Coleção pessoal de Mayklin

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Diz a lenda, que o mundo ao nascer se dividiu. Um mundo da luz e o outro da escuridão. Em uma justaposição, não se podia saber se o mundo de Eva era luz ou o de Adão sombra. Havia sempre uma incerteza, como se tem ao tentar determinar a posição e o momento linear de uma partícula. O fio vermelho ligado ao dedo de Adão e Eva, o que equivaleria a um entrelaçamento. Ambos tão ligados, quanto uma partícula a outra neste emaranhamento quântico, pois se fez Eva da costela de Adão. Tão ligados, que um não pode ser descrito sem que sua contra partida seja mencionada. Esta ação fantasmagórica á distância é uma lei. Qualquer alteração nas dimensões de ambas é quase impossível. Tanto no mundo de Eva quanto no de Adão, as ações se repetem sempre para a mesma finalidade. O desejo, algo que move e moverá sempre para uma mesma direção , para o mesmo fim. Até que ponto podemos escolher, quando queremos alcançar sempre um objetivo já determinado em nós? Um desejo que não estamos conscientes do porquê de existir, será possível saber? Ou nos enganaremos eternamente com ilusões do que achamos que é real, do que pensamos saber? A vida é se descobrir ou se enganar a cada dia? E tem algum problema em não saber as respostas? Será que perguntar nos carrega para te labirinto insaciável? A minha mente sempre esteve perdida nele, porque é desejo do coração do homem entender.

Escrevo para sua vida, para quando precisares de mim e cá eu não mais estiver. Como podes ser feliz assim? Com escolhas que você deve se conformar e não com escolhas do querer. O teu problema é o medo. Tu não arrisca viver, está sempre a evitar a olhar-se no espelho. Sempre dentro das cavernas de ti, angustiado por não saber o que são essas sombras. Eu não sei se serei capaz de julgar as coisas de seu coração, porém te vejo hoje como uma pessoa triste. Algemado a escolhas tristes, ao conforto de não sofrer, mas inacreditavelmente sofre mais. Não busca no interior um abrigo, está sempre a se preocupar com sua volta, com seu externo. Dorme com quem não sente amor pedindo para que quando acordar o sinta. Sua vida desce pelo ralo, mas a sujeira de sua alma fica. O que deveria ser o contrário. Analise os seus desejos atuais, faça uma lista do que você tem. Confira se você está no caminho certo para si. Eu não consigo acreditar que esteja. Todos os dias eu penso em você. Me questiono se está bem, em paz. Eu não consigo acreditar na sua indiferença, se seus olhos tristes lamentavam a minha partida. Por que você faz isso com você? O problema de não arriscar é que você nunca saberá o que teria acontecido, não sabendo o que teria acontecido, reforça a ideia da sua paranoia que seria algo ruim. E assim, nasce o círculo das suas escolhas. O comodismo dá os seus primeiros passos. Esse parasita que suga a sua verdadeira felicidade e substitui por um monte de ‘’eu preciso me adaptar a isso porque é mais seguro’’ Um dia, arrisque uma vez e descubra o mundo que existe além. O mundo que existe dentro de ti. Eu quero estar lá nesse dia, mas se eu não estiver. Lembre-se de mim com carinho. Meu coração sentirá esse pensamento. A cada dia que passa sinto-me distante do que tínhamos, mas não de você. Tudo em mim está se transformando, como um grão. Não tenho outra escolha a não ser seguir o processo natural da teoria do caos, onde a má formação de ti, me impede de estar ao seu lado e eu não tenho opções para revidar um processo natural seu, quando você não opta. Sendo você a causa e a nossa separação o efeito. Sinto que estas serão realmente as últimas palavras direcionadas a ti. Eu também fiz uma escolha, esse momento é propicio para minha escolha, pois o querer desmedido por ti está em seu nível baixo. O amor em breve morrerá de cede, mas renascerá em um bem por ti pela eternidade. A energia do meu corpo unirá na energia do teu, e juntos talvez formemos uma pessoa, uma estrela ou uma árvore. Não há de a terra depois de nossa morte querer nos separar. Há tantos caminhos, tantas portas, mas só um tem coração.

O solitário por ter consciência de si, não anda ao lado dos tolos.

Tudo nesta vida gera sofrimento, devemos ser sábios para sofrer pela coisa certa.

