Coleção pessoal de naohc

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Encontro-me com os olhos vermelhos,
Teu coração foi-se embora do meu posto.
Repito várias vezes sob domínio do álcool,
Que vivo a minha vida num eterno desgosto.
Choro toda hora do dia,
Não se salva nada que se preste.
Estou me vendo no fundo do poço,
Onde agora, só me salva a cipestre.
Eu vivia sob a ilusão de ter você,
Sem saber que desde lá eu estive só.
O sentimento maior que havia, foi,
E hoje em dia de mim sinto dó!
Não, claro, nunca duvidei de tua palavra,
Nunca disse que não era verdade.
Meu amor próprio tem se acabo,
Parei! Pois de mim tenho piedade.
Queria que soubesse que ainda sofro,
Lastimável é isso de amar.
Sei de que nada adianta dizer,
Mas pra mim só sobrou o pesar.
~
Por passos calmos, frios,
Ando em direção do banheiro.
Acabar de uma vez com isso tudo,
Ver-me longe desse mau cheiro.
Choro, magoado com essa vida,
Que de patife só me fez sangrar.
Sangro pela última vez nela,
E digo que agora irei me matar.
Adeus amigos queridos de viajem,
Que tenham pena desse meu pobre corpo.
Teu amigo tantas vezes ignorado,
No banheiro de casa se encontra morto.

Já estou me sentindo vazio,
Tudo que veio, virou uma dor.
Preciso fazer o que eu mais gosto,
Que é escrever algumas linhas de amor.
Que amor é esse que eu escrevo?
Nele às vezes fico perdido.
Sinto-me tão bem quando vem,
Mas quando vai eu fico ferido.
Vem leve, gostoso e sereno,
Feito o vento que toca meu rosto
Mas dói saber que o seu sonhado amor,
Está em algum lado oposto
Sinto-me o mais insignificante,
Por perto de ti eu não estar.
Odeio toda essa distância,
Que me impede de te tocar.
Sinto-me tão imprestável.
Perco-me, e me acho um palhaço.
Sinto-me um completo nada,
Por não poder te dar um abraço.
Queria ver você todos os dias,
Permanecer neles só contigo.
Queria te dizer o quanto amo você,
Assim, ao pé do teu ouvido.
Tenho tanto pra falar pra ti,
O amor por você não se mede.
Posso não demonstrar tudo isso,
Mas a te amar, NADA me impede.

Não durmo, não consigo. Não sei,
Tenho dúvidas a quase todo momento.
Coisa que se fez escuridão de repente,
E que toma conta de mim por dentro.
Vazio eterno, duradouro. Chato.
Que já virou coisa dessas casas.
Antes dele eu costumava ''ter alguém'',
Mas seu sentimento morreu. Bateu asas.
De mágua meu coração é cheio,
Percebi de que nada vale o sentimento.
Sei sofrer por um sopro alheio,
Minha vida é na linha tênue do lamento.
Bonito, sincero. Hoje, inválido,
Percebo que mesmo parado, cresce a distância.
E isso aumenta e me mata aos poucos,
Mesmo sabendo que é uma total discrepância.
Dúvida, não quero, mas a tenho,
Você mudou de mim; e isso eu reparei.
Não mais diz frases bonitas, acho que já esqueceu,
Mas, não chorar de novo só, tentarei!
Te amo, te amarei. É, em vão,
Quis, resisti. Perdi.
Parar acho que é o mais certo,
Ou então, direi que novamente sofri.