Coleção pessoal de NalvaSol
Que amor é esse ?
Pra ser sonhado,
pra ser poesia...
Preenche as lacunas
da folha,mas a alma
Continua vazia !
Não deixo você ir
e você me segura...
Amor de toques em pena,
onde as emoções
se tornam poemas !
Por amor a nós...
Ou pela literatura ?
Que amor é esse
por nós inventado ?
Qual dos seus "eus"
se sente amado?
Até quando essa
desventura ?
De eu e você
só na assinatura !
Eu te amo
Você me sabe antes de me conhecer;
Eu te esperava sem saber que existia...
Te recebo como a luz do meu viver,
e te dou o resto dos meus dias !
Que amor esse?Não sei,nunca senti !
De outras vidas,talvez...sintonia!
De alma,afinidade,a Lei (...)
Nada que se compare ao que há!
Amor divino,amigo,excelso!
Dos que não precisa se tocar;
Nem estar no mesmo espaço...
Amor além do tempo,amor além-mar!
Adeus
Sei de teus caminhos,
conheço todos teus medos,
quando te ofereci meu colo
descobri os teus segredos!
O que te alegra,te faz rir,
tuas saídas e escapadelas,
as ironias e as quimeras;
Tudo que diz não sentir!
De tuas formas tão belas,
nem precisava saber...
Porque senti muito mais,
e bastou pra te entender !
Amor amigo
Quando você chegou,
minha vida se fez festa,
meu mundo sorriu em flor...
Me vi através de você,
e senti o que se diz amigo-amor!
Tive-o em minhas mãos e em suas mãos
cá estou...[coração]
Num trago de te beber,no segundo de te
provar...[auge da amizade]
Escorres entre meus dedos, não posso
te segurar...[livre]
Tecemos uma grande amizade...
No ato de se tocar![aura]
Diz que me vislumbra e eu te digo:
-Me transponha,me decifre...[confiar]
Há partes em mim que ainda desconheço
e só você sabe que há!
Mais que um vislumbre,queria eu te
deslumbrar ! [te amo amigo]
DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
O poeta é acima de tudo um observador...
Se não conseguirmos ver poesia em tudo,então não somos poetas!
Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova quando
chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de
grandes chuvas e das recordações da infância.
Preciso de um amigo para não enlouquecer, para contar o que vi de belo e triste
durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças d´água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Preciso de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já tenho um amigo.
Preciso de um amigo para parar de chorar. Para não viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que bata nos ombros sorrindo e chorando, mas que me chame de amigo, para que eu tenha a consciência de que ainda vivo.