Coleção pessoal de mayara_de_araujo

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Eu cantei tu vens,
E na bruma leve você chegou,
E na quarta estrofe você cantou,
O som da tua voz me remeteu amor,
Deitada em meu peito,
Já não havia mais jeito,
De resistir ao teu calor,
Olhei o teu corpo esculpido por anjos,
Das mais belas artes que transparece encanto,
Você é poesia,
Dentro daquela cabana rústica,
O balanço da tua cintura parecia música,
Teu olhar me entorpeceu como cocaína pura,
E como flor, bem regada,
Na minha boca desabrochou.

⁠E seu correr contra o que eu sinto?
Não por medo, mas sim por instinto,
foram meses de conversa comigo,
Mesmo que digam que seja destino,
Você criou voltas na minha cabeça,
Me vejo no teu labirinto,
correndo em voltas no simbolo infinito,
Eu mergulhei sem medo no seu mar,
Muitas atitudes feitas sem pensar,
Será que dá tempo de voltar?
O amor às vezes é covarde,
Mas na verdade essa é a única desculpa que tenho para te dar.

⁠Minha cabeça é uma labirinto,
Quantos estão aqui perdido,
Eu não me resumo a nada,
Ou talvez me falte palavras para me justificar,
Pelo menos uma vez ao dia eu fico atordoada,
As segundas eu não quero fazer nada,
Mas me pego organizando o passado,
Qual deveria ser a minha reação naquela discussão,
Às terças eu foco nos amores,
Tenho paixões de segundo,
Tenho amores que escrevo uma canção,
As quartas eu abro o coração,
Estou sempre mais sensível,
Fico imprevisível,
Talvez possa te ligar,
Só não sei o que posso te falar,
Já na quinta eu reconheço,
Bate um desespero pela segunda,
Fico tentando lembrar o que fiz naquele dia,
Mas acordei tão tarde que já nem era bom dia,
As sextas, há eu adoro esse dia,
Ao falar dele já me remete alegria,
Quero esbravejar o desconhecido,
Desafiar o perigo,
Acordar de ressaca em um sítio,
Já o sábado eu rebobino a consciência,
No meu celular tem um número salvo como Madalena,
E eu nem sei se a noite anterior valeu a pena,
Domingo eu to na cama,
Em meio a uma bagunça,
Mas isso só foi uma semana.
São 365 dias,
Metades de erros e os outros de tentativas,
Estou indo contra o tempo,
Hoje o que me preocupa é não aproveitar o momento,
Sou um poço de sentimento,
E que bebe da minha água,
Não sente arrependimento.

⁠Eu não gosto de meio termo
Sou frágil, inquieta
Tenho vontades e verdades,
Um pouco de insanidade e medo,
Vivo a vida intensamente,
Sinto que sei pouco, sobre tudo,
Às vezes tento abraçar o mundo,
Tenho pecados guardados,
Segredos que talvez nunca serão revelados,
Às vezes limpo a página do meu livro,
Apago da memória os tropeços,
E acabo quase sempre caindo,
Sou apaixonada por sorrisos,
Por olhares perdidos,
A inteligência me excita,
Brinco com palavras, faço rimas,
Me atraio facilmente por filosofia,
Sou uma mulher perdida e em dois passos me torno uma menina,
Adoro a brisa fria,
Que entra pela janela,
Estou quase sempre confusa,
É difícil me sentir completa,
Às vezes alguns pensamentos me invade,
Junto com ele vem a saudade,
De tudo que já fui um dia,
Mas hoje sou a melhor versão de mim,
Com pequenos erros e lacunas de acertos,
Sempre tento ficar longe do fim.

⁠15 de novembro,
A ultima vez que nos vimos foi em Setembro,
Queria dizer o quanto eu lamento,
Eu carrego diariamente esse sentimento,
Tenha certeza eu me arrependo,
De ter te submetido a tanto tormento,
Talvez por um momento,
Eu tenha realmente acreditado que valeria a pena...
20 de dezembro,
Estou indo contra o vento,
Em uma porsche,
Vivendo de porres,
Me encontro em overdose,
As letras ainda fazem combinação,
Mas a mente e o coração não...
1 de janeiro,
Acabou o vigésimo isqueiro,
Sai e entrei em vinte puteiros,
E em todas elas,
o teu rosto eu vejo,
Vivendo a base de coca,
Onde já nada importa,
Já faz dias que não sei o que são as horas...

