Coleção pessoal de nereualves
Talvez nós, humanos, tivéssemos sido mais civilizados se nunca tivéssemos deixado as cavernas. A ironia da chamada “civilização” é que, com o passar do tempo, nos tornamos cada vez menos humanos. Somos predadores, devorando uns aos outros não com dentes e garras, mas com egoísmo, ganância e indiferença. O homem moderno olha apenas para si mesmo, ignorando o sofrimento alheio e pisoteando tudo ao seu redor em busca de poder e dinheiro.
A estupidez humana atingiu seu ápice. O tempo, que deveria ser um sábio mestre, transformou-se em um relógio implacável, ignorado por aqueles que acreditam na própria eternidade. O homem comete o erro de subestimar Deus, brincando com o que não lhe pertence. Usa o nome divino em vão, mas se curva a tudo o que não é sagrado. E o que não vem de Deus dificilmente pode ser bom.
Enquanto isso, o planeta sofre. O ar se envenena, as águas secam e as florestas transformam-se em cinzas. A Terra, que um dia foi um paraíso, caminha para se tornar um corpo sem alma, um cadáver cósmico à deriva no universo. Talvez o mesmo destino já tenha ocorrido em outros mundos, onde civilizações destruíram suas próprias casas e esgotaram seus recursos até que nada mais restasse.
E assim seguimos, rumo à extinção, não por catástrofes naturais, mas por nossas próprias mãos. O maior inimigo da humanidade é ela mesma.
Mas que adianta ter poder, dinheiro e riquezas se nossa própria vida, nossa essência, permanece pobre e miserável? De que vale toda a conquista se, no final, não se possui nada de verdadeiro? Feliz é aquele que tem amor para dar, que ama seu próximo e vive a vida que Deus lhe concedeu, encontrando meios de atingir seus objetivos sem passar por cima dos outros, sem roubar o pão das crianças.
Das crianças se formam tantas vidas; na natureza, nos bichos da Terra, nos animais, em tudo que é vivo, reside a essência da existência. Se nos rendermos à busca desenfreada pelo dinheiro, estaremos condenados, por nossos próprios atos, à miséria espiritual, perdendo nossa alma e a promessa da vida eterna. Feliz é aquele que se contenta com o simples, pois ama e é amado, vivendo em harmonia com o que é essencial.
Penso que o grande problema da humanidade reside em nós mesmos – pessoas que, talvez, nunca se completaram porque jamais experimentaram o êxtase da plena realização, aquele momento de comunhão com a própria essência que transcende o físico. Enquanto não alcançarmos essa plenitude interior, continuaremos a nos perder em busca de satisfações passageiras.
A Vida é uma Colheita
A vida é um campo onde cada escolha, cada ação e cada palavra são sementes lançadas à terra. O tempo passa, as estações mudam, e inevitavelmente colhemos aquilo que plantamos. Não há atalhos, nem jeitinhos: o que se semeia com verdade e esforço, retorna em frutos saudáveis; o que se planta com descaso ou má intenção, vem em forma de espinhos.
Por isso, é essencial cultivar o bem, regar os sonhos com dedicação e podar as más influências. Nem sempre a colheita será imediata, mas pode ter certeza: ela virá. E quando vier, que seja de paz, reconhecimento e prosperidade. Afinal, quem caminha com consciência tranquila e mantém sua essência jamais se arrepende do que plantou.
Obrigado, Senhor, por mais um ano de vida
Senhor meu Deus, obrigado por mais um ano que começa, por mais uma oportunidade de viver, aprender e crescer. Sou imensamente grato por todos os anos que já vivi, pelas alegrias que me encheram de felicidade e pelas tristezas que me ensinaram lições valiosas. Pelas vitórias que me fortaleceram e pelas derrotas que me tornaram mais humilde, agradeço por tudo, pois cada experiência moldou quem eu sou.
Agradeço pelos pais maravilhosos que me deste, pelo amor e pelos ensinamentos que recebi deles. Obrigado pelos amigos que trouxeste à minha vida, especialmente aqueles que são verdadeiros anjos, sempre ao meu lado nos momentos de luz e de sombra. Sou grato também por todas as pessoas que cruzaram o meu caminho, pelas vezes em que pude compartilhar um sorriso, uma palavra amiga ou simplesmente um olhar acolhedor.
