Coleção pessoal de maurileni
Quando dizemos coisas como "pessoas não mudam", bem... Isso leva os cientistas à loucura... Porque mudança é literalmente a única constante em toda a ciência... Energia, matéria, está sempre mudando, fundindo-se, crescendo, morrendo...
É a forma que as pessoas tentam não mudar que não é natural, a forma que nos prendemos ao jeito que as coisas eram ao invés de deixá-las serem o que são.
A forma que nos apegamos a velhas memórias ao invés de formar novas, a forma que insistimos em acreditar, apesar de toda a indicação científica que nada nessa vida é permanente, mudança é constante.
Como sentimos a mudança, isso depende de nós... Pode ser como a morte, ou pode ser como uma segunda chance de viver. Enquanto abrimos nossos dedos perdemos nossas convicções. Agarre essa chance... Pode ser como pura adrenalina. Como a qualquer momento pudéssemos ter outra chance de viver, como se a qualquer momento, nós pudéssemos nascer de novo.
Não dá pra saber qual dia será o mais importante da sua vida. Os dias que você pensa serem importantes nunca atingem a proporção imaginada. São os dias normais, os que começam normalmente, e acabam se tornando os mais importantes.
Nunca se sabe qual é o dia mais importante da sua vida. Não até ele acontecer.
Você não reconhece o dia mais importante da sua vida até que esteja no meio dele.
O dia que você se compromete com algo ou com alguém.
O dia que você tem seu coração partido.
O dia que você conhece sua alma gêmea.
O dia que você se dá conta que não há tempo suficiente, porque você quer viver para sempre.
Esses são os dia mais importantes.
Os dias perfeitos.
'Viva sua vida terrena plenamente, mas tente também ver os aspectos espirituais de suas atividades. Lembre-se, o físico e o espiritual nada mais são do que reflexos um do outro.'
LER OUVINDO SIMPLES DESEJO DE NEY MATOGROSSO
Mais uma para você.
O mar, assim que cheguei me atemorizava.
Hesitei algumas vezes em ver as ondas quebrando, umas com as outras. Eu não sei nadar.
Nesse sentido esta terra é inexplorada e pode me causar a morte. Sendo ela de que simbolismo e/ou objetivo for. Por enquanto não me atrevo a entrar de cabeça.
Um mergulho que seja poderá entupir as minhas vias respiratórias e em questão de segundos o oxigênio dos plânctons ser insuficiente para a minha (nossa) existência-relação-causalidade.
O máximo que me dispus foi sentar na areia branca em posição de mantra, fechar meus olhos, respirar profundamente e permitir que se o mar quisesse ele viesse até a mim, tocar meu corpo começando por dentro...
Um susto que assalta a sensorialidade física – corpórea.
Permaneci assim por minutos seguidos e sempre pensando, perguntando a Yemanjá se ela queria levar esse meu medo de ideias grávidas.
As palavras grávidas são irreversíveis. Se a ela eu soprasse uma resposta querida ela me devolveria em ressaca de vistas de Capitu.
Daqui encaminhei para a sua caixa de mensagens mais uma mensagem daquelas, coisas que se diz quando nos encontramos ‘temporariamente’ envolvidos.
Liquidamente enviesada por teus/meus desejos.
Se me olhar atravessado essa noite e eu com esta minha pele queimada de sol e parafina eu juro que faço o mar sangrar. Jorrar biologicamente hemoglobinas e... e... e... Células morenas.
Amava as ciências biológicas, só que agora a ciência das insanidades de “risco” me diz que a célula – aquele significado de uma caixa vazia está permanentemente não concluindo a ligação, não consigo ainda me impor frente às vontades da natureza.
O preencher-se não chega.
O mar está em tempo de me levar e a maresia inebriante grita para que tenhamos palavras límpidas e não tão salgadas.
Você está me ouvindo?
Tira a concha do ouvido, o silêncio também tem sua linguagem.
É uma comunicação.
Depois do infinito abri os olhos e o céu estava se tornando em chuva, esperei que neblinasse, que gotas me possibilitasse a boiar por dias inteiros dentro delas.
Por que a imaginação é algo do plano das ideia?
Bate aqui na porta, já disse trezentas vezes que é só chegar.
O mar me confidenciou um segredo.
Lembrei da sua imagem em fotografia – a correnteza na sua íris. Precisamos, se o mar sangrar, nos des-partir.
Compreende isso?
A cidade é pequena daqui a pouco a sua maré vai virar.
E nem era preciso fazer exclusões...
Ou por dois corpos germinados na saga de paixão ou por um fim de conhecimento.
Estamos em estado de percepção alterada.
