forte
e o maldizer calor, qual firme trauma.
Da beleza sou o feio,
da brancura, a palidez,
da verdade, a simpatia,
da loucura, a lucidez,
do buraco, o precipício,
do final, sou todo o início...
Quem sou eu? Diz de uma vez!
A Lâmina de Petélia
do tal orfismo real
ao lado do meu cipreste
que, alvo, me transpariza
e faz-se Manancial
do qual não bebo, sou puro,
nem sei fazer sacanagem
sem ter temor e vergonha
de ver do lado do muro
o escuro vão da blindagem...
Vendi barata a canção
queria comprar maria
e o crápula me dizia:
teu nome vai ficar lá.
Bebi da Fonte que, fresca,
até me deu novo alento
e mesmo assim me matou
de tanto horror e tormento
bem mais que antigos dragões,
dos quais meu ser se entocou.
Não eram bons guardiões
pra mim rebento da Terra
e desse céu que me encerra
a mente, assaz, estrelada
a boca tão ressequida,
a vida quase sem brida
e sede maior que a vida
a toa, a troco de nada...
Morreram junto a memória
e os niños del candelária...
Eras tu, simbiose?
Não era a alma minha só sem esse enclave?
Cada verso o inverso de vida... E tu?
Existindo, assim, em mim...
Tremam panelas!
Pois esse vento me arrancou a parte que criava
e, na aljava, flecha não restou...
Pós amor? Raiva, ora pois!
Se não mais pertenço é tenso o espaço!
Mas vai e decai aos pequenos pedaços de frases tecidas só para ''mitar", "lacrar" num mero tempo fátuo, findo em átimo modo...
Mas veja!
Ditirambamente eu me rendo bem rente ao enfado...
E o fado? Na "zona" é que toca o Mané...
E nóix? Gosta!