Coleção pessoal de marianamussi
Para baixo, para o lado e para cima
Entre os cercos debruçam-se vidas
Entre as distâncias demarcam-se moradores
Em pares, em folhas, em cantos
Escondem-se os prantos
Os risos, os sonhos, os encontros
Os possíveis, os imagináveis, os postergados
Desenganos em telas
Todos os dias elas nos abrem janelas
“Janelas de alumínio, madeira e silício -
Dentro de Caixas Verticais Compactas e Visitas Não Solicitadas”
A insuficiência
Respiratória
Oratória
Coronar
Amorosa
Reciproca
Acidental
Viciosa
Lotérica
Pulmonar
Ao sonhar ou imaginar, somos verdadeiramente livres e inconsequentemente honestos.
Encontrei na escrita um local seguro pra conversar e me comunicar. Arte é voz, é luz. Confluência.
O que desanuvia e bombeia, todos os dias.
Mesmo tão íntima -ou por vezes tão nós- intento que, na interpretação pessoal, da vivência e experiências de cada um, seja colo e aquele abraço quentinho, o que recebo no que me inspiro e me reconheço.
Prazer, meu nome é Mariana.
Escolhida única e exclusiva
Quem ousaria em ser sua invasão de privacidade favorita
Para todo sempre
Sem engano, com face reconhecida
Entre 15:45 e 18:30 da tarde
12.775 dias + quatro meses e outros 15 dias
1. Aumento rápido do brilho de um corpo celeste ou de pequena região da atmosfera solar.
Então o sol disse, ao ver seu reflexo no mar:
“A água dá um charme e convida a gente. Eu fico encantado como se fosse uma sereia querendo me engolir!”
PROTÓTIPO DO AMOR
Verdadeiro, perfeito, gêmeo
De alma
Que desafia o tempo
Os paradigmas
As proporções
E, inclusive, contrariando as estatísticas
Cobria minha mão com seus dedos
Em direção ao coração
Com as batidas de mil cavalos em corrida
Já não cabia mais o controle da coreografia
Translúcidas e cristalinas
Envolviam nossos braços
A imensidão rasgava os céus, aquele dia
Os astros alinhavam suas cordas
Todas as possibilidades apresentadas, postas
A gente se procurava em tantas sombras frias
[Um nome, uma silhueta, um porte]
Enquanto a mente recuperava os drives
Em meio à garrafais pistas
Colisão de sômas
Circulando entre minhas veias
A existência, a significância
A resposta de todos os porquês
Antes um inteiro só
Me tornei dois agora
Com você
Quantos muros nos separam?
Seres tu liberdade
Braços suntuosos
Corpo de cobre
De verde água ou azul esverdeado
Não me petrifiques à margem
Resistência e coragem
Em tempos de escape
Busquemos a fuga coletiva
Assumamos
Humanos
Quedemos ao intrínseco
Refúgio dos Sonhos
Ponto infinito
Dimensões espelhadas
Colisões e despedidas
Em todas as versões
Trânsito de temporadas
Me lembra quem eu sou
Dribla o tempo e espaço
Guarda meus sonhos
Entrelaça as passadas
A ponte, a estação e a casa
Tenho a chave pra ir e voltar quando quiser
Não há cena de filme me esperando na esquina
"Paisagem paradisíaca"
Contendo lágrimas aquarrágicas sem colher e química
Se somos átomos que se reúnem para formar um instante, quando conhecemos alguém fazemos uma troca. Basta respirar o mesmo ar. Substâncias, reações químicas, que ficam com a gente e nos une para sempre. Um aperto, um sonho, uma premonição, uma alegria, uma dor.
Corpos e mentes se comunicam.
Terminais interligados sentindo o infinito compartilhado.
Galáxias, universos, tempo e espaço.
Sui generes amalgamado.
Assim é o meu coração.
Amar não é um crime.
Ser o que você é ou que você é não é pecado.
Limitar a liberdade é inferir a lei, o princípio básico do ser humano.
Sonhos realizados e não vidas interrompidas.
Nós somos um só.
Espalhar o amor é o primeiro passo para acabar com o silêncio e a opressão.
Pôsteres, outdoors, livros, vozes, imagens, placas...
Saiba de tudo.
Veja tudo.
Seja tudo.
Mas deixe-se guiar pelo coração.
Volte sempre pra você.
Nunca pare de sonhar.
Coloque os óculos do amor.
Dormir é um ensaio para a eternidade. É visitar outras dimensões. É mergulhar em si. É obter respostas. É se desligar em um pausa de relaxamento em um escuro infinito.