Coleção pessoal de maria_joao_duarte
As vezes parece
Que faço tudo errado e então
Sinto um vazio, uma tristeza
Que me aperta o coração
Não sei como fazer
Para mudar o que sinto
Tento sentir-me melhor , pois
Ninguém merece este castigo
Aí o amor
Aquele que te faz fazer loucuras
Aquele que te aquece a alma
Aquele que te rouba a sanidade
Aquele que te faz sentir viva
A parte mais difícil é arrumar as malas e escolher o que vai, o que fica. Levo minhas melhores lembranças e deixo meu melhor registro. Vencido pelo cansaço eu me esbarro no montante de falhas que cometi, sem tempo, sem fim. Eu sigo no caminho com tristeza, na esperança de encontrar a alegria que perdi.
Choro contigo , brinco contigo
Riu contigo, amo contigo
Mais um amanhecer
Que contigo quero festejar
Mais um anoitecer
E contigo quero acordar
Amo-te hoje e sempre
PASSADO...
Deste me a lua
Tiraste me o luar
Deste o rio
Tiraste me o mar
Deste me o riso
Tiraste me o juízo
Deste me paixão
Tiraste me a ilusão
Deste me tristeza
Tiraste me a alegria
Deste me a certeza
Do que eu não queria ...
Bela Da Silva
03-12-18
O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Conformar-se é submeter-se e vencer é conformar-se, ser vencido. Por isso toda a vitória é uma grosseria. Os vencedores perdem sempre todas as qualidades de desalento com o presente que os levaram à luta que lhes deu a vitória. Ficam satisfeitos, e satisfeito só pode estar aquele que se conforma, que não tem a mentalidade do vencedor. Vence só quem nunca consegue.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.
Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.
O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.