Coleção pessoal de Munykemelo
Aprender a sentir o calor
A não levar a vida tão a sério
Mas mesmo assim ter a certeza
Que cada novo dia é um privilégio.
E se discordar do que eu digo
Ignore que um dia escrevi
E encerre meu livro.
Aprender a se amar
em cada mudança
a cada transição
a cada quebra após a decepção
Aprender a se amar e se deixar amar
Independente do que for
Na angústia e na alegria
Em todas as formas de amor
Aprender a crescer consigo
Buscar o paraíso
Mesmo quando no inferno
Sentir que não tem mais riso
Aprender a sentir o calor do sol
A não levar a vida tão a sério
Mas mesmo assim ter a certeza
Que cada novo dia é um privilégio.
E se discordar do que eu digo
Ignore que um dia escrevi
E encerre meu livro.
Existe um mal reforçado pela ignorância que é difícil de exterminar, as sombras que existem em nós se exteriorizam em meio ao desconhecido e o ódio que o desconhecido pode causar inflama os corações daqueles que são covardes demais para buscarem o conhecimento.
Bruciare, A Lenda.
Quando um ser humano está tão disposto a sofrer, isso chama a atenção dos deuses. Quando essa dor vem com sacrifício de sangue, o próprio Satã inclina seus olhos para observar.
O que um ser humano poderia fazer para chamar a atenção do rei do inferno? Dizem que pessoas assim se transformam em demônios, ou algo pior.
Mas o quê poderia ser pior?
Obra: "Bruciare, A Lenda", Munyke Melo.
CAPÍTULO 1, PARTE 1
Qual a sensação de sentir-se vivo? Li outro dia que o coração acelera, o estômago embrulha, dá uma vontade de vomitar, eu acho, a pele fica sensível e arrepia, os olhos enchem d'água. Apesar de parecer algo terrível dito assim, juram que é uma sensação libertadora, e é disso que eu precisava, me libertar. Me libertar dos demônios que se escondiam embaixo das minhas unhas como a pele de um assassino o qual colocou suas mãos em volta do meu pescoço, lutei pela minha vida, em vão, ele me olhava nos olhos e se sentia Deus, com os joelhos ao lado da minha cintura. De repente, tudo foi ficando meio embaçado, de repente não doía mais, de repente o fim. Não, meus demônios não são a pele embaixo das unhas, são o próprio assassino de olhar frio e assombroso, sentindo-se Deus sobre minha vida. Tanto faz, nunca fui bom em analogias e quando reflito, me perco em meio às partes mais sombrias de mim mesmo.
Engraçado como os momentos em que nos sentimos mais vivos, geralmente antecedem a nossa morte, é como se a vida toda fosse um "quase" e a morte fosse o finalmente.
— Munyke Melo, no livro "Asfixia: A historia de um assassino" ( Lançamento em breve. )
A lua reinava nos céus e eu reinava na escuridão da floresta. Minhas risadas ecoavam pela floresta como um trovão. No começo eram gargalhadas incontroláveis, então sua intensidade foi reduzindo até finalmente se tornarem apenas um sorriso. Não sei quanto tempo passou até o silêncio se instalar na floresta. Quando tudo se aquietou, pude ouvir os batimentos acelerados do meu coração, o silêncio gritava na mata sem fim, o vento dançava sobre as folhas e cantava uma canção melancólica, senti um desconforto, uma sensação de medo. Olhei para o lado, lá jazia o corpo de uma moribunda, a garota branca como papel, de rosto fino e traços suaves me encarava, seus olhos petrificados e sem vida, eram como a sentença de um juiz. Sentei num pulo, pude jurar que os olhos dela se mexeram.
— Munyke Melo, no livro "Asfixia: A história de um assassino." ( Lançamento em breve.)