Experiencie seu corpo! Você é um ser corporificado. A imagem do Outro é do outro. Construa a sua imagem. Quero que sangre.
Sangria em mares turbulentos.
Estou em maré alta, só falta a lua cheia para me acompanhar.
Vai me olhar atravessado? Chega primeiro por aqui...
Nosso caso é volitivo.
e essa sua cama, nego, renego, abjeto!
não mais divido.
não mais durmo com você.
(olhos vermelhos)
dividir cama é dividir afetos.
intimidades.
sutilezas.
dividir cama é assinar confianças.
(que você não me bata, que você não me bata, que você não me bata)
buscou o desprendimento.
buscou a libertação.
buscou...
amarrado enrolado malandragem véu
(por que eu não vivo?)
maquia-se.
desejou que tivesse saído de sua boca. agora, a preocupação se encontrava em não mais frequentar os mesmos lugares, em não mais ligar todos os dias dividindo cotidianidades, em não mais ser tão dependente por motivos óbvios, construídos por amor.
mas, o amor acabou.
tentando ser verdadeira consigo sabia que deveria virar página, ou mesmo escrever um outro livro. seria melhor pra todos! sentimentos e relações confusas machucam muito mais do que qualquer outro caco de vidro nos olhos! tenta não mais existir em concomitância a uma história. mais do que isso será companhia forçada. fecha as portas. ficar sozinha com os lençóis e travesseiros.
olhou para o alto. nunca pensou que chegaria nesse ponto... é uma pena.
faz uma lista:
- não mais dividir seus dias!
martelando frases soltas na sua cabeça.
cadê as paixões? cadê os arrebatamentos? cadê o grande silêncio?
machucados indolores, incolores. profundos.
(inspirado numa passagem do diário de 2010)
Parei de lhe esperar, flor de Lis,
pois todas as vezes que o faço
acabo por me encontrar mais sozinha
em estado físico, do que em palavras.
Agora busco em outros lugares estadias
mais esperançosas e sentimentais.
Poéticas.
Tudo o que quero, Lis,
é um cadinho só de tranquilidade,
onde com calma e precisão eu possa degustar
sabores alheios.
Mesmo que seja
em um corpo só meu.
sabe, minha flor, tenho tido por diversas vezes medos dos meus sentimentos. E, agora, depois desta manhã grudada em teus braços começo por confessar algumas coisas pra mim, no entanto, antes de confessar quero-lhe pedir desculpas por tê-la afastado de mim tão bruscamente, por não ter percebido que o nosso amor tem uma mistura de antigo-novo, e principalmente por não ter apostado todas as minhas fichas em tudo aquilo que você me disse para acreditar.
ou uma ou outra em 2014: ou eu descambo de vez pro poliamor-relacionamentos livres-amigxs de foda, ou namoro-me caso-saio da casa de minha mãe-alugo um apartamento-compro rosas amarelas-ponho num jarro-levo meus livros-levo perfume-limpo a casa-e pinto de rosa. (posso pensar noutra cor, talvez.)
"O espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
**Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração.
Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos.
**"0 arquétipo da Mulher Selvagem, bem como tudo o que está por trás dele, é o benfeitor de todas as pintoras, escritoras, escultoras, dançarinas, pensadoras, rezadeiras, de todas as que procuram e as que encontram, pois elas todas se dedicam a inventar, e essa é a principal ocupação da Mulher Selvagem. Como toda arte, ela é visceral, não cerebral. Ela sabe rastrear e correr, convocar e repelir. Ela sabe sentir, disfarçar e amar profundamente. Ela é intuitiva, típica e normativa. Ela é totalmente essencial à saúde mental e espiritual da mulher."
O amor não é um encontro romântico entre dois amantes. (...) ...o amor é como a união entre dois seres cuja força reunida permite a um deles, ou a ambos, a entrada em comunicação com o mundo da alma e a participação no destino como uma dança com a vida e a morte.'
Fico perplexa com o fato de as mulheres hoje em dia chorarem tão pouco e, quando o fazem procuram justificativas. Fico preocupada quando a vergonha ou desabito começam a eliminar uma função natural. Ser uma árvore florida e estar cheia de seiva é essencial, se não você pode se quebrar. Chorar faz bem, e é certo. Chorar não cura o dilema, mas permite que o processo continue em vez de entrar em colapso.
Aposte todas as suas fichas. Seja um apostador! Arrisque tudo, pois o momento seguinte não é uma certeza. Então, por que se importar com ele? Por que se preocupar? Viva perigosamente, viva com prazer. Viva sem medo, viva sem culpa. Viva sem nenhum medo do inferno ou sem ansiar o céu. Simplesmente viva.