Também quero Te agradecer pelas perdas que vivi, Senhor. Perdas difíceis, de pessoas tão preciosas que marcaram a minha história e que, mesmo ausentes fisicamente, continuam presentes em minha memória e em meu coração. Essas almas queridas seguem vivendo em mim, e tudo o que vivemos juntos me fortalece e me inspira a seguir adiante.
Neste novo ano, entrego-me completamente a Ti. Guia-me, protege-me, abençoa-me e livra-me de todo mal, de toda inveja, de doenças e de qualquer coisa que não venha de Ti. Que eu seja instrumento da Tua luz, espalhando bondade, esperança e amor por onde quer que eu vá. Que minhas ações contribuam para a minha comunidade, minha cidade, meu país e o mundo, para que a minha vida faça sentido e tenha um propósito maior.
Senhor, usa-me como um reflexo do Teu amor. Que eu possa ser Tua face para aqueles que cruzarem o meu caminho, levando palavras de conforto e gestos de cuidado. Tudo o que sou e tudo o que tenho coloco em Tuas mãos, pois minha vida, meu corpo, minha mente e meu espírito pertencem a Ti.
Obrigado, Senhor, por nunca desistires de mim. Eu Te amo.
Amém.
Respirar
Ao romper da manhã, o galo a cantar,
Os passarinhos ao céu começam a trinar.
O galo gagueja, mas, mesmo assim,
No canto da vida, sinto Deus em mim.
Pela janela, o coqueiro a dançar,
Suas folhas verdes mal querem se mexer.
Serenas, em paz, parecem sussurrar:
“Nas mãos do Criador, tudo é florescer.”
Senhor, eu te agradeço por este momento,
Por ouvir, ver e sentir o teu sopro, o teu vento.
Na natureza perfeita, tua obra reluz,
Na simplicidade, encontro tua luz.
Espírito Santo, vem e habita em meu ser,
Dá-me paz, alegria e o prazer de viver.
Abençoa-me, guarda-me de todo o mal,
De doenças, invejas e de todo o sinal.
Tu és meu Deus, meu eterno amor,
Teu filho sou eu, buscando teu calor.
Obrigado, Senhor, por mais um dia,
Por tua proteção e tua harmonia.
E assim te entrego o meu louvor,
Em cada folha, cada canto, vejo o Criador.
Com o coração grato, ergo minha voz,
Em nome de Jesus, somos todos nós.
Oração de Domingo
Deus eterno e pai amado,
Ao acordar nesta manhã e ouvir o galo cantar, os passarinhos trinar e até o galo gaguejando, sinto tua presença. Pela janela do meu quarto, vejo as folhas verdes do coqueiro, movendo-se suavemente, quase imóveis, serenas e em paz.
Quero te agradecer, Senhor, porque em cada detalhe da tua criação — nessas folhas que dançam ao vento, nos cantos da natureza tão perfeitos — eu vejo tua mão, sinto tua perfeição. Obrigado por permitir-me acordar, ouvir, ver e sentir tudo isso. Obrigado por estar comigo, por habitar em mim, Espírito Santo de Deus.
Permanece comigo, Senhor. Dá-me tua paz, tua alegria e o prazer de contemplar as maravilhas que criaste.
Abençoa-me, protege-me, guarda-me e livra-me de todo mal, de todas as doenças, da inveja, das pragas e de toda maldade. Envolve-me sempre com tua bênção e teu amor, pois eu sou teu filho, e tu és o meu Deus amado, a quem eu entrego meu coração.
Obrigado, Senhor, por mais um dia de vida, por cuidar das minhas necessidades físicas, mentais e espirituais. Em nome de Jesus, eu te agradeço e te dou graças.
Amém.
Trigo e joio
Deus é amor, é a pura verdade,
O diabo, do ódio, é a crueldade.
O homem se perde, busca o luar,
Mas sem plantar, como irá colher o pomar?
