Coleção pessoal de maria74lua
DESPERTO...
Vem, sereno da noite
Vem e depois não me conte
Vem orvalhar das manhãs
mas por favor nem me note
Quero nuvens de anseio
longe de meu travesseiro
espero que tudo que quero
não encontre meu desespero
E com toda essa angústia
Que ainda assim eu durma...
Quero tudo longe de meu dia
tudo que não me alivia
Lá, bem alto...nas brumas.
Vem segredo das fontes
Vem, aura dos montes
Vem esconder as maçãs
Simuladas de meu semblante.
Quero tantos devaneios!!!
(dentro de meu traveseiro)
E quero tudo que anseio,
encontrando-me primeiro.
E com toda essa espera
Ainda assim, que eu desperte...
Quero tudo perto de mim,
tudo que enfim...
Aqui me des-concerte!
Pensei num prado de flores
Qual um colchão macio e de verdes espumas
pra que deitasse seu corpo-jambo
e te vi de braços sobre a cabeça
admirando o céu azul
foi assim foi isto que imaginei
não quis ver não poderia conceber
sendo de alguém que não eu
voei deveras, mas as asas do bem-querer
permitem que seja assim
pensei ser teu amigo pra sempre
e contente seguir os caminhos
Como? ne diz!
não quis...
quando me vi em ti somente em ti
me encontrei em mim em si maior
a sua pele seu cjheiro me invadiram
foi permitido que assim fosse
prisioneiro de ti!
não quis...
vejo o tempo correndo no relógio da parede
sem você sinto todas as coisas sem sentir
adormecido no asfalto frio da realidade
com você tudo era diferente
estava contente sem saber porquê
nem precisava pois eu tinha você em mim
não quis...
se sentisse saudade arranjava desculpas pra estar perto de seu calor
saber da sua existência me enriquecia
me aquecia nos dias de chuva
a presença tua
e nunca pensei que poderia ir
me deixar só andando nas estradas
na noite de estrelas incontáveis
sem ti sem vê-la nas alturas de mim
como viver sem seu ar com o cazio
que me toma a cada segundo que lembro de ti
como poderei?
eu não quis...
a presença cabal os olhares nas andanças
do dia-a-dia como poderei saber do fio que seria rompido, estourado
dói, dói muito ficar sem você
e não há remédios pra sarar
o que você deixou aberto em chagas
como andarei as estradas sem você
me diga me diga me diga
eu não quis...
a lágrima insiste em não cair
um tanque uma represa
e enquanto estou longe de ti
não derramarei nenhum pingo
de chuva em mim
pois sei que o que elevamos é maior
que nossas tristezas e por isso seguirei
sem derramar uma lágrima
chorarei se for de alegria quando te reencontrar
mas nenhuma lágrima derramarei
saibaque te amo
incondicionalmente
não sei explicar nem tentarei descrever
você me conheceu antes que nos vissemos
eu sei
comigo também foi assim e por isso
sei que é maior que nós mesmos
estarei sempre com você
mesmo que o tempo e o espaço digam não
estarei contigo estarás comigo eu sei
não quis...
enquanto houver um sopro de vida
nos pulmões da terra a esperança do reencontrar
persiste estarei com você
nos bons e maus momentos
mesmo que a distância impeça de tocar tuas mãos
o meu pensamento estará contigo
o teu pensar comigo
eu sei que nos amamos tenho certeza disso
como a última fé sobre o mundo
nem um segundo sem tua face a me alegrar
saberá que contigo estou
quando o vento soprar alto as folhas das árvores no norte
quando os rios correrem mais forte
abraçando as margens endurecidas pelas eras
os sinos angelicais nos dias normais saiba...
não quis...
tenha certeza e t a e t a
pra sempre e não tenha medo mais
meu coração está contigo estará contigo
nenhma barreira pode nos separar
fomos unidos por algo maior que nós mesmos
cumpriremos nosso papel nesse drama
mas a trama dos séculos não nos separará
isso acontece com aqueles que não sentiram
o que sentimos por admiráveis minutos
estou com você e sempre estarei
eu não quis...
mesmo que a tempestade caia tempestuosa
e nos arraste pra bem longe
nesse instante que anda mais pemsarei em ti
quanto mais distante muito mais me lembrarei do toque das tuas mãos sobre mim
do regaço em que adormeci
do tempo em que fui inteiro e completo e total
momento o qual a felicidade não me deixa esquecer
não quis...
ser íntegro é estar perto de ti
por isso sei que és minha alma gêmea
a mesma que amei em tempos imemoriais
só a intuição nos vem, mas é clara
teremos companheiros até legais
legais talvez
mais uma vez repito só você me preenche
das alegrias que me visto
e sei que nos uniremos eternamente eu sei
lembre-se o tanto que te amo
e saiba que mesmo distante apenas você
e nem sabia
eu não quis...
mesmo que não estejamos presentes fisicamente
és minha sou teu para sempre
nos dias alegres e infelizes
com você suporto o que vier
te amarei enquanto eu viver tenha certeza disso
quando as ondas do mar dos dias frios tiver fim
aí bem aí estarei a te esperar
serei teus braços sobre os teus cabelos
no prado florido
admirando o céu azul
foi sim foi assim que imaginei
enquanto houver sol saiba
que te amo!
