Coleção pessoal de Natalilopes

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Tenho tido grandes experiências, proporcionalmente dolorosas de fato. Esbarrei por vezes em meus conceitos e preceitos. Desfiz velhos paradigmas e ajustei algumas idéias que já tinham me ultrapassado. Me estranho a cada dia mais. É como se eu tivesse passado um longo tempo adormecida e agora acabara de acordar. Tudo mudou a minha volta e minha visão de mundo deu um 360º. Agora eu olho os dois lados da pista antes de passar. Também tenho tido mais cautela o que tem sido grande aliada ao turbilhão que atordoava a cabeça inquieta. Eu que andava olhando pro alto, dessa vez optei por olhar à frente. Já meus pés, esses tocam o chão, é curioso que um deles tem uma grande tendência a permanecer atrás. Os dias tem passado rapidamente e permanece uma vontade toda bonita de crescer. Evoluir e sair dali. Mas não tenho mais pressa, já percebi que o que tiver de acontecer, será na hora certa. Minha Mãe certa vez me contou que pra tudo eu tinha uma hora certa. E por mais que ela tentasse nada adiantava. Vejo que as coisas continuam assim. Os caminhos se tornaram maiores e como nada é fácil, a estrada anda um tanto pedregosa. O que não é problema, logo que garanti meus passos firmes. Sinto que o silêncio ainda me deixa constrangida, mas não tenho vontade de esboçar uma só palavra. Meu íntimo ainda não se sente confortável. Aos poucos vejo que certas mudanças não foram de todo mal. AmaDURECIMENTO!

Duas tangentes iguais até o ponto que se permitiram mudar, ou que não mudaram. Pessoalmente, percebo que apenas uma mudou, enquanto a outra se conservou intacta até nas maiores tempestades da vida. Aonde encaixar as lembranças remotas e recentes sem ao menos sentir um vazio que seja, por não ter feito acontecer, por não ter feito ... apenas viver ? Eu reclamo da vida, do todo, de tudo, somente por ter deixado passar, e ter deixado de somar .Subtraí das esquinas dos meus pensamentos, vontades, anseios e até pesadelos. Me entorpeci, me deixei esquecer, para menos sofrer. Sem sucesso, perdendo já as vezes de reclamar dos revezes. Eu queria somente acreditar e parar de sonhar ... sabe, acontecer. Eu poderia ser uma cega ou me fazer de uma só pra não te encontrar. Tenho criado várias barreiras anti-vulnerabilidade, obstáculos para tornar mais difícil o sucesso das tuas investidas e tenho tido bons resultados. A cada noite, eu traço rotas de fuga, planos para te despistar e penso em novos esconderijos. Recuo, a longo prazo, de nossa guerra particular, não cogito a idéia de contra-atacar. Somos o passado e o futuro eqüidistantes, como sombras de um mesmo corpo. Contra a luz, semelhante essência. Somos ângulos iguais, em alturas diferentes e ainda, a mesma estatura de alma com pensamentos distintos. Edificadas pela atuação do tempo, da distância, e da linearidade da vida. Uma de nós ficara estacionada em lembranças, e esquecida por vezes reduzidas; enquanto a outra continua seguindo adepta a novas mudanças, munida de instabilidade. Como é viver sem lembrar?