Coleção pessoal de Najika

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Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã.

Amigo,
Estamos distantes e, ao mesmo tempo, tão perto.
A amizade que nos une pode vencer todas as distâncias.
Ela, sim, é mais forte que o tempo. Ela, sim, poderia atravessar
a imensidão do espaço e transcender os limites da vida.
Sim. Como ela é forte, pois essa amizade nada nem ninguém destruirá.
Que perdure enquanto as nossas almas existirem.
Que nem a distância, nem o tempo e nem mesmo
os nossos erros terminem a nossa amizade.

Nada é mais valioso do que ela.

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Se você estivesse levando a sério as minhas brincadeiras de dizer verdades, você teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando.

Sorria, embora seu coração esteja doendo, sorria, mesmo que ele esteja partido, quando há nuvens no céu você sobreviverá...

Seu coração não é estrada para passeio de muitos. Seu coração é lugar que só fica quem faz por merecer.

Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas idéias e a nobreza dos seus ideais.

Amo o público, mas não o admiro. Como indivíduos, sim. Mas, como multidão, não passa de um monstro sem cabeça.

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.

Algumas pessoas entram em nossas vidas e partem rapidamente. Outras ficam por algum tempo e deixam pegadas em nossos corações, e nós nunca mais seremos os mesmos.

Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Amar o perecível,
o nada,
o pó,
é sempre despedir-se.

Como me sinto? Como se colocassem dois olhos sobre uma mesa e dissessem a mim, a mim que sou cego: isso é aquilo que vê, essa é a matéria que vê. Toco os dois olhos sobre a mesa, lisos, tépidos ainda, arrancaram há pouco, gelatinosos, mas não vejo o ver. É assim o que sinto tentando materializar na narrativa a convulsão do meu espírito, e desbocado e cruel, manchado de tintas, essas pardas escuras do não saber dizer, tento amputado conhecer o passo, cego conhecer a luz, ausente de braços tento te abraçar.

Dez Chamamentos ao Amigo

Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse.

Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.

Te olhei. E há um tempo.
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.

Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

É bem difícil descobrir o que gera a felicidade; pobreza e riqueza falharam nisso.

Sou um coração batendo no mundo.

Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.