Semeamos mentiras, colhemos espinhos,
Trilhamos caminhos tão mesquinhos.
Frustrados, vazios, sem saber amar,
Mal amados, seguimos a tropeçar.
O bem luta, vence, é luz que clareia,
Enquanto o mal, na sombra, se enleia.
Engana quem finge, quem se deixa iludir,
Mas a conta da vida um dia há de vir.
Quem estás a servir? Deus ou o mal?
Na colheita da vida, és trigo ou o joio final?
Escolhe o amor, a verdade, o perdão,
Pois colhemos o que plantamos no coração.
A arte é o canto do vento,
A dança da luz no escuro,
É a alma que fala sem palavras,
É o mundo em seu jeito puro.
Nos detalhes, a beleza se esconde,
Nos toques, a vida se revela,
Para quem sente, a arte responde,
Com a suavidade que a vida vela.
Quem não vê, não sabe o que perde,
A arte é um mundo escondido,
E quem não valoriza, em sua sede,
Fica vazio, perdido.
Mas para quem tem o coração aberto,
A arte é farol a brilhar,
É a chama do espírito desperto,
Que nos ensina a sonhar.
Maravilhoso Deus
Maravilhoso Deus, eterno Pai,
Por mais um dia, eu digo: “obrigado, aqui estou.”
Por acordar, respirar e sentir,
Tua presença em meu caminho a fluir.
Obrigado pela vida, tão cheia de luz,
Pela saúde que Tua mão conduz.
Pela paz que acalma o meu coração,
E pelo amor, Tua maior criação.
Guia meus passos, Senhor, com bondade,
Renova-me com força, paz e felicidade.
Que tudo em mim seja para Te louvar,
E no Teu caminho, eu sempre andar.
Faz de mim alguém melhor, eu Te peço,
Que espalhe o bem por onde me expresso.
Que leve amor onde quer que eu vá,
Deixando luz no lugar que pisar.
Obrigado por tudo, por sempre cuidar,
Meu coração é Teu, eterno é Teu lar.
Amém, meu Senhor, com gratidão eu oro,
Pois em Ti encontro a paz que adoro.
O Fofoqueiro Bajulador
Vive perdido, sempre a observar,
A vida dos outros insiste em vigiar.
Puxa saco e bajula, com sede de atenção,
Mas só espalha inveja e frustração.
Sua língua afiada nunca sabe calar,
Critica o mundo sem nada agregar.
A própria vida, um caos, abandonada,
Segue vazia, nunca bem estruturada.
Esposa, marido, filhos deixados pra trás,
Deveres perdidos, não sabe ter paz.
Faz-se de bom, quer aplausos, vaidade,
Mas carrega nas costas a própria maldade.
Oh, alma sem rumo, por que tanto rancor?
A luz não alcança quem vive na dor.
Enquanto critica e o mundo despreza,
Afunda sozinho em sua própria tristeza.
Segue o fofoqueiro, sem norte, sem lar,
A vida estagnada, sem nunca avançar.
E a inveja que sente só pesa no coração,
Transformando em sombras sua própria ilusão.
A vida é um mistério encantador, uma viagem com passagem de ida e volta. Não sabemos ao certo de onde partimos antes de chegar ao planeta Terra, e tampouco sabemos o destino final quando chega a hora de partir. É um enigma que permeia a existência. Mas, ainda que muito nos seja oculto, há algo que todos reconhecemos: a vida é um milagre. Viver é uma dádiva, um presente belo e extraordinário.
Durante nossa estadia neste mundo dos mortais, temos o privilégio de vivenciar a obra do Criador através dos sentidos. Ganhamos pais, irmãs, irmãos e amigos. Nos conectamos com outros seres, cruzamos histórias, tocamos vidas e permitimos que toquem a nossa. Amamos, odiamos, somos indiferentes. Entre tantas interações, há momentos mágicos em que encontramos almas que despertam em nós uma alegria inexplicável, uma sensação de reencontro. É como se essas almas fossem antigas conhecidas, vindas de um mesmo lugar ou de uma origem comum, antes de nossa chegada aqui.