⁠É fácil mentalizar você
Em uma montanha de pensamento,
Eu hesitei em te dizer,
Que entre quatro ou três doses,
Hipoteticamente eu desejo te ter,
Estranhamente, entre parêntesis, vem um talvez...
Cinco ou seis tragos,
Eu me tranco no quarto,
E viajo,
Em um clima tropical,
Brisa do mar, vento aberto,
Por um momento te materializei,
Dizem que o poder da mente,
Faz de qualquer um, um delinquente,
Que delírio, já diria Sartre,
Alucinação,
Por um pensamento,
Se eu peco com isso?
Já não posso afirmar que sim ou que não.
Mas me pego pensando se vale a pena viver com ou sem emoção...
Pobre dos sã, que ao julgar o louco,
Se faz de culto, mas se vive tão pouco,
É uma linha tênue, entre o acaso e o acontecer,
Mas se te fiz um poema, acho que vale a pena, sonhar em te viver.

O que tu busca?
Vejo nos teus olhos uma nuvém escura,
É uma busca incansavél de cura,
Tuas lagrímas lavam tua alma,
Mas tua dor corta, sagrando a carne crua,
Tens medo?
Vejo tua luta,
Enquanto dá um gole,
Se aproxima do porre,
Com um som de uma boa musica,
Correr pra que?
pra se esconder daquilo que já se vê,
Chorar por que?
Se já se foi, sem ao menos dizer
O tamanho do amor,
Aquele que só se sente e não se vê....
Acredite,
O que dizem por ai é que o amor se encontra a cada esquina,
Mas esses amores abre feridas,
Te deixa vago em um imenso vazio,
Te deixa "dormente" no frio,
E por mais um fio, eu fiquei,
Fiquei,
Pra fazer com quê,
Ninguém mais vá sem saber o quanto amei você...

Se é paz que tua vinda me traz, já não sou capaz de discernir,
E essa vontade que me invade, de te incluir em cada parte, ainda quando existe coisa incompleta em mim,
Te colocar em um lugar seguro, longe de alguns distúrbios que faz morada aqui,
Lugar seguro guiado no escuro, onde só o toque descobre o que a voz já não fala,
A sensação de bagunça, que aguça o olfato, que de tão forte se faz presente, junto com o tato ao encostar no teu corpo que em poucas vezes senti quente,
Você é diferente, talvez de todos as viagens que já fiz na mente,
Causando embriagues, eu nem precisei beber para te descrever.

Dessa vez ela se foi,
A dor já se acomodou,
Pegou um cigarro meu,
Acendeu,
falou o quanto doi dizer adeus,
Ficou tudo seu,
Mas você se foi,
Espero teu oi,
reclamando do trabalho,
Mas você se foi,
eu fiquei com toda dor,
juntei ela com o amor,
Amor esse que não te falei,
que juntou com as desculpas que não te dei,
com os erros que acumulei,
eu não te abandonei,
eu só queria mais uma chance de te dizer,
Eu só voei,
na busca constante de crescer,
mas eu nunca esqueci de você.

Nessa selva de pedra, costumam dizer que não importa quem atirar primeiro,
Vivem de desejos, segredos,
quantos soberbos lutam por dinheiro?
Nos olhos dos nobres, assumem nitidamente a vergonha que tem do probre,
Todos os dias muros se levantam,
Diferenciando o que tem de quem pode ter,
Do que se vê do que se crer,
Na fome de crescer, já derrubaram mais de três,
Mas culpam a corrupção,
Usada pra justificar qualquer a ação,
Dos que roubam, dos que não tem nada,
Vale mais amar a Pátria,
Justificando ser bons de coração,
Onde se perdem todo os dias,
A troco de nenhum tustão.
O ódio vira combustivél,
Guiando mais um colonizador,
Devastando mais uma vêz essa terra de índio.

Aquele que garante a verdade, sabe que todos os loucos vivem na busca pela sanidade,
Talvez o que falta é a coragem,
É difícil ser quem é,
No mundo mascarado,
Vestimos, comemos, vimemos achando que o suficiente já nos é dado,
Brigamos pelo pão,
Aqui já não se tem tantos irmãos,
Acreditamos que quem tem mais, tem tudo,
Pode faltar a verdade,
Mas não pode ter metades,
O que é meu é meu,
O seu é nosso,
Se eu quero, eu posso,
Mesmo que precise me banhar no mar de ódio,
Aqueles que estão no pódio,
Representa a massa,
Atrás de farças,
é mais fácil viver de nada,
do que abrir mão,
Recuar pra quê?
O que vale é o que se crê,
O que se sente quase ninguém vê,
É mais nobre matar você,
do quê morrer com você...

Sempre se pergunte se os passos são grandes,
Se é preciso se libertar das grades,
Se antes de falar é o que sente de verdade,
Se é preciso está preso para amar a liberdade,
Se é preciso faltar para sentir saudade,
O tempo passa rasteiro,
Nada aqui é perfeito,
Não adianta pensar no que podia ter feito,
Nada volta,
E a tua revolta pode até dar sentidos diferentes a história,
Mas o fim é o mesmo,
Isso aumenta teu desespero,
Vai demorar para se sentir inteiro,
Você já nem lembra mais o gosto do beijo.

