Coleção pessoal de marielle_borges
Aperto de mão
Cadê o meu benzinho?...
Cadê o meu carinho?...
O tempo passou e o meu amor está lutando sozinho.
Vou te dizer amor, o que aperta o meu coração, por favor preste atenção;
Sinto falta do beijo que virou um abraço, talvez amanhã um aperto de mão, amor tudo vai se acabar do jeito que as coisas estão
Vou jogar a toalha não vejo saída , preciso acertar a minha vida.
Amor estou sendo a chegada e você a partida
Poesia de Mulher
De todos, meus poemas favoritos...
Teu sorriso, teu olhar,
Que me emaranham num rascunho lascivo,
Do que é perder-se em te encontrar.
Na teu oceano de imensidão,
Meu barco a esmo, sem remos,
Nas variantes das tuas marés,
Indo a tua direção,
Seguindo teus encantos de mulher.
E sim, há terra a vista!
E também os cantos da sereia ao luar.
Sem bússola, mapa ou guia,
Só me encontro pelas estrelas em teu olhar.
Tudo que cabe em ti.
E o que transgride, nao revolve.
Me envolve, e como a onda, torno a ti.
ESPERA DO REENCONTRO
Estou aqui sem te ver
Mas mesmo assim
Posso pensar em você
Sinto o vento no meu rosto
E assim fico até o amanhecer
Sem te ver
Sem te tocar
Só a espera de poder te reencontrar
O teu riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Foi um Momento
Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não ?
Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido.
Mas tão de leve!...
Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há muita coisa Incompreendida...
Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço?
Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.
Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.
Encontros
Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam.
Geralmente estes encontros acontecem quando chegamos a um limite, quando precisamos morrer e renascer emocionalmente. Os encontros nos esperam – mas a maior parte das vezes evitamos que eles aconteçam. Entretanto, se estamos desesperados, se já não temos mais nada a perder, ou se estamos muito entusiasmados com a vida, então o desconhecido se manifesta, e nosso universo muda de rumo.
Todos sabem amar, pois já nasceram com este dom. Algumas pessoas já o praticam naturalmente bem, mas a maioria tem que reaprender, relembrar como se ama, e todos – sem exceção – precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas, até conseguir enxergar o fio condutor que existe por detrás de cada novo encontro.
Ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você.
Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.