Coleção pessoal de melcoutinhoo
Que o espírito natalino tome conta de vossos corações; que você se preencha de amor. Essa palavrinha que unifica todos os sentimentos benéficos à existência. E que essa data perdure no teu Ser todo o resto do ano.
Tenha um feliz Natal!
Gratidão à vida e todas as suas vertentes que possibilitam infinitas
oportunidades de aprendizagem a cada amanhecer.
Ela sabia o que tinha que fazer. Porém, sua racionalidade perdia fácil para sua emoção. Fazer coisas por impulso não estava em seus planos, nem muito menos se apaixonar em pleno último ano do colegial. Ninguém escolhe quem ama, e nem quando amar. Não conseguimos estacionar sentimentos já criados, além do mais quando é referido ao amor. A coisa mais abstrata e tão sentida ultimamente - dizem os apaixonados. Ser feliz era o que ela mais queria, e ter um amor - finalmente - correspondido nessas horas, poderia ajudá-la para que ela enxergasse a vida com mais pigmentos, a não ser o rosa da parede de seu quarto, e a escuridão - que se encontrava - seu pobre coração. Ele veio como um farol, iluminando seus passos, deixando seus sentimentos às claras. Fisicamentes eram opostos, mas quem se importava com isso? Em regra de sentimentos, ninguém negava que eram compatíveis. O que mais ela queria? Desejar amor eterno é uma ironia com os trabalhos do destino. Ninguém poderia prever o amanhã, a única opção era aproveitar "o hoje". Foi o que ela fez.
Ela admite. Não foi amor à primeira vista. Nem em segunda. Nem pela terceira. Ela foi a típica garota teimosa que não queria entregar seu coração nas mãos de um novo cafageste. Jurou a si mesma não entregar seu coração de bandeja - que até então - encontrava-se em pedaços. Pensou que ele seria só mais um dos caras que passaria pela sua vida sem deixar rastros - porém com cicatrizes. O destino mais uma vez a mostrou que estaria errada. Passaram momentos felizes, e como qualquer outro casal normal, tiveram momentos conturbados na relação. Momentos esses que abalaram as estruturas - junto com os sentimentos criados. Angústia e decepção fizeram parte daquele dia. Só ela sabe o quão sofrer ele a fez. Lágrimas e insônia a fizeram enxergar que ninguém pode dar certezas de seus sentimentos, a maioria das pessoas gostam do que não tem, do que não possuem. Adoram essa tática de conquista, e quando conquistado o objetivo, fazem questão de ferir seus sentimentos, lhe mostrando o quão idiota você é, por acreditar em falsas palavras, que te faziam sonhar acordada.
Depois de noites sem dormir, ouvindo apenas o som da chuva cair lá fora, junto com seu cobertor, que até então era seu único companheiro, lembrar do tom da sua voz, da sua pele na dele, daqueles lindos momentos que juntos passaram, deram lugar a um novo pensamento sobre seu garoto: dar uma segunda chance. E se agora der certo? Ela acreditava que tudo nessa vida merecia uma segunda chance, dependendo da gravidade do problema, é claro. Analisada a situação, chamou-o para uma conversa. Ele com seus pedidos de desculpas, lhe dizendo o quanto a amava e que não queria perdê-la, ela deixa escapar a coisa que dias atrás lhe parecia impossível: um sorriso. Ele entende o ato, e logo diz que nunca a fará chorar. Palavras em vão.
Só bastava um olhar para ela saber que o que ele falava era verdade. Lágrimas caiam de seus olhos, pois ela não tinha certeza da sua tentativa falhada de desvendar seus sentimentos. Garotas apaixonadas são tontas, bobas, e todos os outros adjetivos de uma garota frágil, que se deixa levar por qualquer frase feita de um garoto experiente no assunto, além do mais quando ele é 3 anos mais velhos que você. Com ela não foi diferente, deixou se render pela paixão e lhe deu uma nova chance. E se agora der certo? Ela não sabe a resposta, mas com o tempo, quem sabe?
Odeio ter que saber que somos apenas amigos, mas você até isso evita.
Sei que por um momento fiz parte do seu mundo, mas você insiste em me tirar dele.
Estou cansando de lutar pelo seu amor, talvez mesmo você não seja digno do meu amor... Mas meu coração é burro e não entende isso.