Essas conexões transcendentais nos fazem sentir imortais, como se existíssemos além do tempo e do espaço. As almas que nos tocam profundamente nos ligam a algo maior, algo eterno. Talvez sejam um lembrete de que, mesmo nesta viagem cheia de mistérios, há uma essência imutável que nos conecta e nos faz lembrar da beleza infinita de simplesmente viver.
A vida é linda, um grande mistério,
Uma viagem de ida e volta ao etéreo.
De onde viemos? Para onde iremos?
Nada sabemos, mas aqui estamos.
Um dia partimos, isso é certo,
Para um destino longínquo e incerto.
Mas enquanto cá estamos, no mundo mortal,
Vivemos um milagre, um dom celestial.
Nos sentidos, a graça do Criador,
Nos olhos, nas mãos, no toque, no amor.
Ganhamos pais, irmãos, amigos,
Enlaces da vida, destinos cruzados.
Entramos nas vidas, deixam-nos entrar,
Amamos, odiamos, tentamos lidar.
E há almas que tocam, que fazem vibrar,
Como reencontros de um lar familiar.
Seriam da mesma origem distante?
Fragmentos de um tempo eterno, brilhante?
Essas almas nos fazem sentir imortais,
Como se o infinito vivesse em sinais.
A vida é bela, um sonho encantado,
Um laço divino, eterno, sagrado.
E mesmo sem saber de onde viemos,
Na jornada da vida, é certo: vivemos.
Daniel
Você partiu e levou um pedaço de mim,
Deixando nos amigos a dor a se estender.
O sal da saudade molha o rosto, sem cessar,
A dor é um aperto, difícil de suportar.
Perder um amigo é um vazio sem fim,
Alguém que alegrava, iluminava nosso caminho,
Com um sorriso genuíno, olhos a brilhar,
Com um jeito único, sempre a nos encantar.
Saudade, quanto tempo sem te ver,
E agora sei que não vou mais te ter.
Talvez, quem sabe, em algum lugar distante,
Nos encontraremos novamente, se Deus assim permitir.
O mar te levou, traiçoeiro e cruel,
O mar que tanto amavas, companheiro fiel,
Te abraçou com tanto amor e calor,
E agora nos deixa com um vazio de dor.
Ficamos aqui, sem saber o que fazer,
Sabendo que não voltarás, mas sempre a existir.
Descanse em paz, amigo, onde a vida continua,
Em um lugar de amor, onde a paz jamais se perderá.
Que Deus te receba com ternura e zelo,
Onde quer que estejas, serás sempre um elo,
Na memória e no coração, serás luz a brilhar,
Te amaremos eternamente, sem jamais te esquecer.
Descanse em paz, alma pura e serena,
Com o amor à vida, sempre nos guiando,
Aqui, na terra, te manteremos vivo,
Com amor, em nossos corações, te guardaremos, imortal e querido.
Que a força que move o infinito,
Silenciosa, sublime e bendita,
Esteja contigo em cada passo,
Iluminando a estrada da vida.
Que essa luz te envolva em paz,
Que te sustente nos dias incertos,
Pois quem caminha guiado por ela,
Nunca se perde, jamais deserto.
Se o caminho parecer sombrio,
E os sonhos tardarem a chegar,
Confia no tempo, na harmonia
Que faz tudo certo se alinhar.
Ama sem medo, vive intensamente,
Espalha alegria por onde passar.
Pois quanto mais amor tu entregas,
Mais tua alma irá se elevar.
Não te prendas ao que é efêmero,
Busca o eterno, o que é essência.
Lá encontrarás tua liberdade,
A paz profunda, a verdadeira presença.
Que teus dias sejam de renovação,
E teus passos firmes na esperança.
Com a força maior em teu coração,
A vida se torna plena e mansa.
A Língua: Um Poderoso Instrumento do Bem e do Mal
A língua é, sem dúvida, um dos maiores dons do ser humano. Com ela, experimentamos os prazeres da vida, degustamos o doce, o amargo, o azedo, o quente que aquece e o frio que gela. Ela nos dá a capacidade de saborear as delícias do mundo, transformando simples alimentos em experiências inesquecíveis. No entanto, a língua vai muito além do paladar. É um instrumento poderoso que pode construir ou destruir, alegrar ou entristecer, unir ou separar.