Eu te jogarei em um abismo,
É de fascino que vive um belo desequilíbrio,
Onde nas pontas do teu dedo, se descobre um toque que me levou a um abismo,
Dizem que é instinto, um homem viver a declínios, se comprimindo para não ser corrompido,
É de desejo que faz a carne perder o medo,
É de verdade, que se sente saudade daquilo que não foi vivido,
De onde vem tuas histórias?
Passaram horas a discutir a lei da sobrevivência,
E sem ter ciência, de vento frio tocou o ar,
Algo puro que por um surto,
A loucura ocupou,
Destemido a viver algo tímido,
Passou o tempo a escrever,
Onde vive a essência, sem perecer, caminhou ao o início,
A tua pura culpa pediu desculpas,
Com a aura escura, observou a lua,
Voltou as ruas a procura de outra alma nua.
Debruçou e se alimentou,
Com a intensão de alimentar o buraco,
Só que se tornou mais vago,
Só pelo medo de outra vez se entregar.

Em vestes com pouco pano,
Eu te vi aos prantos,
Te coloquei no colo,
Acariciei teu cabelo,
No fundo aquele solo,
A maquiagem borrada,
As lagrimas caia,
Se sentiu roubada,
Levaram o que tinha,
Beberam teu vinho,
Mancharam tua alma,
Mas procura calma,
Enquanto me abraçava,
Eu sentia o pulsar do seu coração,
Não sei se chorava de dor ou pela letra da canção.

Ela sorria ao despertar,
O sol já estava a clarear,
Organizava seus pensamentos,
Era hora de recomeçar,
Aquele dia acabou,
Junto com a sua dor,
Mas as lembranças vinham em mente,
O dia tinha passado felizmente,
Mas a despedida ainda machuca,
Lembrava das lagrimas,
Caindo em meio a chuva,
Enquanto atravessava a rua,
Aquela noite tinha lua,
Mas no fundo sabia que a culpa não era sua.

É como se estivemos a um passo de cair ladeira abaixo,
Eu te pergunto: Como seria se fosse tudo diferente?
Se estivemos em posições diferentes?
Se fizéssemos escolhas diferentes?
Eu sinto que estou me afastando do horizonte
É fácil quando já não existe lutas para vencer,
Perder se torna rotina,
Como já me conhece, a rotina me sufoca.
Estou a dois passos da porta,
Se não se importa, pode deixar ela aberta?
Vai que eu precise te procurar ou me perder mais uma vez...

O som, já parou para pensar como ele acontece?
Como qualquer coisa pode se tornar ele e ele pode estar em qualquer lugar,
Há som em todos os lugares, em tudo que faço...
Falo bobagem, que na minha linguagem é besteira,
Já pensou em quantas rasteiras você levou?
A vida as vezes é traiçoeira,
Ela não diferencia grandes maldades de pequenas brincadeiras.
Às vezes eu me vejo no pé da ladeira,
A vontade de chegar no topo é menor, do que a dê ter outra canseira,
Eu já to lapiada, marcada...
O fracasso faz daqui a parada,
Ele vai e volta
E eu me tornei estrada.
É um entra e sai, sem pagar pedágio.
E aqui fica o pato para ser pago,
Eu nunca pensei em chegar aqui,
Mas já que cheguei, vou levando até o fim,
Eu fico entre tragos, goles e fracassos.
Porque entre a vida e a morte, são poucos passos.
E de qualquer forma eu curtir os dois lados.

Ela precisa flutuar algumas vezes, para ficar longe do chão firme,
Ela afirma que é melhor ficar sozinha, mas quando a solidão lhe convida, ela vai de encontro a multidão.
O tempo parece passar de vagar quando ela conta os dias, mas no seu diário, quando conta como foi o dia parece que passa em um piscar de olhos.
Seu café é adoçado com duas colheres, seu romance preferido é entre duas mulheres.
Seu cigarro é de filtro amarelo,
Seu sapato é o mesmo do ensino médio,
Já seus amigos não são os mesmos, eles causavam tédio.
Já conhece o porteiro do prédio,
Sabe que tem dois filhos e o que mais dá trabalho é o Clécio,
Se comunica com poucos,
Mas sabe que são os mais loucos,
Detesta o calor, morre de amor pelo inverno,
De dia se sente no céu, a noite se torna seu inferno,
Os pensamentos lhe atormentam,
As lembranças causam feridas, se tornando sua maior inimiga,
E a quem o diga, que por estar sempre sorrindo, é a pessoa mais feliz da vida.