Os fáceis de ser conquistado? Sinto nojo. Os que me fazem sentir saudade e nem lembra da minha existência? Amo. Masoquista eu? Talvez.
Queria poder dizer que não te amo, mas infelizmente não é isso que meu coração sente. De alguma forma acabo demonstrando isso, e você finge que não vê e simplesmente vira o rosto. O desprezo é o pior dos sentimentos, e você domina-o bem.
Por favor, não deixe que eu sinta ódio de você. Mas você insiste.
Talvez você não mereça mesmo o meu amor, mas meu coração é burro e não entende isso.
Saudade. Palavra difícil de ser entendida.
Tenho saudades de momentos que valerão apena ser lembrados.
Saudade das pessoas que até agora já passaram pela minha vida.
E agora?
Só restou a saudade...
Tenho saudades das pessoas que amo, e sei que por mais que o tempo passe, nunca vou esquecê-las.
Só lembranças, e acompanhada com ela...
a saudade.
Ela odiava ter que admitir isso, mas ela o amava. E o pior, ele sabia e não fazia nada para amparar a dor - e o sentimento - que ela sabia que existia.
Ambos eram inseguros quando o assunto era amor, eles não tinham muitas experiências, embora ele sabia como a deixar balançada - ele era bom de fazer essas coisas, não precisava fazer nenhum esforço para deixar o pobre - e burro - coração da garota acelerado.
Seus olhos eram um enigma, escondia o maior dos sentimentos - e ela amava a tentativa de desvendá-los. Aquele sorriso era encantador, seu olhar penetrante, ele - realmente - tinha todas as qualidades que um garoto poderia ter para conquistá-la.
Ele era diferente e igual a todos os outros, mas não costumava ser o tipo conquistador, sua pele era naturalmente rosada e, ao contrário dos outros, ele tinha sentimentos. Ela amava tudo isso. Isso era claro.
Seu olhar frio e ao mesmo tempo penetrante em direção à garota relatava o que ela mais temia: ele não a amava. Admitir isso não foi uma das tarefas mais fáceis - nunca é - a se aceitar, afinal ele era seu primeiro e, - até então - único amor.
E o que ela poderia fazer diante de uma situações dessas? Nada. A não ser a aceitar as ironias do destino.
Meu pensamento flui com um só destino. Não tenha dúvidas de que é ao seu encontro. Sim, aquele que me tira de órbita com um único sorriso, que me deixa sem ar com um único abraço, que me deixa confusa com aquele olhar indecifrável, que me enlouquece com aquele mistério...
Simplesmente aquele que me faz feliz só pelo fato de existir!
Ainda não sei a definição dos meus sentimentos quando se refere a você. Amor ou ilusão? Ódio ou paixão? Você que sempre esteve tão perto, e eu sempre fiz questão de ignorar sua presença. Coisa minha, não queria me apaixonar por caras como você. O ogro e a garota romântica – não que eu esteja me auto denominando como a vítima da história, esse não era o meu papel – uma pessoa tão cheia de complexos e defeitos de fabricação não poderia roubar meu coração. Não mesmo. Ou poderia? Talvez sim, a essa altura não responderia pelos meus atos, de repente a vista foi embaçando, fiquei cega de paixão. Não, eu não poderia. Porque logo por você? Isso é contra minhas vontades e a favor do meus sentimentos, mas... não poderia estar acontecendo. Poderia. Aconteceu.
Você é o tipo certo de cara errado, eu sei. Mas sabe meu coração? Ele é do tipo burro!
- Eu te amo. Amo. Amo...
Esse foi o eco que ela ouviu ao desapegar-se da mão do garoto dos olhos indecifráveis.
Ele falava com o maior dos sentimentos e abraçava-a com a maior das tristezas, acompanhada da saudade, pois sabia que aquele poderia ser a última vez que ele poderia vê-la.
Ela, por sua vez, pediu que ele nada dissesse, apenas queria que aproveitasse os poucos minutos que ali restavam juntos.
Ele não se conteu, lágrimas caíam enquanto olhava - e admirava - o belo rosto de sua Outra Parte. Ela não desejava ir embora, mas sabia que tinha que partir.
Alguém do mundo real a chamava para a realidade.
Ok, já pode abrir os olhos, hora de acordar!