Coleção pessoal de nandomontuan
Eu só queria poder ter a certeza de que, não importa o tempo que passar, você estaria para sempre em meus pensamentos. Mas minhas certezas andam tão falhas ultimamente. Jurei pra mim mesmo naquele dia que nunca iria te esquecer. Mas hoje, tenho medo de acordar e não me lembrar mais de você...
Passamos nossas vidas inteiras tentando acordar do coma que nos prende em nossas ilusões, mas, quando acordamos, percebemos que já é tarde demais, que somos fracos demais, e que a tão desejada e verdadeira realidade, não é tão boa assim como parecia em nossos sonhos.
De que vale a liberdade se não temos nada pelo que viver ou morrer?
[...] As fotografias estão aqui como provas do nosso fracasso. Ou melhor, do meu fracasso. Você olha para as fotos antigas e nem sequer se reconhece mais. E nenhum dos outros inúmeros rostos ali presentes lhe parecem mais familiar...
Talvez essa seja a maldição dessa nossa geração, o preço a se pagar por nosso infinito anseio. Nos tornamos os donos do mundo, mas ainda sim, nada parece realmente nos pertencer. Jamais estaremos satisfeitos...
[...] É questão de ser e poder sentir que você é maior que o próprio infinito. De acordar dia após dia e sentir que, apesar de tudo, tua alma ainda permanece viva.
Ninguém pertence a ninguém
As pessoas entram na sua vida quando têm que entrar
E saem quando precisam partir
O amor habita e faz morada em nosso ser
E quando sentimos o amor em sua essência
Ter companhia passa a ser uma escolha, e não uma obrigação
É irônico ver que com o passar do tempo as pessoas vão morando mais em caixas, fotos, canções e folhas de papel do que realmente ao teu lado. Vão morando muito mais na memória do que no presente. Se isso é comum? Se tudo com o passar do tempo acaba simplesmente em meras lembranças empoeiradas no fundo de uma gaveta qualquer? Pode ser que seja, mas mesmo assim isso tudo ainda é tão irônico...
Acendeu um cigarro e pulou do sexto andar, achou que suas ilusões iriam lhe salvar. Mas isso não aconteceu...
Eu já sabia qual era o final daquele livro, já o tinha lido a algum tempo atrás. Mas, por algum estranho motivo, decidi que queria viver tudo aquilo por mais uma vez. Não havia muito sentido no que eu estava fazendo, afinal, eu já sabia como as coisas iriam terminar, e o desfecho daquela história não era um dos mais felizes, mas, de certa maneira, apesar de tudo aquelas páginas conseguiam me fazer sorrir... Talvez fosse isso... Elas me faziam sorrir...
Eu vivo um refrão antigo, feito às pressas, plágio de uma bela melodia. Eu vivo um sonho toda noite, eu vivo a noite todo dia.
As pessoas se vão...
Perdem-se na lembrança, misturam-se com o tempo, tornam-se passado.
Se vão caladas, perdidas, sozinhas... Acostume-se com isso...
As pessoas se vão...
E, um dia, eu também irei...
Doses massivas de morfina já não acabam mais com a dor, se embriagar já não o faz esquecer de suas amargas lembranças...
Olhar pro céu e falar "Foi graças a Deus" é fácil. Quero ver é olhar pros lados e enxergar todas as pessoas que lutaram por você e te ajudaram em cada obstáculo superado.
"E mais vez aquela velha história. Mais uma garota qualquer na minha cama, no meio das minhas coisas. Como uma reprise distorcida daquele sorriso..."
Encontraram-se no metrô. Olharam-se nos olhos. E nunca mais se viram...
Talvez a vida se resuma a isso, em breves amores de metrô. Enquanto vemos o mundo passar entre o andar das estações...