Coleção pessoal de markmorais
Solidão A Dois
Minha companhia
Sempre esteve aqui,
Não de fato estando.
Perto dela própria,
Junto a mim.
Somos um,
Mas éramos dois.
Perdidos, enfim achados,
Depois.
Um-dois, um-dois.
Sozinho fiquei
E ela também.
Juntos ficamos,
Mas houve um porém:
Éramos dois,
Nos tornamos um,
Separamo-nos em dois.
Achados, enfim perdidos,
Depois.
Noite calma,
Ouço o silêncio gritando.
Meus ouvidos estão tampados.
Vejo a vida parada,
Seguindo em frente.
Para trás.
Meus olhos estão fechados.
Pensamentos turbulentos,
Mente vazia,
Memórias
E lembranças esquecidas.
Quem sou?
Eu sou
Andando por aí
Perdido.
Achado.
Sem sentido?
Eu entendi.
Busquei
E acabei por deixar ir.
Quem sou?
Eu?
Você?
Eu.
Liberdade
Aprisionada
Em você.
Em mim?
Você.
Eu.
Nós.
Parti
Olhando para trás.
Nada encontrei,
Mas eu achei
Você.
Eu?
Eu.
Nós.
Atados.
Nós soltos.
Eu.
Você.
Nós.
Deveríamos ter um mecanismo capaz de ligar e desligar os sentimentos. Facilitaria a vida... Facilitaria tudo.
Eu gostaria de consertar todos os meus erros, mas não posso. Então tenho tentando conviver com as escolhas que eu fiz. Não tem sido fácil, mas, uma hora, tenho certeza de que tudo se ajeitará novamente. É nisso que eu acredito. E é isso o que me mantém estável.
Antes do rótulo de qualquer religião, há o rótulo de humanidade. Então, não se esqueça: humanos erram, mas também acertam.
As cartas foram rasgadas, as fotografias foram queimadas e o teu número foi apagado da minha agenda. Mas as memórias... Ah! As malditas memórias ainda estão aqui, sempre invadindo a minha mente. Eu só quero que essas lembranças sobre você desapareçam. Mas, às vezes, eu me pego desejando a sua volta e esperando que os fatos sejam reais novamente ao invés de simples pensamentos.
Fugir dos problemas é mais fácil que encará-los, mas não é o certo a se fazer. Eis a questão: fazer o que é certo ou o que é fácil?
Amo você não somente pelo o que és, mas também pelo o que sou quando estou com você. E o que sou? Um ser totalmente completo.