Coleção pessoal de muthinewamba

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O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.

Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem.

Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.

Aprendi que numa briga eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.

Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

Oh profundo abismo movel
Que usas nossos proprios pes
Para deambular de les-a-les
Espalhando teu amargo fel

Oh praga que nos ameaca.
Prazer que na cama nos desgraca
Tu que te moves sereno
Transportando mortifero veneno

Oh vazio que nos pariste
Tu que na imundice nos cuspiste
Por que vem e nos engoles
Na barriga das paixoes moles

Oh ardente fogo de enxofre
Por ti o homem chora e sofre
Para ganhar o sofrimento
E o divino julgamento.

Oh abismo movel
Que usando nossos pes
Deambula de les-a-les
A espalhar teu fel.

Oh prazer que nos ameaca
Praga que nos desgraca
Tu que te moves sereno
No perfeito corpo veneno

Oh vazio que nos pariste
Tu que outrora nos cuspiste
Por que hoje nos engole
Na barriga do prazer mole?

Oh ardente fogo de enxofre
Por ti o homem sofre
Noite e madrugada adentro
Procurando o teu epicentro

Oh segredo indescurtinavel
Oh mare inavegavel
Que ganhamos de ti afinal
Alem desta dor infernal?

Oh fonte de ais eternos!
Os homens sao todos subalternos
Por causa do fogo escondido
Entre as pernas deste ser desinibido

Vai decalcado neste soneto, o pedaco
D'alma, violentada pela vergonha
Que engravidou o pardo papel almaco
Nos emprestimos da arte de Noronha.

Sem ter como fingir o nitido traco
De tristeza deste ser, que sonha
O que cedo se transforma em estilhaco.
Digno apenas de uma vida tristonha.

Nao fosse a poesia, enorme o suficiente
Para juntar no meu subconsciente
Os retalhos do meu coracao derrotado

Talvez desabasse desfeita meu futuro
Que nao se distingue do apurro
Que fez de mim este pobre coitado.

Vai decalcado neste soneto, o pedaco
De uma'lama violada pela vergonha,
Que engravidou este branco papel almaco
Por emprestimos na arte do Noronha.

Sem poder sequer fingir o nitido traco
Da tristeza deste ser, que todas noites sonha
O que em dia se resume em estilhaco
De uma esperanca nao menos tristonha.

Nao fosse a poesia, enorme o suficiente,
Para enjaular nas celas do subconsciente
Os retalhos de um coracao , ja nao meu

Talvez desabasse o proprio futuro
Unica luz que me mantem seguro
Da ressureicao da moral que agora morreu.

De natureza, o homem e' tao taciturno,
Que ate se deixa levar pela emocao
De migalhas de um prazer nocturno
Que depois cela o seu proprio caixao.

Pior que isso e' num outro turno,
Ver amigos que num forte discussao
Deixam de fazer algo oportuno
Para brigam pela mesma perdicao.

Ou ha nisso uma outra explicacao,
Diferente da irracionalidade
Que caracteriza este grande bichao?

A existe, creio que na verdade
Me enganei sobre a criacao
Quando aceitei que era uma beldade.

o amor sincero e' mortifero, mas, quem merece a vida afinal sem razao para morrer?

Amo-me a mim próprio demasiado para poder odiar seja o que for.

Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?

Há pessoas que amam o poder, e outras que têm o poder de amar.

Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.

Tarde demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-lo, amei-o.

O que fala semeia; o que escuta recolhe.

Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.

maos rijas de mocambicanos
que amassam o barro dos pantanos
maos que moldam com dinamica,
a vida, em artes da ceramica

maos que abracam enxadas,
maos por vezes inchadas
maos de combatentes da pobreza
mao que reinventam a certeza

maos de operarios
aqueles cujos horarios
sao violados pelo patrao
mas nunca recebe gratificacao.

Maos do professor, nas maos do opressor.
Maos do medico, maos do indico.
Maos lutando pela mesma causa,
sem salario justo nem pausa.

A amizade, so e' amizade,
Quando, entre amigos
existir, mais cumplicidade
mesmo em grandes castigos.

E' um pacto de irmandade,
Quando enfrentam perigos.
E no tempo de calamidade,
Partilham os mesmos figos.

Cordas da mesma guitarra
Sao os amigos verdadeiros
E abracam a diciplina da varra

Sao grandes companheiros.
Um, na mao doutro agarra,
E vivem sonhos porreiros.

VELAS DA ALMA

Nao namore uma mulher
Se nada com ela quer
Nem pise o sentimento dela
Se quiser que a vida seja bela

Nao deixe que teu amor acabe
Se nao quer que tudo desabe
Quando o amor por ela morre
Ela tomba feito uma torre

As mulheres sao perolas
E nao elas bolas.
Entao nao lute para ir a final,
Se nao quiser se dar mal

Sao velas das nossas almas
Rosas nas nossas palmas
Nao deixe se apagar sua luz
Nem a beleza que nos seduz.

VICTORIA

Se tao somente
Me pudesses explicar
Por que simplemente
Te recusas em me amar

Se me dissesses francamente
Por que nao te posso namorar
Talvez buscasse internamente
Uma forca para suportar

Mas se me vieres com a velha historia
De que existe outro na parada
Nao te prometo tregua minha amada

Enquanto nao me deres teu coracao
Continuarei nesta obsessao
Ate seres minha Victoria.