Coleção pessoal de mariopinheiro
Por trás da linha do horizonte
Lá embaixo, no vale que aparece
Vejo apertada entre as colinas
Minha pequena Leopoldina
"Trecho da música "Morro do Cruzeiro"
Canto meu Ensimesmado
Minha sina musical é um som ensimesmado
Com pitadas de ironia
Recolhido no meu quarto, toco, canto, encho o saco
Experimentando harmonias.
O som vem por um instante, um tanto quanto excitante
Com a mais crua poesia
Sai pra fora canto meu ensimesmado
Liberte este som aprisionado.
O meu sangue sergipano tem a fibra sertaneja
E o canto dos ciganos.
O meu sangue lusitano tem a saga do imigrante
Que cruzou o oceano.
Bebi na fonte dos tebanos, no talento dos baianos
Gil, Raul e Caetano.
Sai pra fora canto meu ensimesmado
Liberte esse som aprisionado.
Quando moço fui bem fundo, fui rebelde debochado
Bicho-grilo vagabundo
Não ligava para o tempo, ia em frente com o vento
Fui Geraldo Viramundo.
Mas vi meu lado aventureiro recolher-se por inteiro
E render-se acomodado.
Sai pra fora canto meu ensimesmado
Liberte esse som aprisionado.
Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida.
Parece-me que sempre estaria bem lá onde não estou, e essa questão de mudança é uma das que não cesso de discutir com minha alma.
Tudo, aliás, é a ponta de um mistério, inclusive os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece há um milagre que não estamos vendo.
Nesta vida,
pode-se aprender três coisas de uma criança:
estar sempre alegre,
nunca ficar inativo
e chorar com força por tudo o que se quer.