Durante toda a noite o sentido da vida pulsava em meu estômago, por um breve momento eu quis escrever a palavra algo para defini-lo. Seria desleal com o primeiro pensamento que veio a minha mente, como este que veio agora. Todos os pensamentos querem serem escritos, porém meus dedos são criticos. A proposito, o primeiro pensamento antes que eu me esqueça, foi sobre o sentido da vida. O segundo pensamento foi sobre acabar sendo desleal, visto que de qualquer forma não ficarei escrevendo cada detalhe de um pensamento que julga outro pensamento que julga outro pensamento. Sendo assim, uma dizima periodica gramatical de pensamentos que julga pensamentos. Não sei se falo sobre o dia que nasce ou a favor da reclamação de sempre escrever muito e fugir do assunto principal. Eu não tenho nenhum assunto principal, não irei me forçar a ter. Às vezes penso que estou ficando louca. Loucura é o estado de entropia do cerebro. Mais uma dúvida, dou o exemplo da expansão e logo o colapso ou irei mais fundo e digo que as ideias são um circulo, incialmente são linhas retas, depois da expensão forma-se o circulo, e entra a loucura. Já não conseguimos mais pensar em linha reta. O que difere a linha reta do circulo? As pessoas loucas repetem as coisas enquanto as sãs fazem coisas novas? Eu me vejo no meio do circulo, em volta milhoes de caminhos. Eu vivo em todos. Só tenho consciência de um. Será que minha consciência superior consegue ver todas as outras conciências, incluse esta que escreve algo para parar de pensar em vão? Não consigo me imaginar em um mundo no qual terei todas as respostas. Preciso imaginar. Criar. Não devo me julgar tola por acreditar em convicções, embora também devo ter em mente que convicções não são verdades absolutas. Jamais o mundo teria descobertas sem convicções pessoais. Eu sinto em meu peito que eu nasci parar criar. Não ouso dizer o significado de intuição. Se eu acredito? Parte de mim sim, outra apenas julga a intuição como vontades. Projeções de vontades do inconsciente. Talvez calculos mentais baseado em uma razão pré definida. Gosto de assimilar as escolhas da vida ao jogo de pedra, papel e tesoura. Você pode calcular baseado em pessoas no geral e no oponente especificamente para chegar a conclusão de qual seria o próximo passo. Claro, não há cem por cento acertos. Estou ciente dos detalhes que podem alterar os resultados. Paro por aqui (por enquanto) já é dia, preciso dormir.

Passaram-se alguns dias desde que vi a borboleta pela ultima vez. Tal como achar uma nomenclatura para substituir poeta, gostar de alguém me parece inutil. Como ao calcular a porcentagem de um problema simples em matématica ''de'' me faria multiplicar a inutilidade e a estupidez da ação. Inutilidade de estupidez. A unica coisa que minha cabeça consegue fixar há dias é o ego espremido por uma parede de razão. Quando você passa a desprezar características em alguém, esse alguém se torna você. Vejo em mim tuas características desprezáveis. Ao contrário do que pensas, eu tenho mais amor por mim do que por qualquer coisa viva na terra. No entanto, tenho um ponto importante a ser exposto para que tudo fique claro. Não sei como explicar, então, peço que agora fique mais atento as minhas palavras: racionalizar um sentimento te faz vê as coisas de outra forma. Como eu racionalizo um sentimento? Nesse momento eu penso o quanto eu necessito da admiração de alguém, pois tenho um ego para alimentar, e julgo a mim mesma por sentir essa necessidade. Eu desprezo todos vocês porque eu conheço os segredos e isso nos tornam semelhantes. Eu sei o que você, poeta, sente ao escrever para alguém. Eu sinto o que você, cara inteligente que quer expor opiniões inteligentes sente, e você moça que busca ser aceita entre os amigos. Esta ultima não segue sendo incompatível comigo, embora siga a mesma premissa. As pessoas são uma farsa. Inevitavelmente o ego nos tornam falsos. Eu não sei muito sobre você, borboleta, mas hoje não tenho interesse de saber. Eu desejo apenas ficar só. Eu como marinheiro quero apenas não parar no porto de ninguém, não quero conhecer mais cidades. Todas moram em mim. Eu sou uma borboleta e tenho cidades. Eu odeio analogias e metáforas, ainda assim as uso. E não quero vender nenhuma imaginem sobre o que sou ou não sou. Quero não ser ninguém, que alguém ache normal eu ser azul. Os julgamentos nos tornam monstros. Infelizmente eu nasci com um péssimo hábito de escritor romancista: dramatizar as coisas. Isso me faz perder toda a credibilidade da minha ideia principal. Eu quero escrever cientificamente. Tudo uma merda até aqui.

