Coleção pessoal de MarquesadeAlorna

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Porém se por virtude alguém decida
Ler algo que escrevi na etérea vida
Nos olhos de outro alguém vou renascer⁠

Simples mortal

Não tenho nada, que de meu, chame segura.
Essas riquezas? São terrenas não me valem.
E essas rimas? Talvez sim, mas são tão duras,
Que dores cruas, ao mesmo nada, equivalem.

O que me sobra talvez seja minha alvura,
E a esperança que talvez meus versos falem.
Bem mais que a boca que em silêncio te faz juras
Farei meus versos terem força e que se espalharem.


E se um dia eu merecer o teu amor
Pois sou tão jovem e a juventude é o meu mal
Por certo velha eu terei serenidade.

Os tempos jovens não serão mais os de dor,
Na minha vida não serei simples 'mortal'
Pois que enfim eu terei felicidade.

Jamais me esqueço que sonhei um dia
Que numa tarde quente de um janeiro
Um velho homem de expressões grosseiro
Uma carruagem pobre conduzia

Nessa carruagem muita carga havia
E o bicho que puxava não ligeiro
Trazia marcas em seu corpo inteiro
Pois que o seu dono tanto lhe batia.

Furiosa ao ver tal ato vergonhoso
Um fogo me subiu e, em tom honroso
Comprei-lhe o bicho e disse: “não se esqueça


“O mundo gira e, então, não perca o siso
“O mesmo fado provedor do riso
“Torná-lo pode um dia o que padeça”.

Amar alguém é muito mais do que o desejo desenfreado de
um abraço, de um sorriso, de um olhar. Abraços, sorrisos, olhares nos satisfazem, mas e o outro? Amar é pensar no outro. Amar não é possuir, antes, é servir a quem se ama. Quem verdadeiramente ama deve deixar seu amor livre para suas escolhas, mesmo que talvez isso nos entristeça. Só quem verdadeiramente ama é capaz de abdicar da própria felicidade pela felicidade alheia.