Coleção pessoal de Mayarandrade
(...) Ele me disse que eu não sabia o que era amar, e nem sabia o que era o amor. Beleza! Deixe-me ver se entendi. Agora o amor tem idade? Ah! Ta! Então eu não tenho maturidade pra saber o que é paixão. Sempre gostei de escrever, sobre amigos, família, do tempo de tudo um pouco. Mas depois daquele dia em que o vi, rabiscava tudo que era papel, tudo tinha um pouco dele diretamente ou indiretamente. Foi como se descobrisse um dom como se tivesse achado minha inspiração. Ele gostava de Hadcore e ouvia slipknot... Eu preferia MPB, Marisa Monte ou jazz, ele sabia o que era agitação e sempre foi o mais descolado, eu preferia um bom livro e um dia gelado. Ele pensava que eu não sabia o que era uma balada e eu ria das babaquices dele achando que eu não sabia o que era a tal parte boa da “vida”. Ele gostava das exatas e ia bem em filosofia, eu preferia as humanas e era um desastre em física. Ele ria das minhas trapalhadas, e eu sabia o quanto ele me achava criança. O fato que não entendo, tão de longe podia se ver, era a minha pulsação somente dele aparecer. E as minhas mãos Então! Que não me davam trégua insistia em tremer toda vez que ele as pegava sem nenhuma pressa. E no meu silêncio eu aprendia as expressões do seu rosto e me concentrava em seus olhares. Eu o conhecia e ainda sei o descrevê-lo por dentro e por fora com muita facilidade e ele ainda me diz que eu não sei o que é o amor de verdade?!! O tempo foi passando, e eu não soube falar achava meio artificial tantas declarações de amor se tudo sempre tinha um ponto final, ele se foi em uma manhã cinzenta desde então poucas vezes o vii. Não que eu seja triste hoje em dia, não que não tenha felicidade, mas é que sem ele falta algo incompatível.
(...) Já que ele sabe tanto peça, por favor, para ele me explicar exatamente o que eu sentia, já que eu não sei o que é amar. Aproveitem e peça para que ele volte para a minha vida ...Talvez eu tenha razão, talvez ele tenha razão, talvez eu não saiba realmente o que seja o amor então.(...)
Quando chove, eu não corro. Me deixo molhar.
Eu deixo escorrer sobre mim águas que já habitaram essa terra
águas que em outro rosto passearam, conheceram outras faces
se embaraçou em um sorriso e se desfez ao chegar no chão, para que logo voltasse a habitar em outra nuvem e vinhesse de novo a cair em outros seres.
Quando chove, eu não corro. Me deixo molhar
Assim quem sabe posso pensar melhor, posso rever meu dia
possa acerta meus erros, possa me orgulhar nos acertos
possa ter um novo começo.
Quando chove, eu não corro. Me deixo molhar
Ninguém entende ao passar, não e preciso entender
e preciso sentir e preciso viver.
e quando sinto gotas frias invadirem minha vida, não e de desespero que olho para o céu
e de agradecimento somente assim sei que estou vivo, somente assim sei que ainda a motivos para se sonhar.
Quando chove, eu não corro. Me deixo molhar
mesmo com pressa, eu não evito de me envolver
e dessa forma ninguém pode ver, quem com simples gotas de chuva
estão as minhas lagrímas. Não que elas sejam preciosas, são só lagrímas
mesmo assim quando chove, eu não corro. Me deixo molhar
Sinto que vale a pena cada segundo, só em sentir a brisa me levar...