Mora em mim um bichinho ruim que rói o meu crânio em vida, quando eu olho para a janela do meu quarto o imagino sendo eu olhando pela janela do quarto. E o bichinho sente que tem um olho gigante na sua janela, o bichinho sabe que é ele sendo eu e eu sei que sou eu sendo ele. Agora sem nenhum medo eu deslizo os meus dedos no teclado como se fossem teclas de piano, eu vejo a minha maldade tão pintada se expondo dentro da casa. Ela sente o que eu sinto e sabe meus pensamentos. Roemos as unhas em um desespero arrasador. Agora com medo de uma loucura iminente eu teclo rápido nas falsas teclas de piano para dizer que eu te amo. Sem virgulas, leia depressa a loucura já deve ter chegado, daqui para frente tudo poderá, eu te amo, eu não sei se já disse, eu não quero reler, não quero ver o passado nem usar pontos, aquele ponto que chegamos ao fim, meu trauma, a felicidade de te deixar, a dor na felicidade, Odete morreu se debatendo em dores, era o ganço branco, eu morrerei me debatendo em arrependimentos, sou o ganço negro, eu não quero usar o ponto, mas agora é necessário para que me entendas. Foi uma noite conturbada, aquela em que te escrevi. Eu não estava sozinha em casa nem em mente, pensei ter um bichinho ruim que mora na minha cabeça. Uma tolice. Aqui vai algo que te escrevi com toda sinceridade que uma alma pode ter: Cuidado com o bichinho ruim, ele te ama.

Aparentemente um ambiente familiar onde as pessoas sentem-se felizes trabalhando, contudo estamos neuroticamente cientes da perversidade do homem. O assunto em questão tem levantado bastante suspeitas sobre mim, embora eu seja uma infiltrada penso que aos poucos estou me tornando um deles. meu QI tem diminuído de forma drástica. Todas as noites, eu verifico se não me tornei uma barata, é certo que ando lendo Kafka em excesso, mas espero que o caro leitor esteja ciente da metáfora que lhes fora apresentada. Se já leu ''A metamorfose'' certamente entenderá. Ontem quando eu caminhava em direção ao meu martírio uma borboleta pousou ao meu lado, eu não a olhei fixamente, fiquei com medo. O belo com seus fários mais cegaria um marinheiro do que lhe apontaria o caminho certo. Eu caminhava para minha morte e coincidentemente ela também. Eu não sei se serei capaz de julgar as coisas de seu coração, mas em meu peito pesou um suspiro de quem sabe da ressurreição. Revivemos no fim do dia para morrermos no outro, assim, diversas vezes. Ela, contato, não imaginara o que havia em meu peito. Aqui levanto uma ressalva por detestar os poetas: peito é cabeça. Juro que meu intuito não é falar sobre os poetas, embora seja meu desejo falar inúmeras formas de acabar com um poeta e ainda induzir você a matar um por dia. Eles escrevem mentiras para enfeitar mentiras. Tudo para expor seu sentimentalismo barato de uma vida triste. A exemplo: O poeta escreve ''Os meus dias foram cinzas depois que Madelaine partiu, mas em meu peito algo festivo brotava, eu estava feliz'' ou ''Os meus dias foram cinzas depois que Madelaine partiu, mas em meu peito algo sombrio brotava, eu era um saco cheio de ciumes e angustia''. Sem mais delongas, voltemos ao assunto inicial. Seria sobre a borboleta, farol ou imundice humana? Todos eles. Penso apenas na borboleta. A morte que nos une em alguns poucos minutos é a mesma que nos separa em longas horas. Eu diria isso a ela de forma poética, pois sou poeta, logo mentirosa, embora eu não queira esta nomenclatura que desprezo. Como eu poderia me intitular alguém que escreve sem utilizar o nome ''poeta''?

Quando me sinto perdida entre tantas maneiras de ser, eu me calo, leio os meus velhos textos. Eles me guardam. Eu estou em toda parte, em todas as letras, bobas ou não. Aqui sou passado, presente e futuro. Deus me beijou para ser eterna.

Toca no meu coração um ritmo desconhecido. Eu estou com medo. Não sei tocar esse som estranho. E eu sinto falta de cantar todas as musicas que eu sabia de cor. Um novo livro para a estante da tua vida, leia e seja um rei. Um rei desse novo troço esquisito. Mas, Deus; Eu não consigo ser mais que comum.

Não sou a mesma. Isso me dói até os pedaços da alma. Ser livre nunca me pareceu tão presa. Aspirei os últimos segundos de vida enquanto via a tua partida. Algo perfurou o meu pulmão, querido; mas só agora estou morrendo. Eu me guardei em ti. Fiquei vulnerável. Não espero nada mais que essa sensação mórbida de fim. Todavia, fico em paz. Um pedaço da minha vida viverá no teu caminho pela a eternidade. Nos encontraremos em outra vida, benzinho, se não nessa. É o que eu sempre digo.