A mesma língua que elogia também pode ferir. Aquela que abençoa pode amaldiçoar. Ela pode ser nossa maior amiga, mas também a mais perigosa das inimigas. Por meio dela, pronunciamos palavras de amor, apoio e verdade, mas, se mal usada, ela se torna um veículo para mentiras, calúnias e destruição. Muitas vezes, as palavras que saem de nossa boca têm o poder de ferir profundamente, de provocar sofrimento, de destruir relacionamentos e vidas.
E você, o que está fazendo com a sua língua?
Como diz o versículo em Mateus 15:11: “O que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.” Essa frase nos faz refletir sobre o impacto das palavras que proferimos. Elas têm um peso imensurável, e cabe a nós decidir como usá-las. A língua, quando usada para o bem, pode abençoar, promover a paz, inspirar e trazer alegria. Mas, quando usada para o mal, ela semeia discórdia, mágoa e arrependimento.
Será que suas palavras têm promovido o bem ou causado sofrimento?
É por isso que precisamos de cuidado. Muitas vezes, o silêncio pode ser mais sábio do que palavras precipitadas. Uma língua quieta e controlada é santa; ela não provoca danos, não espalha mentiras, não gera sofrimento. Mas, quando se exalta, movendo-se sem controle, pode causar reações devastadoras, tanto para quem fala quanto para quem ouve.
E você, tem usado sua língua para edificar ou para destruir?
Devemos usar nossa língua para abençoar, edificar e trazer o bem ao próximo. Que nossas palavras sejam verdadeiras, que sirvam para apoiar e confortar, para expressar amor e gratidão. Porque, ao contrário, quando a usamos para espalhar mentiras, injúrias e calúnias, ela se torna um inimigo poderoso, que destrói não apenas a nós mesmos, mas também aqueles que mais amamos.
Pense: suas palavras têm sido um reflexo de bondade ou de egoísmo?
A língua tem o poder de ser uma ponte ou um abismo. Cabe a cada um de nós decidir como usá-la. Que ela seja um instrumento de luz, um reflexo do melhor que podemos oferecer ao mundo. Afinal, é com ela que damos forma às nossas intenções, e é com ela que podemos escolher construir um legado de bondade e verdade.
E agora, ao final desta reflexão, pergunte-se: o que você está fazendo com a sua língua? Use-a para espalhar amor, paz e bênçãos. Assim, ela será não apenas uma dádiva, mas uma fonte inesgotável de alegria e significado para você e para todos ao seu redor.
Quem é você? Você sabe?
Você já parou para refletir sobre o que está fazendo neste mundo? Qual é o seu propósito aqui? Você sabe que não levará nada desse lugar para o próximo? Tudo o que acumulamos — bens, poder, status — será deixado para trás. Mas e depois? O que virá? O que sobrará de nós além de memórias e ações? Você já se perguntou como era antes de você chegar aqui? Será que você tem vivido como um ser humano genuinamente humano?
Essas perguntas nos convidam a olhar para dentro. Quem somos de verdade? Somos justos ou injustos? Fazemos o bem ou o mal? Vivemos de forma correta ou enganamos a nós mesmos e aos outros? Neste ano que passou, o que você fez de significativo? O que você construiu em sua vida e na vida daqueles ao seu redor? O que você ofereceu ao próximo, à sua comunidade, ao planeta? Você contribuiu para um mundo melhor ou apenas passou por ele?
Pense na sua rua, no seu bairro, na sua cidade, no seu país, no mundo. Como você interagiu com tudo isso? Que impacto você deixou? A sua presença tem feito diferença para alguém? Você tem ajudado a cuidar da natureza, do ambiente que te sustenta?
Agora olhe para dentro. A sua vida tem valido a pena? Você sente que está vivendo com propósito? Seu coração está leve? Sua alma flutua em paz? Ou você carrega pesos que te prendem e dores que te angustiam? Quem é você, no fundo? Você sabe?