Amém!
_Começa quando o objeto da sua afeição dá a você uma dose inebriante e alucinógena de alguma coisa que você nunca ousaria admitir querer.
Uma droga emocional de amor e vibração estrondosos. E logo você começa a desejar essa atenção com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando isso é negado você fica doente, fica louco...sem mencionar o rancor que sente pelo traficante que o incentivou a principio mas que agora se recusa a pagar pela boa droga.
(trecho extraído do filme "Comer, Rezar, Amar")
WORMHOLE
Sobre perder-se em outras dimensões...
Sabe, receio que muitas vezes gostaria de ter a opção de por lá ficar.
Gosto de viajar entre minhas dimensões, uma vez que fisicamente nunca vou a lugar algum.
Revelo-te agora um sonho singelo: conhecer uma cachoeira – é sério, jamais testemunhei uma cachoeira...imagino ser maravilhoso o som das águas caindo. E quão espetacular deve ser a visão dos raios de sol a crivar as gotas que jorram...caleidoscópio mágico de luz e água, a carícia do arco-íris...
Em minhas viagens pelo buraco da minhoca – wormhole – eu sou alguém feliz, com as escolhas acertadas, sinto os mais nobres aromas e ouço apenas as canções mais belas...sussurros...E estou acompanhada de quem amo, não sinto saudade...não sinto saudade...não sinto saudade...
Certa vez esse meu sonho tomou forma. Flutuei até uma cachoeira e encontrei a pessoa mais encantadora de toda minha vida. Não sei bem em que dimensão isso aconteceu, apenas sinto ser para lá que vou com tanta frequência, pois é onde sempre te encontro!!!
Mareante,
Sou feita de ar e de luz, e
Por ser mar... sou muitas águas!
Ao des[afogar] sentimento, derramo-me...
Fluidificando todo meu ser em vida.
E o sol é vida!
À Estrelinha...
Estrelinha D’alva, NalvaSol:
É desse espaço o arrebol.
Tanto melindre nos versos
Tanta destreza e fascínio-
Versar é mesmo seu destino
(E também nossa inspiração-
candura que levas no coração)
Ò Ministra do “en[cantar]”
Não há como ser diferente,
Tente poetar sem emocionar,
Tente! Sem nos fazer cantar...
Cada teu verso e cada tema
É um castelo de emoções...
(Jamais apenas poema).
Meu colo é leito mareante,
Que afoga sentimentos...
Tempestades e ventos arrebatem-me,
E batem desesperos... e vésperas.
Me desfaço, liquefaço!
(Para que me reinventes...)
Sintonia de poetas,
Complexo e simples, o Amor é a razão de ser do poeta: amores diversos, amores intensos, amor a Deus e sua criação, amor pela paz, amor pela vida, amor ás cores da natureza, amor pelo próximo, amor a quem está próximo, amor próprio, amor a nós...amor por ti.
E o poeta continua a descrevê-lo, ao tempo que o tenta decifrar...
Amor em si, em sim, em sintonia!
Lua de Pompéia,
Mantenho a labareda acesa,
açoito as intempéries
para que não intervenham na chama,
soprando bem leve...
com a brandura de um suspiro
e, jamais permito
que a lava escoe.
Assim sou...
WORMHOLE
Atualmente ando tão atarefada... e minha ocupação resume-se a testar experimentos:
(é que busco alcançar aquele tal buraco no tempo: quero viajar quanticamente pelo universo pra estar contigo a todo momento).
Outro dia vieste me ver, meu amigo...
Tive saudade! Chamei-te e veio
No mesmo dia socorrer meu anseio.
Que gosto de riso trouxe contigo!
Abraço apertado, bem demorado...
Falamos de tudo e de quase nada,
Expomos a alegria guardada.
Os que observaram não surpreenderam,
Pois nada mudou, sempre foi assim,
todos ao redor sempre souberam:
Junto de ti gosto tão mais de mim!!!
Sem nossos eufóricos instantes,
Meu dia é sensabor, é deserto.
