Coleção pessoal de nicoleprofirio
Eu não sou sentimental. Eu sou tão romântico quanto você. A ideia, você sabe, é que a pessoa sentimental acha que as coisas irão durar para sempre. A pessoa romântica tem a confiança que não durarão.
ANGÚSTIA
do Lat. angustia
s. f.,
estreiteza;
aperto;
limitação de espaço;
opressão;
aflição;
desgosto;
tribulação;
agonia.
Será que essa falta de ar que venho sentindo nas últimas 30 horas é angústia?
Do mesmo jeito que falta, sobra o ar, sufoca, invade, domina, determina, pede, leve, peso, dia, noite, falta, excesso... Tudo ao mesmo tempo... O mais difícil é a sensação de perder algo que já não era mais seu, de abrir mão do que não lhe pertence, de sentir falta do que nunca existiu de verdade, apenas a ilusão cretina de segurança que a minha necessidade infantil de proteção criou. Como sempre afirmei, não é possível sentir falta de algo que nunca teve!
Mas acho que na verdade isso tudo é medo, medo do novo, medo do bom, medo de crescer, de se tornar realmente responsável por si, medo de fazer a escolha, medo do erro, da revolta, do arrependimento, medo de perder as migalhas que lhe são jogadas quando ao fim do banquete.
Por que decidir é tão difícil? Por que preferimos a tragédia à opção?
Não sou mais aquela menina que acredita no acaso, cresci, tenho que acreditar na consequência, afinal toda ação uma reação, cada escolha uma renúncia... Mas renunciar a que?
Tenho necessidade que segure os meus pés quando tenho frio, mas você nem liga pra isso, acho que nunca percebeu o quanto era importante... Nunca percebeu quem eu sou... Se quiser saber, sou forte, sou frágil, sou mutável, sou solidão, sou desespero, sou carência, sou fiel, sou feliz, sou amor, sou ódio, sou ANGÚSTIA, ou melhor, estou angústia... Mas a culpa não é sua, a culpa é única e exclusiva da minha falta de coragem para ser feliz, a falta de coragem que tenho de me torna alguém... A culpa é do meu comodismo, do meu excesso de exigência, de querer que se torne o meu reflexo, mas como posso querer isso, se muitas vezes não gosto do que vejo quando olho no espelho?
Preciso romper os laços de vento que me prendem a você, desmanchar o laço vermelho que prende o meu tarô, e admitir que fracassamos em nossa viagem rumo à terra fantástica, que o trem quebrou no meio do caminho, e precisamos voltar a pé pelos trilhos. Precisamos admitir que nosso barco já deixou de flutuar a muito tempo, e a sua covardia não permitiu que enxergássemos os remos reservas.
Acho que esse aperto que sinto, é a aflição em saber que a limitação de espaço entre nós se tornou real, e o desgosto da certeza de que fracassamos.
O adeus se torna inevitável, é hora de desatar o nó fictício e tão poderoso que nós une na dor e na decepção. É hora de encarar a realidade.
Vou seguir minha vida, ir em busca de novos portos, vou tratar de comprar meias, para as noites frias... Abrir bem meus olhos, e enxergar as belas coisas que a vida me reservou, correr riscos, crescer, buscar, escolher, optar, vivenciar, mudar...
Sabe o que mais quero? É ter a liberdade de ser quem eu realmente sou, e mesmo assim continuar sendo amada, é ter o direito de mudar de opinião sem perder a graça. Sabe o que mais quis? Ser compreendida... Ah como seria perfeito se você tivesse sido capaz de enxergar através de minhas máscaras... Mas você só foi capaz de enxergar o que pode usar contra mim, contra meus medos e fraquezas.
Mas tudo bem, não sabemos se essa situação é reversível, por isso, vou guardá-la em minha caixinha de Pandora junto com os outros defeitos da humanidade, quem sabe lá dentro ela encontra a esperança.
Bom, agora vou tratar de encarar o novo com alegria, fazer os sacrifícios que serão necessários, brindar aos fracos, escrever para os amigos, me empanturrar de chocolate, ficar na Internet até tarde, tomar banho de chuva, voltar para a faculdade, conhecer novas cidades, fazer novos amigos, traçar novos objetivos, e torcer por sua felicidade, mas agora eu vou ficando por aqui, porque tenho muito a sonhar com essa nova realidade!
Oh, doce beijo, como é divino o sabor dos teus lábios de mel. Tua mão cálida e suave, que afaga toda essa minha frieza. Teus olhos que desnudam minha alma e tua doce voz que aumenta cada vez mais o meu desejo por ti. Ah, rapaz, nem imaginas como mexes comigo, és um furacão, um tornado de emoções que nem sequer imaginas. - Escrito por uma sonhadora, tecelã de ilusões que jamais se realizarão.
No silêncio oculto, me devoro,
Ardente paixão, segredo que morro.
Torno-me frágil, disperso-me no torpor,
Em ti, mistério, meu destino eu exploro.
Teus lábios, não de Iracema, mas do mel,
Sabor que embriaga minha mente ao léu.
Tua indiferença, cruel como fel,
Dilacera o coração, tempestade, réu.
Aguardando ansiosa, fervilhando em fogo,
A chama da paixão que não se desdobra.
Como a maresia, corroídos pelo jogo,
No desejo de um encontro que se acobra.
Oh, praia distante, refúgio desejado,
Onde os tormentos se percam no passado.
Cada segundo, sentimento desgastado,
Sem tua voz, tua presença, sou naufragado.
Tu, que não sabes, és meu oceano vasto,
Naufrágio lento, em águas profundas me arrasto.
Em cada instante, no sentimento contrasto,
És meu mar, és meu eterno enigma, meu lastro.
Não sou poeta, mas carrego em mim a aurora da poesia. Minha mente é um cosmos de murmúrios, porém, de meus lábios desabrocha apenas um sorriso fugaz. Por dentro, palpito com fervor e vigor, mas na vida exterior, mantenho-me recolhida. Posso parecer gélida, distante, mas no âmago, sou labareda e brasa que consomem em silêncio. Sou mais que um corpo, sou a síntese de uma essência ardente e enigmática, uma melancolia profunda, um mistério até para mim mesma.
Deleito-me com o sabor do óbito, mirando o céu e contemplando o brilho suave das estrelas que, quando criança, imaginava serem ancestrais falecidos, ansiando pelo dia em que brilharei também.
Se na hora de uma necessidade os amigos são poucos? Ao contrário! Basta fazer uma amizade com alguém para que, logo que este se encontre numa dificuldade, pedir dinheiro emprestado.
Há muito mais dinheiro para quem faz o marketing dos produtos do que para quem fica só na produção. A Nestlé, uma companhia da Suíça, já ganhou muito mais dinheiro com café do que todos os brasileiros que plantam café juntos.
A dor tece versos na pele,
Solidão entrelaçada em poesia.
Nem tudo versa sobre o amor,
É uma sutil agonia.
O passado deixa suas marcas,
O presente, um indiferente,
O futuro, um mistério arcano,
Tempo incerto e profano.
A ferida desenha dias cinzentos,
O medo faz chover sobre o deleite da melancolia.
Cada estrofe, uma história única,
Um raio de sol que transcende,
Um consolo delicado,
Um renascer em cada dia.
Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.
Quando tudo nos parece dar errado
Acontecem coisas boas
Que não teriam acontecido
Se tudo tivesse dado certo.