Meu amor, eu não aguento. Prefiro ouvir papo de fundamentalista pela eternidade em vez de te ver com outra. Com quantos poemas se compra o teu amor? Eu escrevo para ti infinitamente, para ter-te pelo menos em outra vida se não nessa.

XADREZ E LISTRADO

Odeio Marcelo Jeneci por ser a trilha sonora do teu novo romance. Odeio pensar que teu novo amor gosta de Leo Fressato. Desse teu novo romance só de ti que não desgosto. Tu fica tão mais bem em mim, benzinho, que quando te vejo em outra dar vontade de chorar. Ninguém te combina direito. A impressão é minha, mas foi você quem deu.

Eu deveria saber que não é assim que a coisa funciona. Você o manda para um inferno dos diabos e quer voltar atrás. Eu perdi o melhor homem, a chance de ser eterno aí dentro. Quero que saibas que eu estou preparando o terreno do meu coração para o teu retorno. Cuido para que um dia tu possas fincar tuas raízes sem mais temer a queda. Assim aprendo a veranizar, abro o meu peito para entrar sol. Tu farás amorssintese. E eu como consumidor primário sem ti não viverei. Essa é a biologia da minha vida.

Eu mudei. Cortei e pintei o cabelo da alma. Emagreci uns 10 arrependimentos. Meu terapeuta interior percebeu. O mundo é bom e não precisei desenvolver autismo para achar isso, como você deve ter pensando a piadinha. E eu dedico o meu otimismo a falta de você. Sem a solidão eu nada seria. Foi bonitinho enquanto durou. Adeus, não mais aguardo fichas tuas

Você foi abduzido por um disco voador em formato de hambúrguer.
Você aprendeu a cozinhar e está inventando uma receita que irá revolucionar o mundo alimentar das pessoas. Você virou budista e está em estado de auto-reflexão. Mas você não me deixou.

Você não entende a urgência. Eu preciso te ler. Saber qual o próximo gosto. Eu já ri das tuas raparigas(moças), e isso nunca perde a graça. Você nunca perde a graça. Nao é amor. Bem, o velho Bukowski sabia das coisas. "Amor é tudo que nós dissemos que não era". E não é amor quando eu digo que você é a minha pessoa favorita no mundo. E que quando te vejo sinto um carnaval no estômago. Oscar Wilde rasgaria todos os meus poemas para você, e balançaria a cabeça negativamente, mas você não é Oscar Wilde. E eu não preciso ser Machado de Assis, ou Shakespeare. Eu sou apenas alguém não apaixonada por você, que escreve terrivelmente. Então, um dia eu escrevo um bilhetinho -desses que você coloca no seu computador para lembrar das coisas- que eu não te amo

Quando nos vi na praia quis rimar amar com mar, mas achei careta.

Eu fiz de tudo para que tu fosses embora;
porque sou suja, menino.
Não te jogaria nesta lama.
Entre toda essa gente
Tu és merecedor de todo amor do mundo.

Se teu palpite é que eu estava mendigando teu abraço. Devias jogar na mega sena. O último antes de eu desentupir todo esse troço das minhas artérias – Desculpe-me o mau uso da palavra troço. No meu vocabulário troço se define como algo indeterminado- Não consigo viver com isso tudo no peito. Tu que és o dono do meu mais puro amor, menino. É pra ti que eu guardarei todo esse troço drenado das minhas veias. No entanto, nem uma linha a mais sobre tu escreverei, não por não querer, meu bem; Eu quero ao extremo falar dos teus olhos azuis e do teu cabelo cor de areia. Mas não há poesia barata que me leve ao passado ou te traga no presente. Pois teu ri(s)o caiu em outro (a)mar. Guarda tu também um aconchego, pois nunca se sabe onde começa meu mar. Se porventura, tu ainda tens meu desenho bobo de um coração colorido e ainda não sabes o significado : É todo o meu sentimento por ti – De fato o titulo faz jus ao que eu pensava sobre sentimentalismo- Podes tu ainda duvidar deles outrora e agora, mas sempre estiveram aqui, semelhantes às células cancerígenas. Escondidos. De ti carrego o pingo do juízo que tu me deste mesmo sem saber, sorrisos e o desejo de morar nos teus abraços. Tenho algo pra te dar: Aracati é tua, como também a canção ‘’Quando bate aquela saudade’’ de Rubel. Eu te amo. P.S: Pra sempre sua.