Essas são perguntas que apenas você pode responder. Elas nos desafiam, mas também nos guiam. Refletir sobre elas pode ser o primeiro passo para viver com mais verdade, mais compaixão, mais humanidade. Quem é você, verdadeiramente? E quem você quer ser?
Hoje é um dia especial para o mundo: celebramos os 88 anos de vida da Vossa Santidade, Papa Francisco. Com imensa gratidão, elevamos nossas orações ao céu, pedindo que Deus o abençoe com muita saúde, paz, amor, alegria, fé e esperança. Que o Senhor continue a conceder-lhe força e sabedoria para conduzir a Santa Igreja Católica, com discernimento e serenidade, guiando os fiéis no caminho da luz, do amor, da paz e de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Agradecemos pelo imenso bem que o senhor tem feito, não apenas à Igreja, mas ao mundo inteiro, unindo católicos e não católicos sob os valores do Evangelho, da fraternidade e da compaixão. Que este novo ciclo de sua vida seja repleto de bênçãos e que sua missão seja sempre fortalecida pela graça divina.
Receba o nosso abraço fraterno, Santo Padre. Nós o amamos, rezamos pelo senhor e agradecemos por sua dedicação e pelo amor incondicional ao próximo. Que Deus o proteja e ilumine hoje e sempre!
Uma flor
Uma flor, um suspiro de esperança,
Uma vida que se ergue, uma luta que avança.
O amor é infinito, em seu puro ser,
Pois sem ele, tudo deixa de florescer.
Sem amor, a flor não nasce,
A esperança se apaga, o sonho se desfaz.
Sem luta, não há a chance
De vencer o que o coração traz.
Tudo acontece quando o amor guia,
Transformando o impossível em realidade,
Que o amor seja sempre a harmonia,
A luz que faz florescer a verdade.
O Fardo do Deslumbramento
Não há coisa mais triste, mais cansativa,
Que quem só enxerga a si e à sua vida.
Com filhos em volta, poses sem calor,
Vestem a cafonice como um manto de valor.
Imaginam que tudo ao seu redor conspira,
Que o mundo inteiro ao seu ego respira.
Falam de si na primeira pessoa,
Mas o vazio por dentro é o que ecoa.
Dependem dos outros, sem sequer perceber,
E pensam que todos precisam os merecer.
Ouvem a si mesmas, em seu tom altivo,
Mas são cegas ao que é realmente vivo.
A boca fala mais do que os olhos veem,
Os sentidos menores, as palavras não têm.
Esquecem do mundo, da beleza que é real,
Prendem-se num ciclo de um brilho artificial.
Acham-se o centro, o eixo, o tudo,
Mas vivem num sonho pequeno e miúdo.
E enquanto o universo respira e avança,
Ficam imóveis, perdendo a dança.
Ah, como é triste essa prisão de espelhos,
Onde o único reflexo é o próprio conselho.
O mundo é vasto, mas não podem ver,
Pois acreditam que giram sem nada a aprender.
O Fardo do Deslumbramento
Não há coisa mais chata, mais enfadonha,
Que quem se deslumbra com sua própria vergonha.
Com os filhos, as poses, a cafonice ao redor,
Acham-se estrelas, mas brilham sem calor.
Acreditam que o mundo a seus pés gira,
Que tudo lhes deve, que tudo conspira.
Adoram falar, o ego em combustão,
Mas nunca escutam outra voz, outra razão.
Dependem de todos, mas não querem notar
Que são as correntes que não deixam voar.
Acreditam que os outros são meros satélites,
Enquanto desfilam seus dramas patéticos.
A boca, um vulcão, mais barulho que verdade,
Cega os olhos, os ouvidos, a sensibilidade.
Não enxergam o simples, o belo, o discreto,
Pois o espelho é seu único dialeto.
Acham-se o centro, o sol, o universo,
Mas vivem confinadas no seu próprio verso.
Deuses de si mesmas, tão frágeis, tão sós,
Esquecem-se do mundo, do eco de outras vozes.
Ah, que pena, que peso, que sina cruel,
Ser prisioneiro do próprio papel.
E enquanto o mundo dança, vasto, diverso,
Perdem-se no labirinto do seu mundo inverso.