Coleção pessoal de NataliaMadeira
Você me deixou aqui, sem nem ao menos dizer a razão da sua partida, e eu fico pensando: o que fiz de errado?
Tudo parecia tão bem e de repente você decidiu ir embora.
Houve um tempo em que eu quis você com tanta intensidade, mas finalmente passou e no fundo eu sabia que passaria, por que o que eu sentia não era paixão, muito menos amor, longe disso, sabe o que eu sentia por você?
Cisma, era isso, sabe quando somos crianças e queremos de qualquer modo um brinquedo? Poi bem, era exatamente isso, claro que na época eu não via com tanta clareza e cheguei a acreditar que estava me apaixonando por você e por esse motivo eu fiquei tão mal quando fui rejeitada, só hoje entendo que o que me deixou triste, foi EGO e não sentimento, puro orgulho ferido.
As lágrimas brotam compulsoriamente em meus olhos, sem eu nem saber direito como e qual o motivo desse meu pranto.
Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei...
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos.
Encarar a vida pela frente, sempre. Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é. Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é. E depois deixá-la seguir. Sempre os anos entre nós, sempre os anos. Sempre o amor. Sempre a razão. Sempre o tempo. Sempre as horas.
Se você não contar a verdade sobre si mesmo, você não pode contar a verdade sobre as outras pessoas.
Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título.