Coleção pessoal de Mayconbatestin

Encontrados 10 pensamentos na coleção de Mayconbatestin

Não os chame Vossa Excelência
Porque não são
A excelência é exceção

Não os chame de Vossa Senhoria
Porque eles não são
Os senhores foram em vão

Não os chame por pronomes
Ou os trate por excelência
Excelentes foram as gotas de sangues
Que de excesso,
Cederam-se a inocência


Não os chame Meritíssimo
Porque eles não merecem
Merecer é ação de retorno

Não os chame por pronomes
Ou os trate por excelência
Excelentes foram as gotas de sangues
Que de excesso,
Cederam-se a inocência

Não chame de filho
Porque não é sangue
não chame de nada afinal,
Trate o silêncio como pronome
e pronuncie um ponto final.

Eu não tenho muita certeza do que somos
Mas com certeza, surgimos da escuridão
E se há sentido para onde vamos
É porque não queremos mais seguir aquela direção

Então, eu me exponho de novo nesse mundo tão exposto...
Suponho, para cada assunto não discutir o seu gosto...
E ponho, nesse mundo minha identidade em novo rosto...

Estou conformado com o consumismo
Ou estou consumado pelo conformismo

Não tente entender o fracasso,
Cada compra é uma perda.
Perca seu dicionário,
Perca sua etiqueta.
Monopolize o seu nome e abra espaço
Em 10 lições você perderá seu sangue e seu salário

Eu vejo o sol de todas as metáforas
A direção que eu preciso enxergar...
Mas o sol não esclarece as palavras,
Tantas consoantes que não conseguimos pronunciar,
E por que olhar para o sol, sabendo no que vai dar?
Todas as luzes cegam aquele que não sabe o que quer enxergar...

E enquanto você quebra a cabeça
Nos diálogos da novela
A noite continua trazendo escuridão
Enquanto você pensa na tristeza
A paz continua sendo só uma ideia
E as crianças morrem em vão

E eu sigo por uma avenida de outrora desconhecida...
É tudo tão sádico, que fumo o último cigarro, esperando o catarro!
Condeno meus crimes a tapas e surras
Aqui na avenida de todas as ruas

E entre as esquinas, eu me deito em um jardim esquecido,
A esquina do fim, a rua de todos os perdidos...

É noite na cidade, mais uma noite no fim do mundo
A isolação traz, a preocupação do vazio sentimental...
Mas que absurdo! É só outro buraco sem fundo,
Tanto espaço vazio e ainda nos sentimos tão normal...
Ainda é noite na cidade, mais uma noite no fim do mundo,
As luzes não são escudos, abrigos seguros, para nossas baladas...
Mas onde estão os “caras”?...Daqui eu só vejo fantasmas!
E tantas luzes para se iluminar tão pouco o caminho de casa..."

Ainda que não existam lemas civis
Ou uma ética valorizada
Minha roça é parte do país
E parte de uma nova diáspora...