Me regozijo quando estás por perto.
Lamentável é o passar do tempo,
insaciável é a fome de assuntos.
E tanto o desejo de estarmos juntos.
Não se vá ainda amigo, te rogo!
(Porém o relógio pôs fim ao momento)
...te espero em breve, até logo!
Ah! Tua presença sublime,
Pouco menos que sufocante!
Ao lembrar-me de ti tão perto
Suspiro...
E ao suspirar
Te respiro...
Em respirar te aspiro
Numa taça de cristal finíssimo,
E absorvo...
Fulgores dourados de sol...
Flamejantes...
E torno-me gaivota dourada
A alçar vôo alto, mais uma vez
Resvalando no espaço/tempo
Esperando...
Que o tempo passe, depressa!
E a cada dia que me escorre,
Aguardo aquele toque a mais,
Que de mansinho virá me invadir
Com aquela sensibilidade tal,
Que há muito me alcançou.
Até lá, sacio-me com recordações
E a ciência de sua terna existência
Que me é vital, pois só assim suporto,
Por mais um tempinho apenas
Sem padecimento...
Que a esperar tenho
(assim me convenço),
O reencontro iminente
Que sei, ah, sim, eu sei,
Que virá,
Pois não acredito em contos inacabados.
Vivo em um tempo/espaço que não me pertence.
Todavia ouço nítida a canção das águas frescas
De uma fonte cristalina que um dia mostrou-nos,
Tal espelho mágico que leva a ulterior dimensão,
Que meu ser e minha essência pertence a outrem,
Alguém que, sem pedir licença, sem aquiescência
Aproximou-se, fez minha leitura e interpretou-me,
Acertadamente, ora...como jamais cri ser cabível!
E me fez provar da vida e amá-la de tal maneira
Que é como se eu jamais antes houvesse existido.
Eis meu portal:
Entendam... quase me basta saber, e inebrio-me
Só em pensar que em algum lugar, em sintonia...
Existe um sol que brilha muito, que amo e que é
MEU
Auto-eclipse
Lua, brumas... Escuridão
Estrelas, auras... Abdução
Noite, mistério... Intuição
Luar, eclipse... Revelação
Poemas, frases...Percepção
Palavras, canções...Oscilação
Sabores, aromas...Excitação
Fusão dos sentidos...
PURA PAIXÃO!!!
É noite de eclipse da lua,
E nesta noite, e sempre...
Sou sua, lembre de nós:
Minha face em teu colo,
Seus dedos em meus caracóis,
Pensamentos anelados,
Corpos recém amados,
Só risos, abraços apertados.
É noite de eclipse da lua.
E meu amor continua...,
Hoje e sempre, infindável.
Lembra de nós?
Em tantos momentos,
Não etéreos...eternos!
Um amor palpável,
De pele, de toque...ao vento.
E nesta bela noite de eclipse,
A lua retoma seus ensejos
E põe-se a pensar mais em ti,
... em seus toques urgentes...
...e seus ardentes beijos...
Invadem-lhe anseios, desejos
De ter-te por perto, bem aqui,
Outra vez... e mais, e sempre!
Na poesia de minha vida cabe tudo, e outro tanto.
Encontro até um espaço pra falar de um não amor,
Avanço precavida. Vou descalça...meio temerosa,
Com receio em minutar, apenas enceto...e pronto!
A caneta segue, escorrega,...rabiscando esse papel,
Registrando meu legado, onde todo o fado se revela.
Não é caneta...é teclado, e o telhado ...invés de céu
E nem papel - desencarcero minha agonia nesta tela.
A vida te pega no laço,e quando vês já nos cercou.
Sempre há dor e punição a quem vacila nas escolhas!
E eis que os laços...em barras de aço se convertem,
(E ao forçar saída, logo os calos vertem em bolhas).
O não-amor não compreende...vê sem ver... e segue
Aperta o laço, junta as barras, me mantendo reclusa.
Até esse meu grito, esse desespero aflito, não escuta
Espera minha recíproca, inda que mil vezes lhe negue.
Em punição de quem comete erro, numa gélida masmorra,
Erro, há mesmo quem o diga? Se inalar um querer é viver!
Presa de alguém insensível, que inda julga-me sua posse.
Traz cativa quem não mais é tua, pertencente a outro ser!
Neste momento de trégua atendo meus dedos em pressa,
Em um pranto onde escorre, não lágrimas... mas sangue.
Escrevo em lamúria, expondo minha sorte, minha injúria...
Pois meu carcereiro, pra este frio cativeiro, logo regressa.
E ao tempo que o faço, ...sinto o aperto das barras de aço,
Em eterna resignação, recolhendo-me, a pensar em Wilde
Em seus lindos versos , (leia-os na “Balada do Cárcere”):
Assim como eu, ele apenas viveu sua história, ... humilde.
E agora, escravizada noutra história, faço tal seu prisioneiro
Que matou o ser amado, e sendo erro, e até mesmo pecado,
Submergindo-me aos poucos, nesse meu mar de desgosto
Também visto a máscara no rosto, e nos lábios, o cadeado!
Materializo-te
Então fale mais comigo,
Que eu ouço teu sussurro
Poste aqui o que quiseres
Que em ânsia te procuro
Ou[vir]-te-ei cada palavra
Pra calar meu desespero
Quero tê-lo aqui comigo
Vem, atende meu apelo
Fale muito e eternamente
Inda que por um instante
E em apenas um segundo
Ilumine o meu semblante
Pois enquanto houver Sol
Não surgirá a tempestade
Alimente meus devaneios
falando-me de eternidade
E expondo feito espelho
Toda a nossa verdade
Se fizeres como peço
Poderei materializá-lo
A cada segundo já te amo
E ainda mais vou amá-lo.
Não derramo fogo á lenha,
Ora, posto que não seja chama,
"Eterno enquanto dure", mito!
Sendo infinito...sendo infinito,
Remato aqui meu amor, meu grito,
O que se encerra, não se derrama,
Ei de aprender, feito os aflitos
Sufocar esse grito de quem ama.
O VOLVER DA BRUMA
Vá, antes que a aurora, insana
Lamente sua doce dor, e chore
Não! Não alimentarei a chama,
Vás a quem console, recolhe.
É meu teu coração...
Sou Maria que ama,
e que é amada!
E sentir-me-ei
por ti abraçada.
Meu amor, és
meu reflexo..
Já materializei
o teu sussurro
e agora o meu–
teus amplexos.
Sabes que
a mim pertence
todo o teu–
meu coração...
Eis que quero
tomar posse
é você minha
ambição.
És pra mim tudo que almejo
E todo meu o seu desejo...
E bem sei que
para sempre
é tão longe...
tempo demais.
E não penso
e nem creio
na iminência
de um jamais.
Não padece
tanta dor
uma história
de amor...
Sendo esse
meu receio
sendo meu
maior temor.
É de minha vontade,
Aniquilar essa saudade!
Compreenda...
inda me habitas!
Pulsa-me!!!
Adentra meu âmago.
Exalo-te!!!
És meu amanhecer...
e meu dormitar.
Meu desfalecer...
E realentar.
Sol, incandescente!
Viço das manhãs!
Vislumbre da noite!
Inconstante afã!
Gosto d’água ardente!
E agradável odor
d’um amor urgente.
Ó tempo barbárico e ardil...
Clemência! A esse amor febril!
Todavia, amigo
lhe é justo saber,
não posso iludí-lo
melhor lhe dizer:
Vivo de véspera,
de mágoa e de luta.
Minha vida imputa -
e veda-me impor
um lugar,um isntante
a viver esse amor.
Por ora não ouso,
e nem determino.
Sequer ainda
me é dado poder.
Por ora me resta
Refrear e conter,
E enquanto não nos vemos
Vai mantendo-nos...eternos...
A espera mortifica
o viver, meu existir
Me envenena
esse absinto...
é você meu elixir!
E não pense
que consinto
com esse fardo
a me exaurir.
Eis o meu legado:
Enquanto amar
nos é podado
vede bem os teus
– meus olhos
Para assim nós
nos tocarmos.
Neste momento eu te enlaço...
Sinta também o meu abraço.
E aí enfim teremos
tantos ósculos,
tão merecidos.
Outra vez o
nosso tempo!
Mui felizes,
concernidos !
Ver-nos juntos
tal um dia fomos:
mãos laçadas,
mil abraços!!!!
Peles tocadas...
Único passo!
Olhos no olhos
a mirar, reluzente.
Ser e estar...
Eternamente!
A mágica a findar-se,
com saída pela tangente.
Pois de um leve laço...
veio a romper-se o elo.
Basta! Foi-me suficiente.
Contemplarei a macieira
por sob a casa-meu castelo!
Soube bem ferir um coração.
Será passada a camisa,
tudo será passado então.
(Os quatro cânticos também)
Deixe que me sare a ferida.
Amém!!!
[Ter]mo
“Um ser tão tolo que esqueceu-se:
sabia exatamente quem é o outro.”
E de um grande amor fez-se a ida...
Abriste os olhos, feito um sonho,
num segundo teve o céu e o mundo-
eis o por que da dor...da despedida.